Os melhores jogos de 2021

Lá se vai mais um ano e como já virou tradição aqui no Vida de Gamer, chegou o momento de olharmos para trás e relembramos o que de melhor (e o de pior) jogamos em 2021.

Para esta difícil missão reuni um grupo de pessoas pelas quais tenho muita admiração e por mais que eu possa parecer piegas, nunca conseguirei expressar em palavras a felicidade que sinto ao ver tanta gente aceitando o convite para participar desta seleção.

A novidade para os Melhores Jogos de 2021 é que a partir deste ano contaremos com uma nova categoria, a (Re)visitando o Passado. Eu sempre vejo algumas pessoas que sigo falando sobre títulos que elas estão curtindo, mas que foram lançados em anos anteriores e como também costumo fazer isso, acho que vale a pena celebrarmos os jogos que só descobrimos agora ou que continuam nos divertindo.

Sendo assim, abaixo você confere a lista daqueles que puderam participar desta edição e vamos aos indicados de cada um:

➧ Melhor Jogo Indie
BrunoCarlosChristianDemartiniDoriEricGilJejeLagunaPedroPrandoniRonaldo
Unsighted Um jogo que sabe usar bem fórmulas já bem estabelecidas de ação e aventura para adicionar novidades interessantes, sem medo de arriscar.

Kaze and the Wild MasksEsta categoria foi difícil de escolher. Eu pensei em colocar aqui algum jogo como Kena: Bridge of Spirits, mas este teve um orçamento considerável e apoio da Sony. Daí me lembrei do brasileiro Kaze and the Wild Masks.

É um plataforma 2D delicinha, do tipo que dá para matar em uma ou duas tardes, e que diverte muito em toda sua duração. Tem visual lindo, nomes de fases aliterados e um gameplay muito gostoso. Imperdível para fãs do gênero.

Loop Hero Dar loops em um pequeno mapa enquanto o remontamos não poderia ser feito de uma forma melhor. Com uma interface fácil de aprender e diálogos com tons filosóficos, Loop Hero me prendeu por horas em sua atmosfera sombria e cativante.

Narita Boy A mistura de Tron, Star Wars, uma trilha sonora incrível e um Metroidvania simples, mas cheio de personalidade, fez desta uma das propostas pelas quais mais me apaixonei ao longo do ano. A saga tecnológica da Techno Sword é embalada pelas memórias pessoais de seu criador, em um game com mais nuances do que deixa transparecer de início.

Unsighted – Aclamado pela crítica, pelo público e até por game designer renomados, Unsighted é o tipo de jogo difícil de encontrar defeitos e uma clara demonstração de como a indústria brasileira pode gerar verdadeiras obras de artes. Uma junção de estilos que funciona muito bem e com um enredo bastante interessante.

Loop Hero Um jogo despretensioso que ajuda a gente a não pensar nada e que combina perfeitamente com o Nintendo Switch, já que é abrir, jogar um pouco, botar o console pra dormir e voltar nos próximos 5 minutos de ócio.

Unsighted Admito que não estive muito por dentro dos jogos indies esse ano, então vou ficar com Unsighted. Pixel arte incrível, ótimo ritmo e mecânicas que combinam fórmulas fantásticas com certa ousadia para entregar algo divertido e desafiador.

Unsighted O trabalho do estúdio Pixel Punk merece ser reconhecido, pois ficou primoroso: gameplay prazeroso, mecânicas simples e efetivas, gráficos belissimos em pixel art, história intrigante, trilha sonora imersiva e impecável, dentre muitas outras qualidades. O melhor jogo indie de 2021, de longe!

Baldo: The Guardian Owls – Bom, Baldo foi basicamente o único indie que me lembro ter jogado em 2021. É um jogo muito bonitinho, meio bobinho mas com um estilo gráfico que me agradou bastante.

12 Minutes O jogo 12 Minutes me surpreendeu por sua proposta única, gameplay diferente do que estamos acostumados e ótimo casting. Com uma narrativa complexa e adulta, o título do pequeno estúdio Annapurna Interactive se destaca no meio de tantos jogos frenéticos que são lançados todos os dias.

Unsighted O ano de 2021 foi mais um temporada fortíssima dentre os jogos indies feitos no Brasil e para mim a estrela mais brilhante dessa constelação é Unsighted. Game de estreia do estúdio Pixel Punk, formado pela dupla Tiani e Fernanda, o RPG de ação transborda originalidade, qualidade, desafio e tensão.

Unsighted – Desenvolvido pelas brasileiras do Studio Pixel Punk, Unsighted está entre os melhores games de 2021 ao apresentar uma história cativante, gráficos bem trabalhados e uma excelente mescla de estilos na jogabilidade, do Metroidvania às mecânicas dos títulos da FromSoftware. Uma das joias de 2021.

➧ Melhor Multiplayer
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It Takes Two Não sou muito competitivo. Em jogos como Call of Duty, eu jogo e curto a campanha, mas nem toco nos modos online. Assim, apenas modos cooperativos são capazes de me conquistar. E não houve muita competição nesse aspecto, a coroa acaba sendo de It Takes Two mesmo.

Claro, tivemos vários beat’em ups legais (Asterix & Obelix Slap’em All se destaca), mas nesses casos o cooperativo é só uma versão turbinada do single player. It Takes Two, como promete o nome, realmente precisa de dois. Foi criado desde o início para dois jogadores irem juntos do início ao fim, tornando-se então a experiência cooperativa mais elaborada de 2021. E o jogo é surpreendentemente muito legal também!

Valheim Quando me convenceram a dar uma chance pro então desconhecido Valheim, não esperava tanto desafio e diversão ao lado dos meus amigos, enfrentar criaturas nórdicas nunca foi tão divertido.

It Takes Two Eu não sou um jogador de games online, mas foi justamente a conexão gerada pelo game de Josef Fares que fez com que eu mal pudesse esperar para me encontrar com os amigos. O título ainda faz com que o coop de sofá esteja mais vivo do que nunca e, só aí, além da história incrível e cheia de personalidade e amor, já vale a indicação.

