Depois de um 2016 que particularmente considero no máximo razoável, acho que não seria nenhum exagero dizer que este ano que está acabando foi um dos melhores da indústria. Com uma quantidade absurda de ótimos jogos tendo sido lançados para quase todas as plataformas, só as nossas carteiras é que não gostaram tanto de uma oferta tão boa e no fim das contas, também deve ter faltado tempo para muita gente aproveitar todos eles.
Escolher os melhores para as nossas categorias definitivamente não foi fácil, mas reuni algumas pessoas para darem seus votos e o resultado você confere abaixo. primeiro, saiba quem participou da votação:
Hellblade: Senua’s Sacrifice – Por ser um grande fã da Ninja Theory, há muito eu aguardava com expectativa o lançamento do Hellblade e quando ele aconteceu, felizmente a espera foi recompensada. Belos gráficos, um enredo muito bacana e uma das atmosferas mais intimidadoras que já vi em num jogo. Destaque também para os espetaculares efeitos sonoros.
Cuphead – No ano em que lançaram Cuphead, não há como escolher outro jogo como o melhor indie do ano. Muitos até consideram este como o melhor jogo de todas as categorias, e não seria exagero. O game foi todo feito à mão para representar aqueles desenhos clássicos dos anos 1930 e 1940, traz um gameplay insanamente desafiador e trouxe um novo frescor para os jogos de tiro em plataforma, gênero que estava muito esgotado nos últimos tempos, quando viu surgimento e domínio de diversos títulos “Metroidvania”.
Hellblade: Senua’s Sacrifice – O jogo desenvolvido independentemente pela Ninja Theory tem cara de ser AAA, mas como é considerado indie pela própria desenvolvedora, quem sou eu para questionar? Primoroso pelas questões e temáticas que explora, com um design e engenharia de som incríveis.
Cuphead – Se o Sonic Mania fosse indie seria minha 1ª escolha mas, apesar do meu currículo gamer não ser lá muito extenso, ficaria com o Cuphead em 2017.
Cuphead – O queridinho de toda a imprensa não poderia ficar fora dessa lista. Com gráficos cartunescos, que tentam emular as décadas de 30, sua dificuldade extrema (para os padrões atuais), aliados a uma direção de som extremamente cuidadosa tornam-se obrigatórios para quem gosta da plataforma da Microsoft.
Cuphead – Pode ser uma escolha meio óbvia, mas tenho que reconhecer tudo o que o Cuphead representa. O estilo visual baseado nos desenhos animados dos anos 30 e a dificuldade brutal são coisas que não vemos nos jogos dos grandes estúdios, que preferem e/ou precisam fazer apostas mais seguras. O próprio desenvolvimento do jogo, demorado (lembro de ter jogado um demo na BGS de 2015) e complicado; os desenvolvedores contam que precisaram re-hipotecar suas casas para financiar o desenvolvimento. Fico feliz que o produto final seja tão bom, ele merece todo o sucesso conquistado.
Cuphead – Ainda que tenha sido patrocinado pela Microsoft, em parte teve toda a história dos caras terem vendido carro, casa e não sei o que mais para financiar o restante do game. É uma aventura sem igual e como há muito não víamos nos consoles ou computadores. Respeita as raízes de plataforma e apresenta uma dificuldade que é interessante sem ser boba.
Cuphead – Ainda que ele conte com o apoio irrestrito da Microsoft, Cuphead é acima de tudo uma obra autoral da MDHR Studio, tocada pelos irmãos Moldenhauer. Uma sólida homenagem aos run ‘n gun do passado e às animações dos anos 1930, ele é cheio de personalidade e traz uma dificuldade elevada, porém justa. É o game que o fará amar jogar o controle na parede.
➧ Melhor Multiplayer
DoriPedroJessicaLagunaJonatasZiebertVinhaRonaldo
Ghost Recon Wildlands – Permitindo que toda a sua enorme campanha seja aproveitada na companhia de até três amigos, o jogo da Ubisoft conseguiu me proporcionar momentos tensos, difíceis e principalmente, muito engraçados. Bolar estratégias para cumprir as missões e invariavelmente falhar miseravelmente foi surpreendentemente muito legal.
