Eu adorei o Battlefield: Bad Company. Embora o game não tivesse nenhum ponto de grande destaque, gostei de sua jogabilidade e me diverti bastante durante toda a campanha principal. Resolvi então apostar em sua sequência, já que esta havia recebido muitos elogios e após terminá-lo, cheguei a conclusão de que aquilo que já era bom ficou muito, mas muito melhor.

Para começar tenho que elogiar o trabalho da DICE com o motor Frostbyte. O primeiro jogo já era muito bonito, apesar de seus cenários repetitivos contarem pontos contra a engine, mas com sua atualização para a versão 1.5 os suecos conseguiram mostrar do que ela era capaz. Indo do deserto a florestas tropicais, passando por cidades e montanhas congeladas, não há como enjoar dos lugares que visitamos.

É verdade que muito da destruição e dos imensos ambientes abertos diminuíram, o que me agradava muito no primeiro jogo, mas foi durante uma missão numa favela na América do Sul que ficou claro para mim que a Activision precisa evoluir bastante a estrutura do Call of Duty. Enquanto no Modern Warfare 2 a fase semelhante mal nos permite quebrar uma janela, o que torna tudo mais artificial, no jogo da EA fica até difícil nos escondermos, já que as paredes não são muito resistentes.

Mas não podemos dizer que o Bad Company 2 funciona apenas como um enorme show de demolição. Começando durante a Segunda Guerra Mundial, o game nos leva a situações memoráveis e não são raras as vezes em que somos surpreendidos por algo inusitado e de proporções gigantescas. Isso torna a experiência memorável,  mesmo tendo achado que o enredo e os personagens ficaram sério demais, mas nada que chegue realmente a ser considerado um defeito. 

As pessoas costumam dizer que os FPSs são todos iguais, que pouco inovam, mas ao poucos tenho me convencido de que este é o gênero que mais consegue aproximar os games das grandes produções de Hollywood. Quem teve a oportunidade de jogar a série Half Life, Resistance 2 ou algum dos Call of Duty deve ter passado por situações que lhe fizeram cair o queixo e na minha opinião o Battlefield: Bad Company 2 conseguiu entrar para essa lista.

Um jogo que irei jogar novamente, mas por enquanto quero dar uma chance ao modo multiplayer 🙂

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.