It Takes Two Quando joguei Brothers: A Tale of Two Sons pela primeira vez, fiquei fascinado pela maneira como aquele título usava a jogabilidade para contar sua história e achei que seria difícil algo superá-lo naquele sentido. Pois It Takes Two consegue fazer isso e ainda encanta por cada estágio contar com uma jogabilidade bastante diferente em relação a anterior.

Além disso, o jogo me proporcionou momentos inesquecíveis na companhia do meu filho, mostrando que ainda há espaço para o bom e velho coop local.

Halo Infinite Num ano em que os heavy hitters de sempre (CoD, Battlefield etc) vieram sem inspiração nenhuma, a 343i aproveitou pra trazer Halo de volta com tudo e o resultado é um multiplayer que vai agradar tanto os veteranos em Halo quanto novos jogadores.

It Takes Two Por mais quue eu goste de multiplayer com uma pitada de caos, o trabalho fantástico de It Takes Two é simplesmente espetacular. Ter que confiar em outro jogador (e vice-versa) dá um peso extra, que fica ainda melhor com a mensagem que o jogo traz.

It Takes Two O gameplay cooperativo não é exatamente uma novidade nos videogames, mas It Takes Two consegue pegar o que antes era simples e transformar em uma experiência tocante, única e instigante. Apenas chame alguém e jogue.

It Takes Two Multiplayer cooperativo local pode não ser a melhor ideia nessas épocas tenebrosas de distanciamento social, mas se há um jogo que recomendo jogar acompanhado é “aquele que leva dois”.

It Takes Two Se pensarmos que um game que deve ser jogado em necessariamente em dupla já é um multiplayer, não poderia escolher outro para esta categoria se não o It Takes Two. O novo jogo da Hazelight Studios mostra, principalmente, como eles estão amadurecendo a cada jogo produzido, tornando seus personagens cada vez mais interessantes. Uma obra-prima em termos narrativos.

It Takes Two Premiado como jogo do ano no The Game Awards e tantas outras premiações, o game dirigido por Josef Fares mostrou a força do multiplayer cooperativo, tão bem amarrado com a história. Jogar It Takes Two é também fazer a história acontecer e ser contada de uma maneira que só os videogames possibilitam e isso atesta demais a qualidade da obra.

It Takes Two – O novo game de Josef Fares e da Hazelight Studios refinou as mecânicas de A Way Out, travestindo-as em uma história de terapia de casais digna de um filme da Sessão da Tarde. Em It Takes Two, embora a cooperação seja essencial para o progresso, é divertido explorar o ranço tátil entre May e Cody, nas interações onde é possível disputar minigames e descontar as frustrações dos protagonistas.

➧ Melhores Gráficos
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Unsighted Pixel arts maravilhosa que dão mais vida aos cenários. Os detalhes é que fazem toda a diferença: desde folhas caindo nas árvores aos reflexos em ambientes molhados. Mesmo que alguns designs de personagens não me agrade, a pixel art faz eles se destacarem.

Kena: Bridge of Spirits Sinto que meus gostos são diferentes da maioria. As pessoas em geral parecem gostar de visual escuro, marrom, histórias densas e deprês. Eu, por outro lado, gosto de fofura. Gosto de cores, cenários claros, abertos, bom humor.

Kena: Bridge of Spirits apresenta tudo isso. É um jogo que me deixou boquiaberto com seu visual durante toda sua relativamente longa campanha. O nível de detalhes, de cores e de beleza generalizada é incrível considerando que ele foi criado por um time relativamente pequeno. O esforço dessa galera garantiu o cobiçado prêmio de jogo mais bonito do ano segundo eu mesmo.

Forza Horizon 5 Seguindo a fórmula do seu antecessor, as paisagens do México se tornam magníficas com gráficos em 4K e raytracing. Desertos, vulcões e pântanos enlameados, com fortes chuvas torrenciais e tempestades de areia tornam os carros esportivos de luxo meros detalhes por várias vezes.

Resident Evil Village Coloco este acima de outros figurões como Forza Horizon 5 ou Ratchet & Clank por um simples motivo: a otimização. O game é belo nos consoles de nova geração e também no PS4 e Xbox One, sem que os jogadores destas plataformas percam muito da experiência ou da performance. Um feito que impressiona em termos visuais.

Forza Horizon 5 Desde os primeiros trailers a última criação da Playground Games impressionava pela qualidade visual, mas quando o Forza Horizon 5 saiu, o que vimos foi um dos mundos abertos mais bonitos de todos os tempos. Dos carros fielmente recriados aos incríveis efeitos de iluminação e texturas, tudo aqui nos faz ter a impressão de estarmos vendo um filme e não um mero jogo eletrônico.

Marvel’s Guardians of the Galaxy Apesar de não ser o jogo com os modelos mais bonitos, Guardiões da Galáxia é um jogo tão colorido e cheio de personalidade visual que merece o prêmio.

Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão Como não joguei muita coisa em 2021, certamente minha referência é bem defasada, mas confesso que fiquei impressionado com o visual de Ratchet and Clank: Rift Apart. É tudo muito bonito e dinâmico, especialmente quando tem um porrilhão de coisas na tela. Nada mal para um jogo de começo de nova geração.

Kena: Bridge of Spirits Você já deve ter lido bastante por aí que Kena: Bridge of Spirits parece um filme da Pixar interativo. Bom, o jogo o realmente é, e o grande mérito dessa fantástico trabalho visual e gráfico está na conta da Ember Lab, fundada pelos experientes animadores Josh e Michael Grier.

Deathloop Um FPS bem estiloso com jogabilidade furtiva e uma direção de arte linda. Um baita jogaço da Arkane Studios feito para estrear no PS5, que dará as caras ainda mais bonito no Xbox Series X daqui a alguns meses (ou anos). Se a Lady Dimitrescu aparecesse (ainda) mais, o tio Laguna colocaria Resident Evil Village aqui nesta categoria.

Forza Horizon 5 O que a Playground Games fez com Forza Horizon 5 em termos gráficos é de cair o queixo, principalmente nas mudanças climáticas, interação do carro com o ambiente e uso do Ray Tracing. Espanta também os diferentes tipos de cenários e terrenos.