PlayerUnknown’s Battlegrounds – Nenhum jogo multiplayer atraiu tantos jogadores quanto o PUBG, a maior febre do ano, o jogo que conseguiu tirar o Dota 2 do topo do Steam, isso tudo ainda no acesso antecipado. Eu não poderia escolher outro game para esta categoria. Creio que a “simplicidade” seja a palavra chave aqui. Em uma ilha enorme e abandonada, 100 jogadores caem de paraquedas de forma aleatória e precisam encontrar roupas, armas e suprimentos antes de enfrentar os inimigos. Campo aberto gigantesco, variedade de armas e veículos e a imprevisibilidade são alguns dos elementos que podem explicar este sucesso.
Destiny 2 – Trouxe melhorias desde o primeiro game, e deixou o que o antecessor já tinha de bom. Os pacotes de expansão continuam um gostoso recheio a parte, e num geral continua muito divertido, ainda que um tanto quanto repetitivo.
Ghost Recon Wildlands – A Ubisoft caprichou pacas na ambientação aqui. A campanha é ótima, mas só presta mesmo bem acompanhado. Especialmente na recente missão adicionada por DLC, aquela que nos faz sentir o Arnold para caçar o Predador.
Mario Kart 8 Deluxe – Continua mesmo em sua versão requentada a ser o rei nas jogatinas feitas na minha casa. Os amigos se reúnem e a zoação não para quando alguém recebe um bom casco vermelho na curva final.
PlayerUnknown’s Battlegrounds – “Infelizmente” também preciso fazer uma escolha bem óbvia. PUBG simplesmente explodiu no mercado esse ano e seu sucesso se deve justamente a como ele destila a essência do multiplayer: 100 jogadores caem de paraquedas na ilha, apenas um sobrevive. A premissa simples abre caminho para a criação das mais elaboradas estratégias ou, como acontece em vários casos, a decisão fica a cabo inteiramente da sorte.
Destiny 2 – Acho Destiny 2 muito injustiçado como multiplayer. Houve uma certa corrente de decepção dos fãs com o jogo, neste ano, mas ele se provou muito divertido nas horas em que joguei. Eu sei que PUBG tem dominado as premiações, mas não vi tanta aderência ao meu estilo de jogo lá. Para mim, Destiny 2 se encaixa melhor no que eu procuro e por isso foi meu favorito.
Call of Duty: WWII – A Sledgehammer Games e a Raven Software fizeram de novo. Embora o modo Campanha do novo Call of Duty seja muito interessante, é no multiplayer que o game vive como sempre foi e aqui ele está mais cru e simples do que nunca, embora justo e correto nas partidas. As mamatas de auto-cura e outras vantagens se foram e este é um dos mais precisos modos de multiplayer a retratar a realidade da 2ª Guerra Mundial. Claro, até você abrir o modo de nazistas zumbis…
➧ Melhores Gráficos
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Horizon: Zero Dawn – A Terra pós-apocalíptica retratada pela Guerrilla Games é um lugar belíssimo, mas o que mais chamou minha atenção no jogo foi o design dos robôs. Mais um incrível feito técnico por parte da desenvolvedora holandesa.
Assassin’s Creed Origins – Eu não vi nada mais bonito e grandioso em 2017 quanto Assassin’s Creed Origins. A Ubisoft vem se superando a cada jogo neste quesito, e parece ter chegado no ápice com este título. A cada nova localidade que você descobre no jogo, é um deslumbre visual. Quando você encontra Alexandria e as Pirâmides então? Não quer fazer mais nada da missão até explorar cada canto e capturar várias telas ao longo do processo.
