A sensação de vermos a expectativa por um jogo ser suprida é algo muito bom, mas talvez seja ainda melhor quando colocamos as mãos em um título que não apostávamos muito e ele consegue nos agradar. Com o Bulletstorm isso aconteceu comigo.
Depois de não ter gostado da sua demo e ter ficado sem entender muito bem porque o jogo havia recebido tantos elogios, comecei a sua campanha e estou adorando o trabalho realizado pela People Can Fly. Primeiro por causa do seu estilo “arcade”, deixando de lado um enredo mirabolante para nos incentivar a atirar em tudo o que move, porém, não só atirar, mas matar nossos inimigos com estilo.
A desenvolvedora implementou um sistema de bonificação para que os jogadores utilize suas armas e o cenário de maneiras variadas e ao invés de apenas metralhar os adversários, ganhamos mais pontos ao realizar tarefas como atirar em seus testículos, empalar os coitados em barras de ferro, cravá-los em cactus gigantes, atirá-los em despenhadeiros ou chutar o traseiro dos chefes, e isso só para citar bem poucos, já que são mais de 100 estilos diferentes de mortes.
Os pontos adquiridos servem como uma espécie de moeda que será usada para melhorarmos as armas, mas no fundo a intenção é deixar as partidas mais divertidas e não tenho dúvidas de que o objetivo foi alcançado e para tornar a experiência de maltratar os adversários ainda mais divertida, em certo momento ganhamos acesso a Leash, uma espécie de chicote elétrico que nos permite puxar os inimigo e ao fazer isso, tudo fica em câmera lenta, dando tempo para fazermos as maiores maluquices com os sujeitos.
Outro ponto que tem me mantido preso ao jogo – e acho que este tem sido até mais importante – são os inúmeros momentos memoráveis da campanha principal. A toda hora vemos alguma situação de risco acontecendo com os heróis (ou seriam anti-heróis?), nos fazendo acreditar que eles não conseguirão sair dali e os cenários imensos contribuem para a sensação de que estamos vivendo uma aventura realmente épica.
Por falar em cenário, como não citar a beleza de Bulletstom? Novamente a Unreal Engine 3 mostra o seu poder e eu não acho que é exagero colocar o game como um dos FPSs mais bonitos já criados. Além dos personagens muito bem modelados e que não se resumem apenas a um bando de brutamontes, os lugares por onde passamos são simplesmente lindos e por diversas vezes me vi parado admirando o planeta onde a aventura acontece. Ah! E para aqueles que acham que os jogos de tiro atuais são cinza demais, pode ficar tranquilo, pois a paleta de cores utilizada pelos artistas da People Can Fly é bem variada.
Podemos dizer que o Bulletstorm serve como uma evolução para o estilo de FPSs da década de 90, onde não precisamos usar muito o cérebro e a recompensa está na diversão dos tiroteios frenéticos, ou seja, tudo aquilo que o Duke Nukem Forever deveria ter sido, mas pelo o que dizem, não é.
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