Returnal Entre tudo que joguei em 2021 poucos jogos me fizeram ficar tão maravilhado quanto o título exclusivo de PlayStation 5. Claro, Forza Horizon 5 é absolutamente estonteante, com paisagens paradisíacas maravilhosas, e Metroid Dread traz uma direção de arte única, mas Returnal combinou tudo isso em uma experiência que me impactou bastante.

Deathloop – Embora o destaque de Deathloop seja sua jogabilidade, seus gráficos são excelentes, mostrando o potencial do PS5 em games com grandes mapas e ação ininterrupta, seja com o jogador se virando para livrar dos Visionários em apenas um dia, ou tentando não morrer nas mãos de Julianna, encarnada por outros jogadores invadindo a sua partida. Tudo isso em locações e personagens bem feitos.

➧ Melhor Trilha Sonora
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Deathloop A trilha faz muito para entregar o clima certo ao jogo, além de ser bem dinâmica com momentos mais calmos e mais fréneticos durante as lutas.

Marvel’s Guardians of the Galaxy Trilha sonora licenciada vale? Espero que valha, pois a trilha que mais me marcou este ano foi a de Guardians of the Galaxy. É incrível a quantidade de músicas famosas e boas que conseguiram juntar aqui. Tem até Rainbow, banda que eu nunca entendi por qual motivo nunca apareceu em jogos como Rock Band e Guitar Hero.

Mas mesmo em músicas originais Guardians of the Galaxy se destaca. Afinal, a banda Star-lord, criada para o jogo, faz bem aquele estilo de rock pesado e divertido que eu costumo ouvir quase diariamente. E com muita qualidade.

Marvel`s Guardians of the Galaxy Rock e pop dos anos 80 fazem você se sentir um integrante da Milano enquanto acompanha as aventuras dos guardiões pelo espaço.

Narita Boy Novamente, estamos falando de influências retro e de uma saga de heroísmo cheia de intimismo, que é embalada por uma trilha sonora eletrôinica oitentista daquelas que você vai querer ouvir enquanto trabalha. Duvido não terminar o game cantarolando o tema principal.

Marvel’s Guardians of the Galaxy – Trazendo uma vasta (e excelente) seleção de músicas que marcaram a minha infância, encarar o jogo dos Guardiões da Galáxia é estar sempre esperando para ouvir qual o próximo clássico que será tocado.

Alguns podem argumentar que uma trilha licenciada não deveria entrar numa premiação como esta, mas só as músicas da banda Star-Lord já seriam suficiente para o jogo ao menos ser lembrado.

Deathloop Deathloop é um jogo maravilhoso e a trilha sonora dele ajuda a transformar uma experiência ótima em algo espetacular.

Marvel’s Guardians of the Galaxy – É trapaça dar esse título para Marvel’s Guardians of the Galaxy? O jogo usa uma trilha sonora licenciada, mas ela casa tão bem e ajuda a ditar o clima da aventura que é difícil não dar aquele sorriso de canto de boca em alguns momentos.

No More Heroes 3 A trilha de No More Heroes 3 é certamente uma experiência – mais uma dentre as tantas que o jogo oferece. Composta por Nobuaki Kaneko, as faixas são completamente experimentais e mesclam diferentes gêneros, mas trazem o tom certo a cada sequência em que tocam e adicionam excitação na medida certa às interações. Um dos melhores e mais diferentes trabalhos que escutei em 2021 nos videogames, sem sombra de dúvida.

NieR Replicant ver.1.22474487139… A nova trilha sonora simplesmente não compromete o resultado final. A original, ela parecia ter sido feita primeiro e aí o jogo foi sendo construído por cima. Ou algo assim, não entendo o que se passa na cabeça do Yoko Taro, só curto a viagem dele.

Deathloop – O Deathloop tem uma trilha sonora impecável, que combina exemplarmente com a proposta do jogo. O título mostra toda a sua influência da estética dos anos 1960, e as músicas acompanham esse clima, lembrando muito os filmes do 007.

NieR Replicant ver.1.22474487139… O primeiro episódio de Nier passou anos como um título cult, sentimento só reforçado pelo sucesso avassalador de Nier Automata, que reforçou todos os aspectos do original, incluindo uma trilha sonora variada, inspirada e envolvente. Tudo isso voltou renovado com o caprichado remaster do primeiro episódio, que também não economiza no brilho da trilha sonora.

Marvel’s Guardians of the Galaxy e NieR Replicant ver.1.22474487139… – E temos um empate técnico. O game dos Guardiões da Galáxia traz a melhor seleção de músicas licenciadas dos games lançados em 2021, com uma sensacional playlist oitentista indo de Billy Idol e Pat Benatar a Mötley Crue e Tears For Fears. Sem contar a trilha original composta por Steve Szczepkowski e Yohann Boudreault, para a banda fictícia Star-Lord Band.

NieR Replicant ver.1.22474487139…, mesmo sendo um remake, veio com uma trilha sonora reimaginada e mais grandiosa, ainda que alguns fãs da versão original lamentem que a original não tenha sido incluída, não dá para não se emocionar com os novos temas, principalmente a nova versão da excelente Song of the Ancients.

➧ Melhor Enredo
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Deathloop Como toda história com viagem temporal, tem algumas falhas, masa forma como a narrativa conduz a trama compensa bastante, e te faz se interessar mais e mais com personagens e aquele mundo.

It Takes Two As histórias dos games desse ano não me marcaram muito. Uma das poucas que me lembro bem é It Takes Two. Afinal, seu conto sobre um casal se divorciando e como isso afeta a filhinha deles é algo universal, muito fácil de se identificar.

É uma história emocional e emocionante, e por isso a que mais me marcou em 2021.

It Takes Two Uma separação familiar acaba se tornando uma divertida aventura de reconciliação, mesmo sendo um enredo que parece simples, It Takes Two faz você se divertir e entender sobre a relação familiar de Cody, May e sua filha Rose.

