E quando parecia que 2017 tinha tudo para ficar marcado como o melhor ano da atual geração, 2018 chegou repleto de jogos espetaculares e que deverão ficar na nossa memória por muito tempo. O grande problema depois de tantos lançamentos de peso é o risco de ficarmos mal acostumados, mas por enquanto o melhor a fazer é aproveitar a ótima safra por qual tem passado a indústria de games.

Mas com o fim do ano, chegou a hora de deixarmos a jogatina um pouco de lado e apontarmos os títulos que mais gostamos. Para isso chamei algumas pessoas que admiro para me ajudarem nesta árdua tarefa e desde já quero agradecê-los por terem aceitado o convite. Os escolhidos foram:

➧ Melhor Jogo Indie

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Dead Cells – Apesar de não ser uma grande surpresa, afinal o jogo estava disponível como em Acesso Antecipado há algum tempo, Dead Cells é um título tão espetacular e desafiador que não consigo deixar de me encantar com ele. É um daqueles games que eu provavelmente continuarei jogando por muitos anos.

Celeste A história que mostra o caminho da protagonista em busca de autoconhecimento, escalando uma montanha cheia de metáforas e obstáculos desafiantes, encantou uma grande parte da comunidade gamer. Em 2018, não poderia escolher outro jogo indie.

The Red Strings Club Me surpreendeu positivamente em todos os aspectos: trilha, gráficos, enredo, mecânicas… Além disso as temáticas e a atmosfera certamente vão fisgar os fãs de obras como Blade Runner e Altered Carbon.

GRIS Jogo lindo, muito artístico, não sei explicar mas gostei.

Celeste Jogos do tipo “Super Meat Boy” sempre me estressaram tanto quanto me divertiram. Celeste é uma bela, difícil, mas agradável aventura que vai testar seus reflexos o tempo todo. Exclusivo para Nintendo Switch, o jogo surpreendeu a todos e até concorreu ao GOTY no The Game Awards 2018 ao lado de gigantes, como Red Dead Redemption 2 e God of War.

Death’s Gambit Fugindo um pouco de indies famosos como Celeste ou Obra Dinn, um jogo que eu gostei bastante foi o Death’s Gambit, que conseguiu trazer com sucesso a fórmula Dark Souls para 2D. Os controles respondem bem e as habilidades (desbloqueadas no esquema Metroidvania) são satisfatórias.

CelesteEu adorei Dandara, adorei Into the Breach, mas Celeste me cativou como tantas outras pessoas neste ano. A premiação do The Game Awards foi muito justa. É um jogo sem igual, que vai muito além de ser apenas um videogame e tem lições legais sobre autoconhecimento.

Celeste Apesar de todo o hype criado em torno do game, Celeste é de fato um game espetacular. A MiniBoss Studios pegou tudo o que aprendeu com TowerFall e entregou um título de mecânicas sólidas e desafiador, mas com uma ótima trilha sonora, personagens cativantes e enredo inteligente.

➧ Melhor Multiplayer

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Far Cry 5 Contando com um robusto editor de mapas e permitindo que boa parte da sua campanha seja aproveitada cooperativamente, Far Cry 5 é o típico jogo de mundo aberto muito divertido quando jogado sozinho, mas ainda melhor quando estamos bem acompanhados.

Fortnite O que PUBG fez em 2017, o Fortnite fez em 2018 e a comunidade do jogo cresceu assustadoramente em torno do modo battle royale. O título passou o ano na mídia por causa de suas conquistas, mas também pelos processos de famosos por conta de suas dancinhas, grande atração do game. Gameplay ágil, inúmeras skins, variadas atualizações e mudanças de cenário são os principais motivos para o sucesso.

Monster Hunter: World A Capcom conseguiu, finalmente, mostrar ao ocidente porque a franquia Monster Hunter é tão querida no Japão, trazendo um elemento importante das mais recentes gerações de videogame de volta: a cooperação online. É uma delícia entrar em party com amigos para jogar o World.

Super Smash Bros. Ultimate Não joguei Super Mario Party, então minha referência de multiplayer em 2018 foi… Super Smash Bros. Ultimate mesmo. É uma bagunça muito louca, um caos altamente divertido quando em multiplayer offline. Online é divertido, mas nada como ouvir o povo xingando muito.