Resident Evil VII – A engine gráfica criada pela Capcom para o novo game da franquia de survival horror me cativou de um jeito único; utilizando a fotografia ultrarrealista, eles conseguiram criar uma ambientação e imersão incríveis através da captura de cenários – ora reais, ora montados para o game.
Horizon: Zero Dawn –Não sei se é por causa do estilo, da ambientação ou se por rodar em um console com hardware superior, mas dá inveja de não ver Horizon: Zero Dawn rodando no máximo em um PC Master da vida. Deu vontade de pagar mais por um PS4 Pro só para curtir aquele imenso e lindo mundo gelado.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild –Breath of the Wild me conquistou. Comprei as versões de WiiU e em seguida do Switch e ambas mostram que não são os gráficos foto-realistas que me conquistam.
Star Wars Battlefront II – Fiquei tentado a dar esse prêmio também para o Cuphead, por todo o cuidado empregado para recriar o estilo dos cartoons antigos, mas meu lado tech venceu e tenho que reconhecer que apesar de todos os problemas envolvendo loot boxes e afins; a forma como o Frostbite cria imagens foto-realistas impressiona. Fogo, reflexos, a iluminação dos blasters e sabres de luz… são de cair o queixo. Ver um jogo multiplataforma fazer tudo isso e ainda rodar a 60fps mesmo nos consoles. Nesse aspecto tenho que tirar o chapéu pra DICE. Dignos de no mínimo uma menção honrosa, esse título também poderia ter ido facilmente para o Wolfenstein II: The New Colossus ou o Horizon Zero Down.
Assassin’s Creed Origins – Eu joguei bastante a edição Xbox One X do Assassin’s Creed Origins e, olha, o negócio está de outro mundo. Eu sei que é uma versão multiplataforma de um game que também está em outros aparelhos mas, em um cenário geral, ele merece, e muito, os elogios. As edições do PS4 ou do Xbox One base também não ficam muito atrás. Ainda que tenhamos ótimos sucessos artísticos como Zelda ou Persona, Origins está em um patamar incrível para um jogo de mundo aberto.
Horizon: Zero Dawn – O mundo de Aloy é vasto e vivo, com uma quantidade de detalhes que impressiona no Full HD e é um desbunde em 4K. A Guerilla Games utilizou toda a sua expertise para entregar em Horizon uma aventura sólida, mas principalmente um game de encher os olhos. Das locações às máquinas, passando pela vegetação ou mesmos detalhes mínimos nas armas e roupas, tudo foi feito com o máximo de cuidado enche os olhos desde os primeiros minutos.
➧ Melhor Trilha Sonora
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Hollow Knight – Um Metroidvania de altíssima qualidade, com uma jogabilidade sólida, belos gráficos e uma trilha sonora memorável. A maneira como as músicas ajudam a criar o clima é algo sensacional, especialmente nas lutas contra os chefes.
Destiny 2 – A trilha sonora de Destiny 2 não é tão épica como do primeiro jogo, mas ainda assim é sensacional. A proposta nesta sequência, não é pontuar os momentos heroicos e imponentes, mas sim auxiliar na ambientação do jogador de acordo com cada local na história do game. Essa é uma daquelas trilhas que escolhemos para ouvir mesmo quando não estamos jogando. No meu caso, uso para me concentrar no trabalho, por exemplo.
NieR: Automata – Músicas contagiantes e inesquecíveis, que casam perfeitamente com o game: praticamente narram a história, descrevem os personagens e cativam pelos momentos em que tocam.
Wonder Boy: The Dragon’s Trap –Talvez seja a nostalgia falando, mas o trabalho que a Lizardcube fez no remake tem seu ápice na trilha sonora, inesquecível ao respeitar o trabalho de Shinichi Sakamoto e basicamente melhorá-lo. Ah, aquela música da torre…
Mario Odyssey – Que jogo gostoso, todas as fases foram feitas por quem é apaixonado pelo bigodudo. Principalmente em Donkey Kong City, o jogo te leva pela mão à década de 1990 e te mostra como era gostoso ser criança.
