Uma enxurrada de clichês no seu enredo, uma mecânica de jogo por vezes irritantemente simples demais e gráficos absurdamente lindos. Se fosse para resumir o que encontramos em Deadlight, jogo que lançado com exclusividade para o Xbox 360 através da Live, essa talvez fosse a melhor maneira, mas isso não significa que ele seja dispensável e aqui tentarei explicar o porque.
Na criação da Tequila Works controlamos Randall Wayne, um sujeito que em 1986 se vê separado de sua família após um vírus fazer com que as pessoas virem zumbis, aqui brilhantemente conhecidos como Shadows. Tentando chegar a um local supostamente seguro e claro, reecontrar sua mulher e filha, o protagonista se junta a um grupo de pessoas e no caminho enfrentará uma série de perigos, como uma milícia conhecida como “A nova lei” ou algumas peças que sua memória lhe prega.
Um detalhe do jogo que não gosto muito é a técnica de espalhar arquivos pelo cenário para contar a história, já que dessa forma podemos deixar passar algo importante, porém, há um detalhe legal nisso que muitos podem não se dar conta, que são as identidades encontradas em alguns corpos e que fazem referências a diversos serial killers famosos.
Enfim, como pode ver, não há nada de muito original no enredo do Deadlight, mas felizmente o final nos guarda uma bela surpresa e o personagem principal tem lá o seu carisma. O grande problema do jogo no entanto está na sua jogabilidade, que embora funcione bem, ao contrário do que poderia se imaginar, ele não segue o estilo Metroidvania, já que os estágios são muito lineares e mesmo se quisermos colocar o game ao lado de um Flashback ou Out of this World, os seus quebra-cabeças são simples demais.
Mas se formos falar do seu visual, aí Deadlight dá um show. Novamente a Unreal Engine 3 mostra o seu poder também para dar vida a jogos com jogabilidade em duas dimensões e cada tela da aventura merece pararmos por alguns instantes só para apreciá-las e outro detalhes que merece destaque são as animações que ajudam a contar o enredo, parecidas com revistas em quadrinhos em movimento.
Quando vi o primeiro trailer do Dealight, fiquei muito empolgado. Com uma jogabilidade que lembrava a do excelente Shadow Complex e o personagem principal que só podíamos ver sua silhueta, assim como no Limbo, tive a sensação de que ele não tinha como dar errado. Contudo, após terminá-lo, não posso dizer que seja um jogo obrigatório, embora se trate de um belo game e que consegue se destacar. Nem que seja pela ausência de títulos parecidos no mercado.
[youtube url=”http://youtu.be/R5xK8Z6zSPE”]