Life Is Strange: True Colors Em um clássico caso de aprendiz superando o criador, a Deck Nine entrega, mais uma vez, um dos melhores da franquia criada pela Dontnod. Alex Chen perde tudo logo no começo, mas ganha muito mais, enquanto aprende a lidar com os sentimentos dos outros e uma cidade cheia de segredos que só uma pessoa de fora poderia enxergar com imparcialidade e, porque não, empatia. Um jogo apaixonante.

Marvel’s Guardians of the Galaxy Para ser sincero, eu nunca fui muito fã dos Guardiões, mas bastaram alguns minutos neste jogo para perceber que ele era especial, inclusive no seu enredo. Com uma narrativa ágil e repleta de humor, foi muito legal poder acompanhar aquele grupo de heróis, numa aventura que fez eu passar a gostar muito mais da franquia.

Deathloop Deathloop foi lançado pouco tempo depois de 12 Minutes e , diferente deste, serviu pra mostrar com maestria como usar a ideia de loops temporais para criar um jogo nota 10.

It Takes Two – Nem precisa argumentar muito, só acho que It Takes Two leva fácil nessa categoria. Enredo simples, mas também poderoso em como faz as coisas acontecerem e tudo é conduzido. Show!

Life is Strange: True Colors Life is Strange: True Colors tem uma série de pontos positivos e, felizmente, a narrativa é uma delas. O enredo é cativante, sensível em suas temáticas e muitas vezes previsível, sim, mas trabalha tão bem seus clichês que isto se torna apenas um mero detalhe perto da reflexões e dos momentos emocionantes que o jogo oferece.

Psychonauts 2 O legal dos jogos do Tim Schafer é em como o enredo é desenvolvido no jogo, nem tanto o enredo em si. E o bom humor dele em suas reviravoltas.

It Takes Two O It Takes Two leva nessa categoria, sem dúvida. A história de um casal que precisa resolver suas diferenças para superar juntos os obstáculos, e como esses desafios se manifestam de forma lúdica, é ouro puro.

It Takes Two Esta temporada foi recheada de boas histórias interativas, com destaques para Life is Strange: True Colours e o surpreendente jogo dos Guardiões da Galáxia, mas nada é tão poderoso para mim quando jogabilidade e narrativa se combinam de forma tão profunda como acontece em It Takes Two. Pode não ser a história mais complexa, mas o impacto da narrativa fica muito maior pelo casamento perfeito com a parte interativa.

Marvel’s Guardians of the Galaxy Em termos de narrativa, Marvel’s Guardians of the Galaxy possui a mais coesa, simples e direta, que lembra os títulos focados em experiências single player da sétima geração de consoles, quando “Jogos Como um Serviço” não eram a norma.

A aventura de Peter Quill, Gamora, Drax, Rocket e Groot para salvar a galáxia de um culto insano é cheio de momentos divertidos e emocionantes, muito bem amarrados e com uma conclusão bem executada, que deixa um ótimo gancho para uma sequência.

➧ Melhor Remake/Remasterização
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Super Mario 3D World + Bowser’s Fury Esse faturou o prêmio por trazer o conteúdo adicional mais relevante do ano. Bowser’s Fury é um jogo completo — curto, mas completo — que mostra um lado diferente do Super Mario.

Eu não gosto muito quando franquias famosas se rendem ao mundo aberto, mas como Bowser’s Fury é curtinho (dá para fazer 100% em uma tarde), não chega a enjoar, sendo prazeroso em toda sua campanha.

Tenho medo de o futuro grande jogo do Mario ser em mundo aberto e virar um checklist cheio de atividades repetitivas estilo Ubisoft, mas por enquanto Bowser’s Fury ainda é conciso o suficiente para ser um bônus delicioso para um remaster de um jogo que já é bem longo por si só.

Diablo 2: Resurrected Com gráficos em 4K, uma iluminação surpreendente e tons de contraste que te deixam tenso conforme explora as masmorras, Diablo foi uma surpresa com a atual situação da Blizzard.

Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 O jogo que inspirou uma geração a levar tombos múltiplos de skate agora retorna com a pompa que a franquia merece. Chega a ser curioso, depois de tanta paulada, ver a série ganhando esse tipo de tratamento carinhoso e com direito até a música do Charlie Brown Jr. na trilha sonora. A mistura ideal do velho com o novo e um título cheio de nostalgia.

Mass Effect Legendary EditionEu gosto muito da série Mass Effect e quando soube que a trilogia seria remasterizada, passei a aguardá-la com muita ansiedade. Felizmente o que recebemos foi uma primeiro jogo com várias melhorias em sua jogabilidade, gráficos mais bonitos para todos eles e uma quantidade enorme de conteúdo adicional que antes precisava ser adquirido separadamente. Uma belo pacote, para ótimos títulos.

Mass Effect Legendary Edition Todo mundo esperava ansiosamente pelo pacotão remasterizado de Mass Effect, e ele não decepcionou, trazendo a atualização que o primeiro capítulo precisava e uma nova demão de tinta em dois jogos que já eram excelentes.

Mass Effect Legendary Edition – Pois é, devorei Mass Effect Legendary Edition com grande apetite. Foi bem interessante revisitar o primeiro jogo com visual reformulado e mecânicas adaptadas com os demais jogos, tendo uma trilogia mais homogênea, além de um sistema de troféus/conquistas reformulado para instigar a jogar.

NieR Replicant ver.1.22474487139… Um remake muito bem feito: além do gameplay ter sido aprimorado — se aproximando mais de NieR:Automata —, os gráficos receberam melhorias significativas, as músicas foram rearranjadas (e novas faixas foram compostas), e o game ganhou um novo final, que o conecta melhor ao seu sucessor. NieR Replicant ver.1.22474487139… merece o posto de melhor remake/remasterização de 2021.

Shin Megami Tensei III: Nocturne HD Remaster A Atlus simplesmente fez o arroz com feijão do que se esperava em uma remasterização e cumpriu. Simples assim. Era para o Fatal Frame: Maiden of Black Water estar aqui, mas a Nintendo não deixou que os biquínis saíssem da versão japonesa do Wii U. Paciência.

