Desenvolvido pelos finlandeses da Frozenbyte, Trine é um daqueles games que servem como uma bela homenagem aos jogadores que dedicavam várias horas aos jogos de plataforma com quebra-cabeça na época dos 16 bits.

Nele conhecemos a história de um mundo fantasioso que após a morte do rei viu um exército de mortos-vivos se aproveitar da instabilidade política para tomar conta do lugar. É quando somos apresentados a um trio que ao encontrar um artefato mágico descobre que não pode se separar, tendo que cooperar, mesmo contra a sua vontade, para dar um fim à ameaça.

Após passar algumas horas dentro do jogo, posso dizer que são duas as principais qualidades do Trine. Uma é que teremos que alterar entre os três personagens a todo momento para solucionarmos alguns puzzles e a forma como as características de cada um deles se complementam é algo fantástico. Enquanto o cavaleiro é o típico fortão, resolvendo tudo na base da espadada e podendo usar seu escudo para se defender, a ladra consegue se pendurar usando uma espécie de arpão e é perita nos ataques a distância graças ao seu arco e flecha, já o mago, apesar de praticamente não ter ataque, consegue conjurar objetos, como caixas e pontes que devem ser usadas para transpormos certos obstáculos.

Trine

O outro ponto que merece elogios é a parte visual. A desenvolvedora tomou a sábia e ousada decisão de entregar um game com jogabilidade em duas dimensões, mas os gráficos são em 3D, com os cenários repletos de detalhes e cores e também ajuda a melhorar a experiência a física apurada do game. Por diversas vezes eu parei durante a jogatina para apreciar alguns cenários, tendo inclusive registrado alguns desses momentos.

No entanto, esses dois aspectos não estão livres de crítica. As fases não possuem muita variação no seu visual, normalmente acontecendo em masmorras ou cavernas e os quebra-cabeças também poderiam ser melhor explorados, quase nunca exigindo muito do jogador. Mas mesmo assim o Trine é um título obrigatório, principalmente para quem adorava jogos como o The Lost Vikings, o primeiro Prince of Persia ou o Blackthorne.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.