NieR: Automata – Já tinha ouvido falar sobre a música desse jogo e na pesquisa para escolher os melhores do ano resolvi experimentar. A trilha sonora não é “épica” como na maioria dos jogos atuais, o que já me cansou um pouco; eu estava em busca de algo diferente e achei aqui. A música, como o próprio jogo, vai crescendo em você, conforme você avança. O clima lembrou bastante o anime Akira para dar uma ideia da ambientação. E um toque interessante é o filtro aplicado à música quando você toma dano, que a deixa mais “simples”. Privar o jogador de parte da bela melodia acaba se tornando em um incentivo à parte para melhorar suas habilidades.
Persona 5 – Nessa categoria não tem para ninguém. Toda a trilha sonora de Persona 5 é incrível, principalmente pelas músicas cantadas, que guiam momentos de mais emoção no game ou nas batalhas. Para se ter uma ideia de como o trabalho é bem feito: a música cantada na batalha comum é sempre a mesma, mas nunca fica repetitivo — ao menos enquanto eu jogo. O game é “estiloso” em muitos aspectos e o som é um dos mais importantes.
Cuphead e Hellblade: Senua’s Sacrifice –Cuphead leva no que tange à trilha em si, com jazz de primeiríssima qualidade ao ponto de reproduzir os danos e chiados que estariam presentes em velhos rolos de cinema, mas quando o assunto é som Hellblade é imbatível.
A utilização do áudio binaural para dar forma à psicose da protagonista foi uma jogada de mestre, a jornada de Senua rumo ao inferno enquanto ela mergulha cada vez mais na loucura, empurrada pelas inúmeras vozes que residem em sua mente angustiam o jogador tanto quanto a personagem. No fim saímos tão ou mais perturbados da experiência do que ela.
➧ Melhor Enredo
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What Remains of Edith Finch – Acompanhar os passos da jovem Edith é estar envolto num grande mistério e ter que nos prepararmos para enxugar os olhos com certa frequência. Mais do que uma história sobre a morte, esta é uma lição sobre a vida e no final, só pude ficar grato por a Giant Sparrow ter me dado a oportunidade de conhecer a saga da família Finch.
Horizon Zero Dawn –Horizon Zero Dawn trouxe um futuro distópico onde as máquinas “venceram a batalha contra os humanos”, mas não do modo como vemos em Matrix ou Exterminador do Futuro. Aqui, os robôs assumem uma forma mais primitiva, mas ainda assim dominam o território ocupado por poucos humanos, que passaram a sobreviver com pouquíssimos recursos, assim como nossos ancestrais das cavernas. O grande momento da narrativa do jogo, é quando você encontra elementos e localidades que identificam a civilização humana destruída e resquícios das cidades que antes existiam.
Persona 5 – Parece só uma história de polícia e ladrão, mas me deixa extremamente feliz como as raízes que algemam a sociedade são abordadas neste jogo. Aqui muito do que é pertinente à ética, à moral e à sociedade, é explorado em algum ponto do game: o abuso de poder, a exploração, a censura… tudo isso com uma ponta de psicologia e cognição.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild –Mundos abertos precisam de muito conteúdo e, às vezes, estes parecem forçar a barra. Não é o caso do novo Zelda: não só tudo tem uma justificativa para ser e existir, como algumas das questões levantadas em basicamente todos os jogos anteriores da franquia são respondidas aqui.
South Park: A Fenda que Abunda a Força – Jogo divertido que trás de volta a insanidade do primeiro game e continua zoando com a sua cara 🙂 Sou fã da turminha e o enredo respeita o que eu conheço como South Park.
