Quando comentei aqui no VdG que havia comprado o 3D Dot Game Heroes, alguns donos de Playstation 3  me pediram para falar um pouco sobre o jogo e depois de algumas horas dentro do game, acho que já posso lhes dizer o que esperar do game.

Eu vi muita gente acusando o jogo da From Software de ser uma cópia descarada do The Legend of Zelda: A Link to the Past e de fato, ambos são muito parecidos. Não há como negar que a produtora aproveitou quase todos os elementos do clássico do Super Nintendo e a sensação ao jogarmos o 3D Dot Game Heroes é a de estarmos diante de um remake do game de Shigeru Miyamoto.

Tudo está lá, o bumerangue, as bombas, o arpão utilizado para atravessar buracos, os calabouços cheios de baús que nos levam a um chefe imenso e até mesmo as galinhas nas cidades. Mas questões a parte sobre o game ser uma homenagem ou simplesmente um plágio do Zelda, ele tem conseguido me divertir bastante até o momento e tenho certeza que se tivesse sido feito pela Nintendo, os fãs teriam ido à loucura com o jogo.

Quem conhece o antigo não terá nenhuma dificuldade com a jogabilidade, tendo apenas que se acostumar com algumas adições, como o fato da espada ficar maior e mais forte quando estamos com o sangue cheio e usar as magias que vamos ganhando ao poucos e por isso o seu grande diferencial fica mesmo na parte gráfica.

Valendo-se de uma técnica chamada Voxel, a desenvolvedora optou por manter o visual pixelado da época dos 16-bits, mas aqui aqueles pequenos quadradinhos são mostrado em três dimensões, o que na minha opinião dá um charme todo especial ao game.Também gostei da água, mas no começo estranhei um pouco o desfoque nas bordas da tela. Talvez os jogadores que gostem de gráficos ultra-realistas não aprovem esse estilo de pixels em 3D, mas eu achei a escolha perfeita e gostaria que alguns remakes copiassem a ideia.

Para os padrões atuais o 3D Dot Game Heroes pode ser considerado simples demais, com um enredo água com açúcar, gráficos que estão longe de serem top e jogabilidade requentada, mas a adição de sidequests ( algo que poderia ser adotado na série Zelda), o bom humor com diversas referências a outros jogos da From Software, especialmente o Demon’s Souls e a série Armored Core e a sensação de estarmos jogando uma nova versão de um dos melhores jogos já criados, fazem deste um jogo recomendado, principalmente para os fãs do A Link to the Past, mas tenha em mente que ele não veio para substituí-lo, apenas para homenageá-lo.

PS.: Eu estava curtindo bastante o jogo, mas como ele não tem save automático, adivinhe o que aconteceu? Sim, o videogame travou e perdi quase duas horas de progresso. Não gosto de largar um game pela metade, mas estou tão bravo com a situação que estou pensando em encostá-lo por um tempo.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.