Mesmo gostando bastante da série God of War, não posso dizer que sou um dos seus maiores fãs e talvez por isso eu não tenha caído no enorme hype que foi criado antes do lançamento do terceiro jogo (sem contar a versão para PSP) estrelado pelo Fantasma de Esparta. Agora, depois de chegar ao seu final, tenho a impressão de que ficou faltando algo.

Primeiro, quero dizer que o game é sim muito bom. Durante toda a aventura passamos por situações muito legais, por lugares imensos e tudo amparado por ótimos gráficos uma excepcional trilha sonora.

Spoiler: Este trecho contêm alguns detalhes do enredo, portanto, se você ainda não terminou o GoW 3, recomendo não clicar no botão.

A história, apesar de basicamente apenas girar em torno da busca por vingança do personagem, é bem contada e prende a atenção, mas o que me chamou mesmo a atenção foi a forma como aniquilação dos deuses modifica o planeta. Embora seja até mesmo óbvio, foi uma grande sacada dos produtores fazer com que o Sol suma dos céus após matarmos Hélio ou o mar cobrir a terra depois que Poisedon cai diante de Kratos.

Gostei muito também da sequência final, principalmente da parte em que o protagonista quase morre nas mãos de Zeus, quando vagamos por uma espécie de limbo e vários momentos da trilogia passam diante de nossos olhos. A forma como essa parte é mostrada ficou muito legal, deixando a ação sob o comando do jogador, quando normalmente veríamos apenas uma animação.

Mesmo assim, não consegui ter aquela sensação de espanto que os outros dois títulos da série me proporcionaram. Acredito que parte desse problema se deva ao fato deles terem levado o Playstation 2 ao limite, ou mesmo porque o sistema de batalha praticamente não traz inovações. Acho inclusive que este é o grande problema do God of War 3. Durante todo o jogo tive a impressão de que ele se tratava de mais do mesmo e penso que foi isso que me fez achar que este é o mais fraco dos três.

No geral, acho que se trata de um jogo que merece ser jogado e que faz jus ao poder da atual geração, mas que na minha opinião não impressiona tanto quanto os episódios anteriores, o que confirma que o GoW 1 e 2 (e até mesmo o Chains of Olympus do PSP) eram títulos muito a frente de seus tempos.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.