Alan Wake Remastered Só pelo fato de ter levado Alan Wake para a família PlayStation, essa remasterização já deveria ser premiada. Um incrível jogo de suspense e terror, como uma história digna dos melhores filmes de Hollywood, agora pode ser jogado por mais pessoas, em consoles das duas atuais gerações. Vale dizer que os gráficos, texturas, e a iluminação receberam um grande salto de qualidade, mas a jogabilidade segue a mesma da época.

NieR Replicant ver.1.22474487139… Pessoalmente, acredito que o valor de um remake ou remaster se prova em duas situações: quando traz de volta um jogo importante e de difícil acesso ou quando adiciona novidades o bastante que reforcem a experiência original. Nier Replicant cai nas duas categorias e, mesmo com um ou outro ponto questionável sobre como tratam a história, dá uma aula importante sobre como resgatar títulos antigos.

NieR Replicant ver.1.22474487139… – O sucesso de NieR:Automata deu visibilidade a Yoko Taro, um dos desenvolvedores mais intrigantes do mercado de games atual, e lhe permitiu retrabalhar o primeiro título da franquia, em uma versão definitiva com mecânicas refinadas, e correções na narrativa que gerou a versão norte-americana Gestalt.

NieR Replicant ver.1.22474487139… não é apenas um remake, mas uma expansão completa, com mais conteúdo vindo dos livros publicados posteriormente, numa roupagem que agrada mais ao jogador de hoje, e esperamos que sua boa recepção motive Taro a no futuro voltar seus olhos à série que originou a franquia NieR, Drakengard.

➧ Surpresa do Ano
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DLC Insanidade de Far Cry 6 O conteúdo surpreende por colocar elementos de Roguelike em Far Cry, o que dá um fôlego interessante e divertido pra fórmula já bem batida da série. Além disso, a história adiciona características interessante e mais complexas ao icônico vilão Vaas.

The Vale: Shadow of the Crown E em 2021 tivemos o jogo mais diferente que eu tive o prazer de jogar. The Vale: Shadow of the Crown é um hack and slash sem estímulo visual. É um videogame sem a parte “vídeo”. Em outras palavras, é um jogo que pode ser jogado perfeitamente tanto por deficientes visuais como por aqueles que enxergam bem.

Ele consegue essa façanha com um design de som impressionante e ótimos controles. A combinação desses dois pilares possibilita que você se sinta uma poderosa guerreira mesmo com a tela mostrando apenas bolinhas flutuantes. The Vale: Shadow of the Crown não foi o jogo que eu mais gostei este ano, mas foi sem dúvida o que mais me marcou.

It Takes Two Uma jogabilidade divertida e que prende os jogadores, uma história boa e diversão em coop definem a surpresa da Hazelight Studios.

Tormented Souls Quem é fã de Resident Evil como eu deve sentir saudades da velha perspectiva tanque da franquia, que todos sabemos, não cai muito bem nestes tempos modernos. Mas neste ano tivemos dois grandes exemplos do contrário, The Medium e o maravilhoso Tormented Souls, que chegou devagar para se tornar um dos melhores jogos de terror do ano, mostrando que velhos hábitos nunca morrem, com o perdão do trocadilho.

Unpacking Desenvolvido pelos australianos da Witch Beam, Uncpacking é um inusitado jogo de quebra-cabeça onde precisamos… desempactar coisas após uma mudança.

Falando assim, o título pode parecer absurdamente sem graça, mas assim que começamos a tirar os objetos das caixas e tentamos encontrar onde guardá-los, entramos numa viagem sem volta, sempre querendo jogar apenas mais alguns minutinhos.

Marvel’s Guardians of the Galaxy Todo mundo esperava um jogo ruim, tipo o dos Vingadores, mas a Eidos Montreal deu aula de como fazer um jogo de super heróis.

Scarlet Nexus – Quando comecei a jogar Scarlet Nexus, pensei que seria só mais um “JRPG ação tipo anime”, mas… as coisas funcionaram e me prenderam. Mecânica de combate muito boa, carisma e toda uma complexidade (desnecessária em algunss momentos) para mostrar diálogos e trilha sonora amarrando o caminhar da trama. Me surpreendeu.

Scarlet Nexus Scarlet Nexus foi definitivamente o jogo que mais me surpreendeu em 2021. Quando achei que estaria lidando com mais um jogo com visual de anime genérico; eis que fui surpreendida por uma das jogabilidades mais deliciosas e interativas do ano, por personagens carismáticos em narrativas interessantes, por uma trilha sonora absurda de boa, e por uma história complexa e profunda demais, mas ainda assim, divertida e diferente.

It Takes Two Fora a questão do isolamento social, em 2021 agravou-se bastante a polarização política. Um jogo sobre pessoas que não mais combinam e são obrigados a trabalharem em equipe leva o mérito de conquistar sim os corações de muitos gamers. Pelo menos daqueles que ainda têm alma.

Hot Wheels Unleashed O Hot Wheels Unleashed é uma grata surpresa em 2021. Um jogo de corrida da franquia Hot Wheels realmente divertido, dinâmico, com gráficos surpreendentes, feito por um estúdio que entende deste segmento, a Milestone, o estúdio responsável pela franquia Ride e MotoGP.

Dodgeball Academia Não é surpresa que o jogo novo da Pocket Trap seria bom, o estúdio conta com a franquia Ninjin no portfólio para provar isso. Ainda assim, nada poderia me preparar para a combinação surreal de Pokémon com queimada e humor brasileiro cheio de zoeira que Dodgeball Academia oferece. O jogo é lindo e extremamente caprichado, de personalidade vibrante e cativante. Mais uma das pérolas indie que brilhou em 2021 ao lado de Unsighted, Dandy Ace, Wonderbox e tantos outros.

It Takes Two – Por mais que It Takes Two seja bem parecido com A Way Out, o clima e apresentação do segundo é bem diferente do primeiro, e apela para um público mais geral, sejam jovens casais ou pais e filhos, com uma história sobre os efeitos que um casamento em frangalhos pode causar nos filhos.