Mass Effect Andromeda – Eu queria colocar Mass Effect Andromeda nessa lista de algum jeito, aqui me parece um bom lugar. A história geral não é absurdamente original, mas assim como nos jogos anteriores, há momentos realmente brilhantes escondidos nas side-quests. O jogo te faz viajar meia galáxia para entregar o presente de um Krogan apaixonado para uma Angara que depois de ser roubada e deixada para morrer por saqueadores vindos da Via Láctea passou a odiar todos os novos visitantes, renovando sua esperança na “humanidade”. Ou então faz você se virar como detetive “à moda antiga” para investigar os planos de um grupo que planeja acabar com todas as inteligências artificiais, e então usar uma IA para curar o filho da líder do movimento. Enfim, esses são apenas alguns exemplos presentes nesse jogo, que apesar dos seus problemas, conta com o talento da Bioware no que realmente importa.
Persona 5 – Outro destaque para o RPG da Atlus está em sua história. Primeiro que é algo fora do comum: um grupo de ladrões que “roubam corações” e tentam reverter a maldade contida em humanos na sociedade. Tudo isso mesclado aos dramas adolescentes dos personagens japoneses e misturado de forma quase que natural ao dia-a-dia bem comum daqueles heróis.
NieR: Automata – Yoko Taro é um louco. E um pervertido assumido. E um gênio. Quando se trata de contar histórias malucas que ainda assim façam algum sentido o japonês é insuperável, e em NieR: Automata o produtor foi aos limites da insanidade para entregar o novo capítulo da série. A jornada de 2B, 9S e cia. Por um mundo em ruínas ocupado por máquinas com consciências quase humanas é emocionante e cheia de reviravoltas, e fará você questionar sua própria natureza e quem é o verdadeiro “humano” no game. Basta você parar de olhar para a bunda da 2B o tempo todo e prestar atenção no game.
➧ Melhor Relançamento
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Okami – Tudo bem, a versão deste ano para a obra de arte da Clover Studio pode não ser muito diferente daquele que havia aparecido no PlayStation 3 em 2012, mas gosto tanto desse jogo que o simples fato de poder jogá-lo novamente já seria o suficiente para me conquistar.
StarCraft: Remastered – Para comemorar os 20 anos de Starcraft, a Blizzard lançou uma competente versão remasterizada, que trouxe todas as melhorias que se espera de um relançamento desse. Eles não mexeram no design, mas tornaram o visual muito mais agradável para as telas atuais, que possuem resoluções muito maiores. Além disso, ganhou matchmaking, chat, melhorias no áudio e interlúdios que amarram melhor a história do jogo. Tudo isso sem mexer no premiado e nostálgico gameplay.
Yakuza Kiwami – O que já era bom no PS3 3, ficou ainda melhor no PS4. O remake do primeiro Yakuza traz tudo que o original já possuía, mas melhorado, com algumas alterações aqui e acolá que deixa a experiência ainda melhor.
Wonder Boy: The Dragon’s Trap – Podia ter sido o melhor jogo do ano se colocassem a skin da Turma da Mônica, mas infelizmente o custo do licenciamento teria sido alto demais.
Mario Kart 8 Deluxe – A versão do Wii U já era um dos meus jogos favoritos, então atualizar para a geração atual da Nintendo foi um passo lógico e já esperado. Todos os add-ons da versão anterior já vieram como parte do game e melhoraram muito o modo de batalhas, principal fraqueza da versão do Wii U. As arenas do modo batalha foram muito bem pensadas.
Mario Kart 8 Deluxe – Pensei em dar o título para a trilogia Crash Bandicoot ou Metroid Samus Returns, mas eles são fantásticos remakes feitos do zero; não acho justo taxa-los como simples relançamentos. Então meu escolhido é o Mario Kart 8 Deluxe, para o Nintendo Switch. Literalmente um relançamento do jogo do Wii U, com alguns ajustes gráficos e os DLCs. É a fórmula Mario Kart de sempre, que foi sendo polida ao longo dos anos, com vantagens da portabilidade do Switch e possibilidade de multiplayer local instantâneo dividindo os Joy Cons; diversão garantida!