Monster Hunter: World Este foi o primeiro título da franquia que joguei… E me apaixonei. MHW pode até ser a versão “menos punitiva” da série da Capcom, até agora, mas o grinding necessários para forjar armas e armaduras melhores é insano. É sofrimento o tempo todo e, mesmo assim, não me canso de jogar (especialmente com meus amigos, para rirmos da nossa própria desgraça).

Pokemon Let’s Go Pikachu Não sei até que ponto estou roubando nessa escolha, mas uma das melhores experiências multiplayer que tive foi jogar o Pokemon Let’s Go Pikachu inteiro junto com a minha esposa. Ao contrário de Mario Odyssey, que fica mais difícil com um segundo jogador controlando o chapéu; ter um segundo treinador deixa Pokemon Let’s Go muito mais fácil e foi fantástico reviver toda a jornada pela região de Kanto, dessa vez acompanhado.

Super Smash Bros. Ultimate Não tem pra ninguém, não. Mesmo que o online não funcione tão bem com gente fora do Brasil, o que importa aqui é o multiplayer de sofá. Jogar Smash Bros. com amigos e amigas vai sempre ser divertido, como já era na época do Nintendo 64, quando tínhamos uma meia dúzia de personagens – figurativamente falando. Imagina agora, com quase 100!

Fortnite – Não tem o que discutir. Para reunir jogadores em consoles de mesa, computadores e celulares, sem causar problemas a ninguém, é preciso uma plataforma robusta e uma mecânica atraente, e Fortnite tem ambos. Além disso, a porção Battle Royale é gratuita e acessível a muita gente, alguns dos motivos que explicam como o game quase descartado pela Epic Games se tornou um fenômeno.

➧ Melhores Gráficos

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Red Dead Redemption 2 Spider-Man, God of War, Assassin’s Creed Odyssey… 2018 foi um ano espetacular para quem gosta de jogos bonitos, mas acho que nenhum conseguiu atingir a excelência como o faroeste da Rockstar. Dos cenários às animações faciais, tudo nele parece ter sido pensado e executado beirando a perfeição, uma verdadeira aula de como fazer um jogo lindo!

Red Dead Redemption 2 – Não dá para falar de “melhores gráficos” em 2018 sem colocar RDR2 no topo da lista. O que a Rockstar fez ao compor o cenário, em harmonia com a IA dos personagens secundários, movimentos dos animais e realismo nos detalhes, é uma coisa de outro mundo.

Assassin’s Creed: Odyssey Desde o primeiro momento que bati os olhos no Odyssey eu sabia que ele seria um dos mais legais da série, e também um dos mais bonitos. Os gráficos dele no mundão que a Ubisoft construiu para os jogadores explorarem são lindos.

Shadow of the Colossus Enquanto The Last Guardian é o maior motivo para alguém comprar o PS4 Pro, Shadow of the Colossus é o grande motivo para alguém permanecer com tal console. O jogo já é lindo no PS4 normal/slim, mas aqui ele brilha, brilha muito.

Red Dead Redemption 2Pode até não ser o preferido de todos, mas é inegável a beleza visual dessa obra de arte da Rockstar. Este é, visualmente, o jogo mais bonito da atual geração de consoles. Mesmo em um PS4 ou Xbox One padrão, sem o 4K, o jogo não deixa de criar momentos de contemplação – especialmente no “modo cinema”.

Battlefield V Sou suspeito pra falar, não só por trabalhar na NVIDIA, mas sempre tive uma queda pelos gráficos do Frostbite, tanto que meu eleito dessa categoria no ano passado foi Battlefront II. Mas além do gráfico natural do jogo ser lindo e colorido (um jogo de guerra que não é só marrom e cinza!), ver o Ray Tracing em tempo real funcionando pela primeira vez é um sonho realizado!

Marvel’s Spider-ManEu sei que muita gente vai preferir RDR 2 ou God of War, e com razão, mas o que a Insomniac fez em Spider-Man, com um hardware já em seu fim de geração, foi incrível. O jogo tem uma direção de arte fantástica e o modo fotografia, pra mim, comprovou que foi o game mais bonito deste ano.

God of War A Midgard desbravada por Kratos e Atreus é enorme, cheia de mistérios e povoada pelas criaturas mais improváveis, e a atenção aos detalhes da Santa Monica Studio foi fundamental para o visual do game, responsável por pelo menos metade do encanto de God of War. Das folhas das árvores aos detalhes no corpo de Jörmungandr, passando pelos diversos cenários e efeitos visuais, tudo no game é de encher os olhos.

