Dou continuidade ao post anterior onde descrevi uma das missões do Jogo Call of Duty 4. Espero que tnha gostado do início e que apreciem ainda mais a conclusão.
Tratei de recarregar o fuzil e me esconder dos tiros que vinham na minha direção atrás de um latão. A situação beirava o ridículo. Enquanto milhares de projéteis zuniam perto do meu capacete, alguém mandava que eu corresse até o helicóptero em pedaços e tirasse a nosso soldado de lá. Depois de alguns segundo de hesitação, decidi que era melhor avançar de uma vez. Na pior das hipóteses, eu levaria um tiro no crânio e acabaria logo com aquele sofrimento.
Respirei fundo, segurei meu AK-47 recém adquirido e coberto com o sangue do meu inimigo, abaixei a cabeça e corri. Corri muito. Corri como nunca havia corrido antes e logo alcancei a mão da piloto entre a janela quebrada daquele objeto voador que jazia no solo. Tenho que admitir que não sei o que acontecia em minha volta, mas não é difícil de imaginar que uma infinidade de pessoas estavam tentando me alvejar. Por alguns segundo, acredito que eu tenha me tornado o centro do universo.
Consegui cumprir (mais uma vez) meu objetivo e em poucos segundos que pareceram uma eternidade eu já estava correndo de volta para o nosso helicóptero. Alguns soldados do meu batalhão corriam atrás de mão me dando cobertura já que eu carregava a piloto machucada em meus ombros. Poucos metros atrás haviam dezenas de árabes sedentos por sangue e que atiravam em nossa direção.
Tratei de subir o mais rapidamente possível no nosso meio de fuga enquanto muitas balas ricocheteavam no pássaro de ferro. Eis então que o último dos nossos subiu. O helicóptero deu uma leve sacudida e notei que já não estávamos no chão, pouco a pouco ele começou a ganhar altitude foi então que presenciei a cena mais aterradora que um ser humano poderia imaginar.
Há vários quilômetros de distância surgiu um clarão no horizonte que me deixou cego por uma fração de segundo. Algo como uma enorme, uma gigantesca granada de fragmentação que teria um efeito posterior infinitamente pior. Logo depois pude perceber uma enorme nuvem de fumaça indo em direção ao céu. Uma nuvem pálida, de tom avermelhado e sua forma era inconfundível. Ela tinha a forma de um cogumelo e meu cérebro logo associou os fatos. Não podia ser verdade, mas estava acontecendo, bem diante de meus olhos incrédulos. Uma explosão atômica havia acabado de ocorrer.
A situação que já era ruim acabara de se tornar muito pior e a onda de choque que se aproximava de nosso helicóptero como um enorme monstro que iria devorar sua presa deixava as coisas ainda mias críticas e eis que ocorre o inevitável. Fomos atingidos violentamente por aquele imenso maremoto de destruição e começamos a cair em espiral.
Pouco antes de tocar o solo eu apaguei não antes de ver um amigo voar pela traseira do helicóptero. Apaguei achando que nunca mais iria voltar a ver a luz do Sol. Em partes eu estava certo. Realmente nunca mais voltei a ver a luz solar, mas não cheguei a morrer. Algum tempo se passou, não sei precisar ao certo quanto, mas quando abri os olhos, tentei me mexer e tive dificuldade. Aguardei um pouco e ao tentar ficar de pé, tanto o meu centro de equilíbrio quanto minha perna direita.
O membro inferior quebrado tornava a tarefa de andar quase insuportável, mas eu precisava sair dali. Precisava confirmar se tudo aquilo havia mesmo ocorrido e ao deixar a estrutura de metal retorcido onde estava eu pude ver uma cidade que mais parecia ter saído de um filme pós-apocalíptico, a diferença é que aquilo ali não era um longa metragem.
Ao me virar para esquerda, o que havia ao fundo não podia ser fruto da minha imaginação. A enorme nuvem ainda reluzia imponente o céu já havia deixado de ser azul e tomara um tom ocre para si. Tudo em minha volta já parecia sem vida e senti algo no estômago parecido com um soco, mas antes de conseguir vomitar eu cambaleei e cai com o rosto virado para o solo. Nunca mais levantei. Acabava ali a minha última missão.