Crash Bandicoot N. Sane Trilogy – Um dos remakes mais emblemáticos do ano. Apesar de não ter o mesmo nível de importância de um Mario ou Sonic, Crash é a mascote mais clássica da Sony e seu PlayStation. O retorno dos jogos originais, com gráficos novos, conseguiu fisgar público de diversos tipos, e não apenas os jogadores mais atuais — além de ter uma boa qualidade, e por isso é o retorno mais importante do ano, na minha opinião.
Crash Bandicoot N. Sane Trilogy – Não tem discussão, a revisão dos três games do outrora mascote da Naughty Dog e do PlayStation é um primor técnico, tendo recriado com perfeição o clima dos games dos anos 1990 com todo poder gráfico dos títulos de hoje. Crash Bandicoot N. Sane Trilogy ainda é um pack de games antigos até a medula e não há nada de errado com isso, mas agora podemos joga-los com a qualidade que eles merecem.
➧ Surpresa do Ano
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Ys VIII: Lacrimosa of Dana – Mesmo adorando a série Ys, confesso que não tinha muita expectativa em relação ao capítulo que seria lançado este ano, imaginando que ele seria apenas mais do mesmo. Talvez seja por isso que gostei tanto do que a Nihon Falcom nos entregou e a verdade é que o Ys VIII acabou estabelecendo um novo padrão de qualidade para a franquia.
Fortnite – Que jogo poderia rivalizar com o grande sucesso de PlayerUnknown’s Battlegrounds? Muitos diziam que nenhum, pelo menos por alguns meses. Até que em julho deste ano surgiu Fortnite, um game multiplayer gratuito, com visual cartunesco, que nasceu com a proposta de ser um multiplayer entre times que inclui sobrevivência e gerenciamento de recursos, mas que logo ganhou um modo “Battle Royale”, o estilo da moda, e explodiu de audiência. Hoje ele está presente no PS4, Xbox One e PC.
Sonic Mania – Muito aguardado e esperado que elevasse Sonic novamente ao pódio dos mascotes dos games e felizmente cumpriu tudo com muita nostalgia e reinvenção de tudo que já conhecíamos, mas para melhor.
Metroid: Samus Returns –Como um novo Metroid aparecer num console Nintendo tem sido algo raro, este remake de Metroid: Return of Samus (GameBoy), desenvolvido pela MercurySteam, foi uma grata surpresa e deu uma bela sobrevida ao console portátil da japonesa. Um espetáculo na telinha.
Mario + Rabbids Kingdom Battle – Quem diria que a Ubisoft faria um jogo do Mario melhor do que os últimos feitos pela Nintendo? Adorei esse jogo e ele quase não saiu do meu Switch
Sonic Mania – Não sei se qualifica bem como surpresa porque eu já estava esperando faz um tempo, mas que boa surpresa. Enquanto o Sonic Team fica tentando (e falhando) atualizar o Sonic para 3D e outros estilos de jogo, Sonic Mania é uma carta de amor aos Sonic 1, 2, 3 (&Knuckles). Os gráficos, a música, a jogabilidade, o level design…; tudo funciona em perfeita harmonia, respeitando as “regras” dos jogos clássicos e trazendo fases completamente novas.
Cuphead – Pelos motivos já listados em outra categoria, Cuphead foi uma surpresa mais do que bem vinda e uma adição incrível ao hall dos grandes videogames de 2017. Esse jogo representa muito além de gráficos e história. Ele prova que a diversão mora nos lugares mais inesperados.
PlayerUnknown’s Battlegrounds – O experimento de PlayerUnknown virou o cenário gamer de pernas para o ar; um jogo inacabado e absolutamente cru se tornou a sensação do Steam, o jogo com o maior número de jogadores simultâneos e foi o estopim de uma verdadeira corrida armamentista, com uma série de desenvolvedoras lançando games e patches para abocanhar uma fatia do bolo do Battle Royale. PUBG pode não ser o mais belo dos games do gênero, mas foi ele o elemento que trouxe uma lufada de ar fresco na indústria.