➧ Melhor Trilha Sonora

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Ni no Kuni II: O Revenant Kingdom Composta por Joe Hisaishi, a trilha de Ni no Kuni II consegue muito mais do que apenas nos fazer lembrar dos antigos JRPGs. Casando perfeitamente com o visual de desenho animado do jogo, ela ainda passa aquele ar de jornada épica, tornando a saga de Evan muito mais fantástica.

Red Dead Redemption 2 O Red Dead Redemption II é aquela típica obra que não possui uma música tema marcante, aquela que gruda na cabeça, entretanto, é incrível o trabalho da trilha sonora global, em como ela complementa com perfeição cada momento do jogo, seja de ação ou contemplação.

GRIS GRIS foi um forte candidato a Melhores Gráficos para mim porque o game é uma obra de arte. A animação, as paletas de cores, a referência com a vida real. Tudo é belíssimo nesse jogo e isso inclui a trilha sonora, que é sensível e dinâmica na medida certa, dialogando com a narrativa e com o jogador

Taiko no Tatsujin: Drum ‘n’ Fun! A Bandai Namco acertou muito ao trazer finalmente um Taiko no Tatsujin para o ocidente… Ao menos para mim a trilha sonora licenciada está excelente, cheia dos J-Pop e até algumas de outros games.

Red Dead Redemption 2A trilha sonora do primeiro Red Dead Redemption é ótima também (você pode ouvi-la no Spotify, por exemplo). Não há muito o que se falar aqui. Apenas aumente o som, enquanto estiver jogando, e aprecie. Ou escute em algum player de música mesmo.

Monster Hunter: World Essa foi a categoria mais difícil pra mim, pois joguei muito poucos jogos esse ano. Quase coloquei Pokemon Let’s Go Pikachu aqui, que traz excelentes recriações dos temas clássicos, mas ele já recebeu um prêmio. Então acabei optando pelo Monster Hunter: World; pois acho que mesmo não sendo tão memorável, sua trilha sonora faz um ótimo trabalho em manter o jogador imerso no mundo do jogo.

BlazBlue: Cross Tag BattleSim, BlazBlue: Cross Tag Battle. Um jogo de luta de “segundo escalão”, que passou em branco pelo mainstream e só é cultuado, talvez, por fãs mais hardcore do gênero. Mas é um game com trilha sonora incrível, que mescla a trilha de vários outros jogos participantes no crossover, incluindo as excelentes músicas da animação RBWY, todas em novos arranjos. Trabalho de qualidade.

Red Dead Redemption 2 – A Rockstar mandou muito bem não apenas nas músicas incidentais, ou na trilha sonora, mas no som de Red Dead Redemption 2 como um todo. Os diálogos, os efeitos sonoros, o som de um tiro ou de passos, da chuva ou de uma locomotiva ao longe. Todos esses sons compõem a ambientação perfeitamente, e você realmente tem a impressão de estar vivendo entre aqueles pitorescos personagens.

➧ Melhor Enredo

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God of War Muito bem escrito e contando com uma bela reviravolta na parte final, o enredo deste God of War mostrou uma grande evolução em relação aos capítulos anteriores. Porém, é a maneira como ele trata a relação entre pai e filho e um Kratos mais humanizado o que realmente me conquistou.

God of War O enredo que mostra Kratos e seu filho em uma viagem de aceitação, em busca do conhecimento mútuo, é sem dúvida um dos pontos altos do PlayStation 4. Um daqueles jogos que emocionam e marcam uma geração dos videogames.

God of War Gosto como a jornada de Kratos neste novo game é uma completa metalinguagem, mostrando que não apenas ele amadureceu, mas os jogos também — ainda que ele seja perseguido pelo passado, tal qual os games da franquia, assombrados pela glória de outra geração. O resultado disso é uma história épica e emocionante nessa nova aventura.

Final Fantasy XV: Pocket Edition Uma história feita para um mundo aberto, contada num game mais simples. Não joguei ainda o Final Fantasy XV normal, mas acho que nem preciso: aparentemente todo o enredo foi compreendido aqui.

Detroit: Become Human A Quantic Dream respira narrativa. Detroit é uma história incrível e atemporal sobre como nós, humanos, tratamos o diferente: com empatia ou total desdém. As escolhas feitas durante o jogo, impactam diretamente os rumos da história e, por vezes, você irá questionar a si próprio como reagiria se estivesse, de verdade, naquele contexto.