Somado a isso, há a jogabilidade com forte foco em cooperação e resolução de problemas individuais e coletivos entre May e Cody, em prol de voltarem a se entender e não magoarem sua filha Rose, em uma pegada lúdica muito próxima dos filmes da Disney Pixar.

➧ Decepção do Ano
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Forza Horizon 5 Não traz novidades tão significativas assim. De modo geral, parece mais um Forza Horizon 4: México. De alguma forma, estar no México não faz tanta diferença. O jogo não faz você se sentir mesmo em um país latino.

Ultra Age Eu gosto muito de hack and slashes, e Ultra Age parecia ocupar perfeitamente o vácuo deixado por franquias semi-dormentes como Devil May Cry e Ninja Gaiden. E ele começa bem e tem mecânicas interessantes.

Infelizmente, logo se torna extremamente repetitivo, graças a um level design fraco e excesso de chefes. Além disso, a dificuldade é ora fácil demais, ora difícil demais. Acaba sendo um exemplo de como mesmo um jogo de porrada precisa combinar boas mecânicas com bom level design. Se um desses pilares cai, o outro cai junto.

Em tempo, se você procura um bom hack and slash que saiu em 2021, recomendo Xuan Yuan Sword 7, que traz tudo que eu esperava encontrar em Ultra Age.

Battlefield 2042 Apesar de ter um multiplayer divertido, a falta de recursos comparado a outros jogos da saga e os diversos bugs mostram que o jogo da EA poderia ter sido muito mais.

Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition O que era para ser um retorno de alguns dos jogos mais legais de todos os tempos, incluindo meu favorito pessoal da franquia, San Andreas, se tornou um enterro. O carinho dos fãs se provou imensamente maior que o da Rockstar por estes títulos, que não só enfeiaram os clássicos como chegaram cheios de bugs e uma performance sofrível. De definitivo, no fim das contas, não tem nada.

Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive EditionEu sempre gostei muito da série GTA e estava bastante empolgado para poder jogar novamente os três primeiros capítulos feitos em 3D. Porém, o que a Rockstar nos propocionou com essas remasterizações foi um show de horrores, uma aula de como não tratar nem o seu consumidor, nem uma dos ativos mais importantes da empresa.

Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition Sabe o que a EA fez com Mass Effect Trilogy? Pois a Take Two fez exatamente o contrário com GTA Trilogy. As melhorias no jogo foram pífias e eles vieram completamente quebrados. Um trabalho vergonhoso.

Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition – Ter nostalgia com jogos antigos é legal, mas também é uma droga potencializadora para bem ou para o mal… e GTA: The Trilogy – Definitive Edition foi uma mancada gigantesca. Rockstar Games tá se afogando em dinheiro a ponto de negligenciar três dos grandes jogos que a ajudaram a chegar no topo do mundo. Bastava remasterizar sem mudar nada, mas terceirizaram o serviço e tentaram “modernizar” os cenários (ficou legal), enquanto todo o resto parecia deslocado e conflitante durante a ação. Que mancada.

Battlefield 2042 Jogo incompleto, repleto de bugs e falhas de desempenho e de conexão… A lista de problemas de Battlefield 2042 só cresce, enquanto o jogo continua recebendo updates. Entretanto, o estrago já foi feito. Resta saber quando os jogadores começarão a se impôr diante dessa cultura de lançar jogos quebrados que vão sendo melhorados com atualizações conforme passam-se os meses.

Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition Remasterizações em tese servem para revisitarmos clássicos em sistemas mais modernos, tentando manter a experiência original e, se possível, com gráficos melhores. Esse pacote com a trilogia de GTA conseguiu estragar tudo em quase todos os sentidos. Um caça-níqueis da pior qualidade que fez valorizarmos os GTAs originais do jeito que estão. Depois disso, a Nintendo cobrar em pleno 2021 um preço cheio de US$ 60 pelo The Legend of Zelda: Skyward Sword HD nem foi tão desonesto assim.

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood – Espero muito a cada lançamento de um game baseado nos livros de RPG do universo World of Darkness, porém, sempre acabo me decepcionando quando sai algo de Werewolf ou Vampire. Este jogo em questão, parece até amador se formos comparar com outros jogos atuais, até de menor porte. Os gráficos são terríveis e a jogabilidade é muito travada.

Balan Wonderland A Square Enix reuniu boa parte do time original de Sonic the Hedgehog para criar uma nova aventura 3D plataforma. Só esse resumo de informações já foi o bastante para me colocar no trem do hype de Balan Wonderland — o que só tornou o tombo ainda mais dolorido. Logo na primeira demo o que se viu foi uma produção sem capricho, de controles terríveis e total falta de carisma mascarada por gráficos genéricos. Difícil saber o que deu errado, mas é o tipo de jogo que não vale nem pela curiosidade…

Todos os estúdios acusados de abusos diversos, má gestão e etc – “Decepção” não é o termo mais correto, o ideal seria “Justiça sendo feita”. Relatos do ambiente tóxico dentro de estúdios são lugar comum há anos, no que incluem acusações de abuso sexual, misoginia, preconceitos diversos, abuso moral, medidas corporativas contra movimentos de sindicalização, etc.

Os processos movidos contra Activision Blizzard, Ubisoft e outros grandes estúdios desencadearam uma reação em cadeia completa, com processos movidos por funcionários e ex-funcionários contra inúmeras outras companhias, ao ponto de que os investidores e acionistas, os que de fato controlam as empresas e o fluxo do dinheiro, estão começando a se incomodar.

Em 2022, é certo que mais denúncias contra estúdios grandes e pequenos deverão aparecer, o que é uma coisa boa, mostrando que os profissionais não mais ficarão calados e buscarão por seus direitos, pior para as empresas que não se emendarem.

➧ (Re)visitando o Passado
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Beatstar O ‘Guitar Hero de dedo’ foi o vício do ano. Trouxe mesmo o sentimento de jogar os games músicais dos anos 2000, mas em um formato diferente o suficiente para parecer algo completamente novo, e algo mais rápido no celular para pequenas jogatinas.