➧ Decepção do Ano
DoriPedroJessicaLagunaJonatasZiebertVinhaRonaldo
Loot Boxes/Microtransações – Apesar de as monetizações estarem presente na indústria há bastante tempo, foi em 2017 que estourou o escândalo das Loot Boxes. A culpa acabou caindo principalmente sobre as costas da EA — que realmente passou dos limites com o Star Wars Battlefront II e o Need for Speed Payback — mas a empresa norte-americana está longe de ter sido a única a abusar da prática.
Mass Effect Andromeda – Sem dúvida, este foi um dos jogos mais decepcionante do ano, que envergonhou a trilogia original (essa sim fantástica). Muito se esperou de Mass Effect Andromeda, em função da excelente aceitação do público e crítica dos jogos anteriores. Mas o que recebemos no dia do lançamento, foi um jogo mal acabado, com erros primitivos na parte gráfica, com diálogos rasos e uma história banal. Além disso, o gameplay não trouxe nada que fosse atraente. Infelizmente, parece que a série morreu aí.
Crash Bandicoot: N’Sane Trilogy – Muito aguardado também, e bonito na teoria, mas desengonçado na prática. A conclusão após algum tempo de frustrações foi a de que deveriam ter deixado como estava.
Gravity Rush 2 – O primeiro Gravity Rush foi um dos motivos para a compra do PlayStation Vita, mas sua continuação, além de pouco inspirada, não me faria por si só comprar um PS4. Veja bem, GR2 é um ótimo jogo mas aquém do original em minha opinião.
Diablo 3: Rise of Necromancer – Tudo bem, mais um DLC para um jogo antigo… Mas como eu não tinha jogado ate agora, aproveitei o add-on para dar uma chance a esse jogo CHATO, ENFADONHO e REPETITIVO… Gezuiz, Mary and Joseph… que punhetação… DO anda(); bate(); upa(); WHILE (!EhFimDoJogo)… Fiquei nisso por mais de 10 hora ao longo de quase um mês inteiro tentando justificar o preço do jogo… e até agora estou pê da vida com o jogo e o DLC.
Need for Speed Payback – 2017 foi um ano excelente para fans de jogos de corrida, várias grandes franquias receberam novas entregas: Forza, Gran Turismo, Project Cars, Dirt. Mas o meu mais esperado era o Need for Speed. Preparação, disputas com a polícia, até a historinha a la Velozes e Furiosos parecia legal. O resultado final não chega a ser ruim, mas tampouco é bom, é simplesmente chato… Eu esperava um novo NFS Underground ou Most Wanted, não foi dessa vez.
Mass Effect Andromeda – Como destruir uma série em poucos passos. Mass Effect Andromeda era aguardado com muita expectativa pelos fãs, eu incluso, mas não saiu muito disso. O game veio com inúmeros problemas, desde gráficos, passando por bugs de jogabilidade e até polêmicas de bastidores em seu desenvolvimento. Foi um duro golpe no coração dos fãs e, parece, na série como um todo.
For Honor e Star Wars Battlefront II – A Ubisoft acreditou piamente que seu game de batalhas medievais tinha potencial para ser um novo e-Sport, mas a alta complexidade de For Honor afugentou os jogadores em tempo recorde, ao ponto que em menos de dois meses a maioria sumiu, desapareceu, escafedeu-se.
Já SW:BFII foi vítima da ganância da Electronic Arts, que meteu os pés pelas mãos e apelou para uma série de estratégias prejudiciais para monetizar o game ao máximo, ao ponto que o CEO da Disney Bob Iger foi forçado a puxar-lhes a orelha com medo de que o backlash prejudicasse o lançamento de Star Wars: Os Últimos Jedi no cinema. O papelão de 2017.
➧ Melhor Jogo de 2017
DoriPedroJessicaLagunaJonatasZiebertVinhaRonaldo
The Legend of Zelda: Breath of the Wild – Na minha opinião, todo elogio que possa ser feito ao Breath of the Wild é pouco e se para alguns este pode ser apontado “apenas” como o melhor jogo deste ano, eu o colocaria facilmente como um dos melhores de todos os tempos. Obrigado, mas muito obrigado mesmo, Nintendo!