Shadow of the Tomb Raider Entre os poucos jogos que joguei esse ano, escolho Shadow of The Tomb Raider por trazer Lara ao ponto onde a conhecemos, uma caçadora implacável, bem diferente da menina medrosa do reboot de 2013. Como pano de fundo temos o apocalipse maia e todos os quebra cabeças que se esperam da série. É como um bom filme da “sessão da tarde”.

God of War Gostei bastante do rumo que tomaram com o novo God of War e também curti o fato de a Sony não ter sido “covarde”, se é que me entendem, sem entregar nenhum spoiler da trama. Me marcou, este ano.

God of War – A Santa Monica Studio quebrou o ciclo. Ao permitir que Kratos evoluísse de um avatar cheio de raiva para um pai zeloso e amargurado, God of War se torna um jogo menos sobre a mecânica, como todos os anteriores, e mais sobre a jornada. O desenvolvimento da relação entre Kratos e Atreus passa por diversos altos e baixos, mas ambos aprendem muito para cumprir seu objetivo. É uma odisseia intimista, que levou a franquia para um rumo totalmente novo, e que permite contar inúmeras novas histórias.

➧ Melhor Remake/Remasterização

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Shadow of the Colossus Eu sempre fui um enorme fã do Shadow of Colossus e quando a Sony anunciou que o jogo seria novamente remasterizado, confesso que torci o nariz. O que eu não sabia no entanto era como aquele mundo fantástico criado por Fumito Ueda ainda poderia me encantar e hoje agradeço por ter jogado essa obra de arte novamente.

Shenmue I & II A boa notícia é que a Sega relançou os dois primeiros jogos da série idênticos aos originais, somente dando uma pincelada nos gráficos — que já eram bonitos. A má notícia é que os dois jogos continuam com os mesmos problemas e a jogabilidade envelheceu terrivelmente. Todavia, ainda é um excelente simulador de vida que todos os gamers deveriam experimentar para entender porque Shenmue é tão importante na história dos videogames.

Spyro Reignited Trilogy Seguindo os passos do Crash, Spyro retornou aos holofotes dos games com essa bela coletânea dos três primeiros jogos, todos refeitos. Lindos e expandidos. Para quem jogou o Spyro no século passado, foi uma bela homenagem no mínimo.

Dark Souls Remastered (Nintendo Switch) – É nessa hora que o Switch mostra todo seu potencial como console portátil, poder explorar Lordran no conforto do fretado me faz até desejar que o trânsito piore para poder jogar por mais tempo.

Shadow of the Colossus Quando este remake saiu, eu mesmo escrevi na análise dele que “agora, Shadow of the Colossus havia sido lançado, de fato”. Mesmo em seu relançamento no PS3, o game ainda não estava no seu auge. Foi no PS4 que ele conseguiu a qualidade técnica do hardware que merecia e chegou em sua “versão definitiva”. Sem lags, sem blur exagerado prejudicando a imagem, sem travamentos intencionais. É Shadow como ele precisa ser jogado e é um game que não pode passar em branco na coleção de ninguém!

Shadow of the Colossus – Parecia impossível, mas a Team Ico conseguiu melhorar o que já era sublime. Se Shadow of the Colossus era incrível no PS2 e ficou ainda melhor no PS3, no PS4 ele quase atinge a perfeição, com um equilíbrio acertado entre resolução e taxa de quadros. Os detalhes de relva, pelos e texturas estão ainda melhores, fazendo com que os colossi ficassem ainda mais grandiosos e magnânimos.

➧ Surpresa do Ano

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Mutant Year Zero: Road to Eden Lançado já no finalzinho do ano, Mutant Year Zero: Road to Eden é um jogo para o qual não dei muita importância, mas que bastou lhe dar uma chance para conseguir me conquistar. Com uma mecânica muito parecida com o da série XCOM e uma ambientação pós-apocalíptica fantástica, esse é um daqueles jogos que desconfio que ficará marcado por ter sido menosprezado. Infelizmente.

Magic: the Gathering Arena Quando o MtG Arena foi lançado, demorei a acreditar que seria um jogo que me captasse como a versão de papel. Depois de dar uma chance, ainda na versão Beta, constatei que a simplicidade, constante atualização e melhorias e o gameplay inteligente me deixaram de queixo caído (e ligeiramente viciado). Está pronto para o eSport.

