Nos últimos anos vários estudo vem tentando provar que os videogames podem servir para muito mais do que apenas nos entreter e um dos mais recentes foi conduzido pelo Max Planck Institute for Human Development e pela Charité University Medicine St. Hedwig-Krankenhaus, localizada na cidade de Leipzig, Alemanha.
Após pedir a um grupo de adultos que jogassem o clássico Super Mario 64 em sessões diárias de 30 minutos, os pesquisadores constataram através de ressonâncias magnéticas que o volume do cérebro dessas pessoas aumentou, ao contrário do que aconteceu com outros voluntários que não se dedicaram ao game.
O interessante é que este crescimento da massa cinzenta pode trazer muitos benefícios ao jogador, pois de acordo com o estudo, o efeito pôde ser observado no córtex pré-frontal direito, no hipocampo direito e no cerebelo, regiões envolvidas em funções como navegação espacial, planejamento estratégico, capacidades motoras das mãos e formação de memória.
Conforme declarou a responsável pela pesquisa, Simone Kühn, o resultado encontrado por eles “prova que regiões específicas do cérebro podem ser treinadas através dos videogames,” algo que se aperfeiçoado, poderia ajudar os médicos a tratarem pacientes com distúrbios neurológicos, como o estresse pós-traumático, a esquizofrenia e doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer.
Outro fator que pesa a favor dos videogames como forma de tratamento é a aceitação dos pacientes, que obviamente se divertem enquanto estão jogando e embora muitos outros estudos ainda terão que ser feitos para aperfeiçoar a técnica, podemos dizer que há muito tempo os jogos eletrônicos deveriam ter perdido o estigma de que fazem mal à saúde.
Este é mais um artigo que escrevi para o jornal O Campolarguense e que foi publicado na edição de dezembro de 2013.