23/01/2015… A história começa!
Eu tinha uma meta para esse domingo: Finalizar a StarRoad do New Super Mario Bros U. Há muito eu não jogava e fiquei meio enferrujado nesse período. Logo, fechar a excruciante “Pendulum Castle”, se tornou o maior desafio dos últimos tempos.
Ao mesmo tempo em que perdia minhas vidas no Super Mario (é, eu estava num dia ruim), quando me cansava de perder (foram umas 50 vidas ao todo. Já disse que estava num dia ruim?), encarava o HeartStone no iPad para relaxar, então meio que eu jogava umas 5 vidas, cansava de perder e jogava no iPad para aliviar a tensão. Sei que comecei a jogar 14h00 e mais ou menos 18h45 eu conseguia enfim fechar a 8ª e a 9ª fases da StarRoad.
Sério, tirando as incursões no HeartStone, eu joguei pelo menos três horas “A MESMA FASE”. Quando saí do Mundo do Cogumelo e voltei à minha meta de zerar o Assassin’s Creed IV, fiquei pensando no que me levou à ficar tanto tempo num mesmo jogo. Troquei a entrada na Tevê, religuei o Wii U e fui matar uma curiosidade, e descobri que havia jogado por mais de 87 horas o New Super Mario Bros U (NSMBU).
Conversei com um amigo viciado em FPS e ele me contou que já tinha 200 horas de Call of Duty: Black Ops e ao contar essa marca espantosa para a minha irmã, fizemos uma comparação com as horas que ela havia gasto com o The Sims e descobrimos que ela já contabilizou 380 horas no The Sims 2 e cerca de 70 horas no The Sims 4, ou seja 450 horas em uma mesma franquia.
Ora bolas, quando joguei The Last Of Us, God of War III e The Walking Dead, só para citar alguns exemplos, fiquei semanas rememorando os eventos dos games. Senti vontade de jogar os games novamente e não o fiz até agora. Alguns poderiam dizer que não ter jogado duas ou três vezes esses games se deve ao fato de já conhecer a história. Isso é falho, afinal, fechei os Uncharteds (1, 2 e 3) e os Batmans (Arkham Asylum e City) duas vezes cada e conhecer a história não me afetou em nada a diversão, pelo contrário, pude ser mais dinâmico e atentar a detalhes que não havia percebido antes.
E cá entre nós: Que novidades poderia encontrar numa missão de resgate de princesa? Afinal, a mecânica é a mesma desde Mario Bros. 3 do Nintendo 8 bits.
O que leva um gamer a jogar um game com a mesma mecânica durante 20 anos?
Aliás, não é só Mario que tem esse fator replay acentuado. Jogo StarCraft desde o lançamento e até hoje sou incapaz de ganhar de um Coreano, mas eu gosto de jogar ainda assim. Jogo também H.E.R.O. (do Atari 2600) desde 1989 até hoje em emuladores online.
Eu não sei a resposta ainda, talvez nunca saiba. Acho que talvez seja um misto de boa jogabilidade, uma mecânica simples com desafios crescentes, a vontade de auto superação, e claro o fator “gosto”.
04/02/2015… Senta que lá vem a história!
Comecei essa reflexão a alguns dias atrás, não conclui porque outros assuntos atropelaram meu pensamento. Notadamente o anúncio do HoloLens, mas hoje me sinto à vontade para continuar a linha de raciocínio.
No último domingo (01/02) voltei à minha meta (já atrasada) de fechar o Assassin’s Creed IV e quando cansei de pilhar e assassinar, resolvi estrear meu Amiibo. Peguei então meus jogos do Wii U que tem compatibilidade com o bonequinho, sendo eles o Mario Kart 8, Super Smash Bros. Wii U e Hyrule Warriors, e resolvi testar a integração.
No Mario Kart 8, jogo onde contabilizo quase 50 horas de jogatina, posso personalizar meu Mii com as roupas referentes ao amiibo, legal, mas não justifica a compra dos bonequinhos da Nintendo.
Já no Super Smash Bros, meu Amiibo é “sequestrado” pelo game, que passa a gravar e a ler informações no mesmo, transformando meu Mario em um adversário pra lá de chato, já que ele “aprende” meus movimentos e melhores golpes.
Meu último game compatível com a tecnologia Amiibo é o Hyrule Warriors, que por sua vez, aproveita a presença do bonequinho para te dar um bônus in game. Dessa vez eu ganhei uma espada mágica sei lá das quantas…
O Hyrule Warriors me foi bem recomendado, afinal, eu adoro um Hack and Slash para relaxar. O God of War justificou minha escolha pelo PlayStation 3 em 2009. E essa era minha esperança ao jogar Hyrule Warriors, um jogo onde pudesse seguir uma boa história, explorar o mundo de Link e Zelda e fatiar alguns adversários que estivessem no caminho.
A proposta foi cumprida.
Andei, fatiei, explorei e ao fim de intermináveis 15 minutos cheguei a uma conclusão: “Que jogo… chato!“. Sério, a fórmula não funcionou para mim. Vejo reviews elogiando o game, dando notas altas, mas se fossem me perguntar, diria que ele mereceria no máximo um 5.0 e olhe lá.
Como eu sou insistente com os games, vou deixa-lo como segunda opção, aquele game que vou jogar aos poucos, sempre que me cansar de pilhar e saquear e quem sabe até o fim do ano o termine. Quando o terminar, provavelmente não me desfarei dele. Torná-lo-ei item de coleção e ele vai ficar na minha estante inflando minha coleção de jogos. Mas eu duvido que consiga olhar para ele de novo e me desafiar tendo em mente completar qualquer coisa extra nesse game.
Vejam bem, não estou dizendo que o game é ruim para todo mundo. Só estou dizendo que para mim, ele não funciona. Estou dizendo que embora o game possa ter todos os elementos que me fazem amar God of War, Devil May Cry e Disney Infinity 2.0 Marvel Super Heroes, pra mim, Hyrule Warriors não tem valor de replay nenhum.
Eu conheço a história de God of War como poucos, zerei o game no PlayStation 2 pelo menos três vezes, depois adquiri a versão remasterizada para o PS3 e joguei outras tantas. Sei o final do game, nada mais me surpreende nele, mas o jogo tem um valor de replay absurdo para mim. Mesma coisa dos Uncharteds, Devil May Cry e tantos outros.
Mas o mais surpreendente é me ver jogando Super Mario 20 anos depois e sentindo que o desafio ainda perdura.
Gostaria de conversar com um psicólogo para tentar entender melhor o funcionamento das nossas mentes sobre o fator replay, porque eu simplesmente não vejo lógica alguma.