Eu aprendi que ouvir a opinião das outras pessoas pode significar termos contato com jogos que a princípio não nos agradariam e ultimamente eu tenho tido sorte ao apostar naquilo que os outros classificam como bons títulos.

Quando testei a demo do inFamous, a impressão que a criação da Sucker Punch Productions me passou foi a pior possível. Embora fosse situado numa cidade fictícia que servia de mundo aberto, algo que gosto muito, as lutas me pareceram muito simplórias e as missões presentes na versão de teste eram muito parecidas e logo descartei sua compra.

Um tempo depois a Sony passou a vender o jogo digitalmente e como estava com alguns dólares sobrando na PSN, resolvi arriscar, mas deixei o jogo esquecido no HD do Playstation 3 e só agora resolvi lhe dar uma chance e posso dizer, como ele me agradou!

Além de ter vários elementos que me agradam, como a narrativa no estilo de uma história em quadrinho e a possibilidade de realizarmos as missões na ordem que quisermos, para mim o grande destaque do jogo é o protagonista Cole MacGrath, ou melhor, os seus poderes. Na versão final do jogo eles são adquiridos gradativamente, permitindo nos acostumarmos com a jogabilidade, tornando-a cada vez mais interessante.

Em inFamous acompanhamos a história de um homem que acorda no epicentro de uma enorme explosão que devastou Empire City, sem saber como sobreviveu e o melhor (ou seria pior?), descobrindo que adquiriu o poder de controlar a eletricidade.

Além de oferecer uma série de reviravoltas, o enredo nos permite tomar certas decisões que definirão se Cole será visto pelas pessoas como herói ou vilão e embora algumas das escolhas sejam um tanto sem graça, elas aumentam a imersão e nos fazem ter vontade de jogar novamente seguindo o outro caminho, só para ver o que acontecerá.

Durante todo o jogo eu optei sempre por ser “o mocinho”, ajudando as pessoas e fazendo boas ações e a partir de determinado ponto foi muito legal notar que ao andar pelas ruas elas paravam para tirar fotos e me chamavam de herói, fazendo com que eu me sentisse numa verdadeira história em quadrinho.

Porém, não deixa de ser curioso o fato de que mesmo optando por fazer o bem, quase sempre eu matava acidentalmente vários pedestres no meio de combates caóticos contra os inimigos sem ser penalizado por isso e acho que faltou à produtora ter implementado uma inteligência artificial mais apurada para os habitantes da cidade.

Outros pontos que também me incomodaram no inFamous foram a própria Empire City, que embora seja muito bonita, possui várias partes do cenário que parecem ter sido reaproveitadas, além da mecânica praticamente dispensar as lutas corpo-a-corpo, mas acho que são problemas que não estragam tanto a experiência.

No fim o game se mostrou uma grande surpresa e foi capaz de prender minha atenção com missões muito interessantes e variadas (com exceção das secundárias, que são bem chatinhas e repetitivas) e agora já estou pensando seriamente em adquirir a sua sequência.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.