Super Mario Odyssey – Todo lançamento de um novo Mario é aguardado com muita expectativa e ansiedade pelos fãs da Nintendo, e com Super Mario Odyssey não seria diferente. Assim que ele foi anunciado, a grande esperança é que ele pudesse ter o carisma de um Super Mario Galaxy, um dos games mais bem feitos e criativos da história. Porém, o novo título elevou o nível para um novo patamar, trouxe novas mecânicas (como o uso do chapéu), a mesma estrutura de exploração de mundos diferentes e ainda conseguiu trabalhar com a nostalgia do jogador mais fiel. Além de tudo isso, o jogo é absurdamente lindo e tem um magnetismo inexplicável.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild – Veio e deixou um rastro de lições: expandiu os conceitos do mundo aberto na teoria e na prática, incitou a sobrevivência e a exploração daquela maneira familiar – engenhosa e jeitosa – que só Zeldinha tem, e contemplou o vazio e mostrou que a jornada é o que vale, não o destino final. Jogo do ano sem nem titubear.
Super Mario Odyssey –Talvez o Zelda seja o melhor jogo da década, mas em se tratando de 2017 tenho que destacar um jogo do Super Mario que conseguiu ser melhor que o Super Mario Galaxy 2, algo muito digno de nota. Super Mario Odyssey pode não ter sido o motivo para eu comprar o Nintendo Switch (aqui dou crédito ao Fire Emblem Warriors) mas pode ter certeza que o novo console vale ser adquirido para aproveitar SMO.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild – 200 horas de jogo acumuladas e ainda continuo me surpreendendo com essa obra prima.
Super Mario Odyssey – Sabe aqueles jogos que te lembram porquê você gosta de vídeo game? Pois é, Mario Odyssey é um deles. Mesmo depois de tantos anos, tantos jogos, a Nintendo ainda é expert em cativar com seu charme. O jogo é um belo pacote completo com trilha sonora que dá o tom certo pra cada fase, gráficos que às vezes fazem a gente esquecer que o Switch é um portátil; controles precisos, acessíveis e com profundidade para manobras elaboradas, e uma nova aula de level design para inspirar toda uma geração de jogadores.
The Legend of Zelda: Breath of The Wild – Eu fico bem dividido entre Persona 5 e Zelda, mas o jogo da Nintendo é 100% inédito para 2017 — Persona 5 saiu em 2016 no Japão, seria injusto coroá-lo como Jogo do Ano. Mas não só por isso: Zelda fez por merecer. Revolucionou a série e adicionou muitos elementos inesperados, a começar por um mundo realmente aberto, realmente massivo e com uma liberdade tão grande que você pode tentar enfrentar o chefão final nos primeiros minutos da aventura. Só para você ter uma noção melhor: o game saiu em março, mas até hoje vemos pessoas descobrindo coisas novas nele. Realmente, a Nintendo se superou aqui.
Horizon: Zero Dawn e NieR: Automata – Não dá para escolher um só aqui. Tanto Horizon quanto NieR foram geniais em suas propostas, ambos trazendo mundos futuros distópicos e jogabilidades sólidas e inventivas, desafios justos e histórias memoráveis. Aloy e 2B entram para o rol das melhores personagens femininas dos games e seus games oferecem horas e horas de diversão na medida certa, nem fácil nem difícil demais, com belíssimos gráficos e músicas de qualidade. São os dois games que mais se destacaram pelo conjunto da obra em 2017 e sinceramente, não consigo escolher um ou outro.
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Agora é com vocês. Vote na enquete abaixo e/ou utilize os comentários para dizer qual ou quais foram os seus jogos favoritos em 2017.
Qual foi o melhor jogo de 2017?
The Legend of Zelda: Breath of the Wild (45%, 41 Votos)
Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.
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