DOOM (1993) – Este não teve muita competição. O jogo velho que mais marcou meu 2021 foi Doom. O primeirão mesmo. Eu o joguei muito no passado. Primeiro no 32X, que não tinha saves e morrer fazia perder todas as armas. Por isso, nunca terminei. Depois no PC, cheguei a ir bem longe, mas naquela época jogos como esse eram longos demais para mim. Então não terminei.

Desde então quis voltar aos Doom clássicos e em 2021 joguei todos eles: Doom, Doom II, Doom 3, Doom 64. O primeiro foi meu preferido. O motivo para isso foi sua estrutura. Ele é dividido em episódios relativamente curtos, que dá para matar em uma tarde. E entre as fases, você vê um mapinha com as que já passou e as que ainda faltam.

Isso dá uma sensação de progresso muito mais agradável do que o estilo Doom II e Doom 64, em que há mais de trinta fases seguidas, sem nenhuma demonstração de avanço ou de quanto falta para acabar. E vir dividido em pedaços facilmente digeríveis deixa tudo mais apropriado para um adulto com pouco tempo para jogar. Como cada episódio é quase como um jogo novo, dá para matar um hoje e voltar para o próximo alguns meses depois.

Some a isso o gameplay delicioso de Doom, a combinação espetacular entre gráficos e sons que deixa cada tiro altamente crocante, e a simples genialidade do level design. Com tudo isso, Doom não é apenas um dos jogos mais importantes da história dos games, mas um dos mais divertidos. E, em 2021, eu finalmente tive o prazer de jogá-lo do início ao fim. E foi um prazer enorme, e uma grande lição de história dos games.

The Return of the Obra Dinn Uma obra prima de Lucas Pope que só tive oportunidade de jogar esse ano, tem uma trilha sonora espetacular e que combina com todos os momentos do jogo, um enredo que você desvenda enquanto joga e uma direção de arte incrível. Descobrir o destino dos 60 tripulantes do navio Obra Dinn é uma experiência instigante graças a uma mecânica do jogo de voltar no tempo. Uma obra de arte.

Forza Motorsport 7 2021 marcou meu primeiro ano como dono de um Xbox. Por mais que tivesse contato com a marca em reviews e nas redações que trabalhei, nunca tive um console da marca para chamar de meu, devidamente estreado com Forza Motorsport 7. O jogo permite ser um simulador se o jogador quiser ou um arcade, também, entregando várias disciplinas de velocidade e centenas de carros para testar. Eu sempre quis me inserir na franquia e, mesmo assim, eu mal sabia o que estava perdendo. E, agora, sigo no hype pelo próximo, enquanto vou atrás também dos antecessores!

Mafia: Definitive Edition Eu havia jogado o Mafia original quando ele foi lançado, mas como não lembrava de muitas coisas, a sua remasterização me parecia uma ótima oportunidade para relembrar um jogo que havia adorado.

Embora possa ser considerado um jogo de mundo aberto, este tem um foco muito maior na história e isso faz com que o seu enredo esteja facilmente entre os melhores já feitos para um videogame. Dos personagens memoráveis ao próprio tema (que adoro), a sensação é de estarmos participando de um bom filme sobre a máfia e a melhoria visual feita neste remake ajuda a tornar a experiência altamente recomendável.

Yakuza 0 Aproveitei esse ano pra começar as aventuras de Kazuma Kiryu e não me decepcionei. Ele e Goro Majima são personagens maravilhosos, e Yakuza é uma franquia que todo mundo precisa jogar pra ontem, principalmente quem tá cansado de sandboxes ocidentais.

X-Morph: Defense – OK, nem é tão “velho” assim, mas vez ou outra eu inventava de jogar um pouquinho e, quando percebia, 5 horas tinha se passado madrugada adentro. Sim, X-Morph: Defense continua espetacular. Ele é uma mistura de nevinha + visual isométrico + elementos de RPG + estratégia e você é o vilão que precisa dominar a Terra. É uma combinação viciante e visualmente impressionante.

Ori and the Will of the Wisps Essa sequencia saiu no início de 2020 e eu só consegui jogar em meados de 2021 e como em arrependi disso… Gráficos e estilos fantásticos, narrativa muito emocionante, jogabilidade melhorada, mundo 3x maior que o do primeiro (mas eu sequer senti o tempo passando enquanto explorava), trilha sonora ainda melhor… Tudo em relação a Ori and the Blind Forest foi melhorado e esse se tornou um dos melhores jogos que joguei em muito tempo. Inclusive ele merecia mais atenção.

Fall Guys: Ultimate Knockout A televisão aberta continua ruim e vai piorando, mas essas competições malucas sempre me chamavam a atenção. Vez ou outra perco a paciência tentando chegar ao menos no Top 10. E aí tento novamente…

The Witcher 3: Wild Hunt Revisitei no ano de 2021 o The Witcher 3: Wild Hunt, e mesmo seis anos depois, o jogo continua lindo e prazeroso de se jogar. Ele parece que acabou de ser lançado, o gameplay é agradável, os gráficos são impecáveis. Sem dúvida, o RPG com o mundo mais imersivo e bem trabalhado que eu já joguei.

Fitness Boxing Nos meses mais pesados de reclusão proporcionados pela pandemia busquei no videogame um caminho para seguir fazendo exercícios físicos de casa, algo que senti falta demais nos meses de confinamento. Mirei no Ring Fit (que é muito legal!), mas acertei no Fitness Boxing, que saiu em janeiro de 2019 para Switch, um misto de jogo de ritmo e fitness com exercícios de boxe. Consegui colocar de novo na minha rotina um esporte que gosto muito e me ajudou muito a manter a saúde física e mental durante 2021.

Scott Pilgrim vs. The World: The Game – Complete Edition – Depois de 6 anos desaparecido das lojas digitais, o beat ’em up lançado em 2010 baseado nos quadrinhos de Brian Lee O’Malley, e que rendeu um melhores filmes a abordar a cultura gamer, voltou em 2021 em uma versão completa, com ambos DLCs inclusos.

