Quando terminei de assistir o primeiro Indiana Jones, ainda criança, a única coisa que passava pela minha cabeça era que quando crescesse eu queria ser arqueólogo. Na época a inocência me fez acreditar que a profissão me permitira viver aventuras como as mostradas no filme de Steven Spielberg e quando me dei conta de que eu não iria ter que andar por aí fugindo de bolas gigantes ou usando um chicote para sobreviver, decidi que teria que ganhar a vida com algo mais real.
Porém, para minha sorte a paixão pelos videogames continuou comigo e foi graças a eles que pude, de certa maneira, realizar aquele sonho, muito graças a trilogia Uncharted.
Após encarar os dois primeiros jogos da série, por um motivo ou outro não me interessei muito pelo Uncharted 3: Drake’s Deception, até que resolvi lhe dar uma chance e não consegui largá-lo até ver os créditos finais subindo e não tenho o menor receio de afirmar que a experiência foi extremamente recompensadora.
Além de ter achado os quebra-cabeças dessa versão melhor elaborados que os anteriores, o que mais me prendeu no jogo foi o seu enredo intrigante e que sempre me fazia querer jogar só mais um pouco para saber o que iria acontecer em seguida e se aquilo que motiva um explorador é desvendar o desconhecido, acho que a história do Uncharted 3 tem um papel fundamental para nos colocar na pele de Nathan Drake.
Além de contar um pouco do passado do protagonista, a busca pela cidade perdida de Ubar, também conhecida como Atlântida das Areias, é um tema muito interessante e brilhantemente explorado pelo roteiro do jogo, nos levando a momentos dignos de fazer qualquer um perder o fôlego, assim como cansamos de ver acontecer com o personagem interpretado no cinema por Harrison Ford.
Uncharted 3 é um daqueles jogos tão bons de serem jogados quanto de serem assistidos e por mais que seus gráficos estejam um ou dois níveis acima da média e sua trilha sonora contribua para tornar tudo mais grandioso, o que realmente me encantou nele foi sua capacidade de me transportar para um mundo que apenas a ingenuidade de uma criança permitiria visitar.