Este não é um remake, é simplesmente um port de Scott Pilgrim vs. The World: The Game para os consoles mais recentes e PC, idêntico em todos os aspectos à versão original. O mesmo humor, decisões de design, personagens, jogabilidade, enfim, tudo o que fez deste um dos melhores brawlers já criados, enfim acessível a todos e ainda absurdamente divertido.

➧ Melhor Jogo de 2021
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Resident Evil Village O melhor Resident Evil desde o 4. Consegue balancear bem os momentos de ação com trechos de terror bem construídos, com um ritmo que nunca fica chato. Partes da história é zoada, e seria melhor se não fosse um Resident Evil.

Ratchet e Clank em uma Outra Dimensão É difícil competir com a Sony na categoria melhores do ano, especialmente se você, como eu, é fã de jogos de alto orçamento, que realmente dão uma canseira nos consoles de última geração. Essa categoria hoje em dia é tão preocupada em vender coisas ou em durar para sempre, que existem poucos jogos de alto orçamento focados simplesmente em serem bons jogos. E daí essa se torna uma categoria em que os jogos da Sony reinam praticamente sozinhos (com alguma participação da Capcom).

Some a isso o fato de plataforma 3D ser meu gênero preferido e meu já estabelecido apreço por jogos coloridos, bonitinhos e cheios de humor. Daí não sobrou pra mais ninguém, e Ratchet e Clank em uma Outra Dimensão foi a maior diversão que tive em 2021 com um controle nas mãos.

Resident Evil Village Sequência direta de Biohazard, Village acerta em vários aspectos seguindo com uma jogabilidade muito parecida a seu antecessor. Gráficos bonitos, chefes aterrorizantes e uma ambientação sinistra fazem de Resident Evil Village o melhor jogo do ano, para mim.

It Takes Two Por mais que meu coração tenha batido forte por Resident Evil Village (menos na parte da fábrica), não tem como não entregar o ano nas mãos de Josef Fares. O designer cheio de ideias fora da casinha fez isso mais uma vez, entregando um game emocional e intimista, com uma história que fala com todos nós e uma simplicidade que contagia e faz sempre seguir em frente. É amor puro.

Deathloop Ver algo realmente inovador sendo criado hoje em dia não é muito comum, mas com o Deathloop foi justamente isso o que conseguiu a Arkane. Ao nos colocar para raciocinar em um jogo de tiro em primeira pessoa, o estúdio conseguiu trazer novidades tanto para o gênero quanto para os roguelite, criando uma obra capaz de nos surpreender a todo momento.

Some a isso uma trilha sonora fascinantes, uma direção artistica muito acima da média, um intrigante enredo e um modo multiplayer que também foge do lugar comum e pronto, temos não só um dos melhores jogos de 2021, mas dos últimos anos.

Metroid Dread 20 anos depois, Samus Aran retorna com tudo e traz o melhor Metroidvania desde Symphony of the Night, melhorando conceitos clássicos da franquia e modernizando aspectos que não tinham envelhecido tão bem assim, além de ser uma das melhores apresentações visuais do Nintendo Switch.

Hitman 3 – Vou me contradizer em relação aos meus votos nas outras categorias, mas eu queria MUITO que Hitman 3, ao menos, tivesse sido lembrado pelas pessoas. A IO Interactive conseguiu criar uma das maiores e melhores “toybox” de todos os tempos, combinando requinte, melhorias e incorporando os dois primeiros títulos que ganham melhorias visuais! É um jogo com um volume de conteúdo gigantesco, com vários objetivos, inúmeras possibilidades e muito divertido. Que delícia de jogo.

Resident Evil Village Pelo conjunto da obra – ótima jogabilidade, trabalho magnífico de mixagem de som, narrativa instingante, personagens carismáticos, reviravoltas interessantes, referências ao folk horror e a um vasto folclore macabro, dentre outras qualidades —, Resident Evil Village leva como jogo do ano para mim. Não é um jogo perfeito, tem seus defeitos, claro, mas definitivamente merece. Sem contar que a Capcom, há anos, tem acertado bastante com a maioria de suas principais franquias. É chegada a hora do reconhecimento.

Metroid Dread Tá, sou refém da Nintendo. Quero muito o Metroid Prime 4 mas a franquia Metroid Prime não passa de um spin-off. Metroid Dread é o verdadeiro quinto jogo da franquia principal e, de certa forma, foi um lançamento que me surpreendeu: não esperava que a MercurySteam trouxesse um jogo novo para nos acalmar enquanto MP4 e/ou a trilogia Prime não chega ao Switch. No máximo achei que viria um remaster de Metroid: Samus Returns. Metroid Dread é tecnicamente perfeito no que se propõe a fazer e considero como único destaque positivo da Nintendo em 2021.

Deathloop A atmosfera, o gameplay dinâmico e convidativo, a criação de ambiente e cenário, e a trilha sonora, são os ingredientes que fazem Deathloop o melhor jogo de 2021 no meu entendimento. O jogo da Arkane Lyon e Bethesda traz um looping de eventos que não é enfadonho, pois realmente funciona para a diversão.

Resident Evil Village Não é de hoje que a Capcom vem fazendo um trabalho excepcional. Ano após ano a produtora japonesa vem apresentado consistência e variedade como raramente se vê na indústria de games, com jogos blockbuster aclamados por todos como RE7, Devil May Cry 5, Resident Evil 2 Remake, Monster Hunter World, mas sem deixar de lado títulos que apelam para nichos como The Great Ace Attorney, coletâneas de Mega Man e Monster Hunter Rise. Acho sim que It Takes Two supera RE Village em muitos aspectos, mas não há como negar que o jogo de ação e horror da Capcom traz uma qualidade fenomenal e coroa vários anos de um trabalho fantástico feito pela produtora.

Deathloop – O ano de 2021 teve uma boa seleção de games acima da média, mas foi a Arkane quem entregou o game de maior potencial. Deathloop é o que melhor equilibra elementos de visual, áudio, narrativa e jogabilidade, e por isso, é o melhor jogo de 2021.

Escolhas feitas, agora deixo com vocês a possibilidade de votar nos seus favoritos, seja na enquete abaixo, seja nos comentários.

Qual foi o melhor jogo de 2021?

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.