Resident Evil 2 Remake na E3 – Eu não esperava que a Capcom fosse me surpreender tanto com um Remake tão fiel e ao mesmo tempo inovador (em termos de história e mitologia da franquia). Foi uma surpresa positiva e é um dos títulos que mais espero para 2019.

Persona 3: Dancing in Moonlight Como assim um jogo rítmico de Persona? É isso mesmo, também fiquei pasmo mas comprei a (cara) ideia. É no que dá a saudade de um novo Elite Beat Agents.

Anúncio de The Elder Scrolls VIAconteceu na E3 desse ano. Quando todos achávamos que Rage 2 e Fallout 76 seriam as únicas novidades, eis que a Bethesda mostra apenas um teaser (que não tinha nada além de uma paisagem), mas com a inscrição The Elder Scrolls VI. Quase morri ali, na plateia. Morrowind, Oblivion e Skyrim foram jogos que investi anos, se eu for somar, e moram no meu coração. Estou ansiosíssima por esse sexto título. Bethesda, leve o tempo que precisar, mas entregue algo bem superior que a bomba do Fallout 76!

Fighting EX Layer Eu AMO Street Fighter EX, por mim ele passou com louvor pela transição para 3D, trouxe novos personagens extremamente carismáticos e adicionou algumas mecânicas muito interessantes, como poder cancelar um super combo com outro ou o “tatsumaki sempukyaku” que requer uma nova execução do comando a cada giro e que varia de altura conforme a força do chute usado. Então fiquei muito feliz em ver as mecânicas e personagens retornarem num novo jogo.

Starlink: Battle for AtlasAdorei Starlink pela premissa que não é nem um pouco inédita, mas que faz bem o seu próprio “feijão com arroz”. Parecia ser mais um game genérico do gênero “toys to life”, mas consegue ir um pouco além e entregar alguma profundidade. Sem falar que a edição para Switch é ainda mais incrível, pelo conteúdo de Star Fox.

GRIS Mesmo tendo chegado aos 45 minutos do segundo tempo, pouco tempo antes do fim de 2018, GRIS é um título que surpreende em todos os aspectos. A combinação perfeita de uma bela arte, de uma música orgânica e adequada, de um enredo intimista e aberto a interpretações e de uma mecânica simples, faz do título de estreia da Nomada Studio uma experiência única e original, mas que ao mesmo tempo, lembra Journey em alguns aspectos. De fato, uma das maiores surpresas do ano.

➧ Decepção do Ano

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Bethesda – Se a minha primeira ideia foi colocar o Fallout 76 aqui, depois cheguei a conclusão de que a maior merecedora era na verdade a Bethesda. Além de ter sido a responsável pelo jogo em si, a editora ainda tratou todo o lançamento da pior maneira possível, ficando em silêncio por um bom tempo e até enviando produtos de baixa qualidade para quem investiu na edição de colecionador. Para uma empresa que sempre defendi por quase nunca errar, “decepção” é uma palavra que define bem o ano da Bethesda.

Fallout 76 Depois do promissor anúncio na E3 2018, os fãs da série Fallout esperavam um jogo memorável, principalmente por causa dos aspectos sociais e de multiplayer prometidos. Mas no final, as diversas falhas decepcionaram a base de jogadores antigos e influenciaram no grande volume de críticas negativas.

PlayStation Classic – Seguindo a onda de relançamentos de consoles, a Sony finalmente fez o mesmo, mas oferecendo um lineup de jogos no ocidente que deixa muito a desejar.

PlayStation Classic – Eu ia detonar o lançamento de Fallout 76 ou mesmo aquele anúncio do Diablo Immortal, mas na reta final de 2018 quem surpreendeu negativamente foi a Sony. Enquanto as versões miniatura do NES e SNES vieram como uma tempestade perfeita, garantindo bons trocados e boa propaganda para a Nintendo na civilização, a Sony resolveu “copiar” a BigN da forma mais desastrada possível. Com o PS Classic, talvez a Sony seja sozinha a responsável pelo declínio da onda retrogamer. Espero que não, mas não duvido.

Fallout 76 Tristeza é o que define o meu sentimento por Fallout 76. Como uma grande fã da franquia Fallout, mesmo com seus bugs, é decepcionante ver como algo que poderia ter dado muito certo… Deu tão errado. O game é entediante, o mundo é vazio, os poucos jogadores que aparecem estão tão perdidos quanto você, não há NPCs de verdade… Enfim, Fallout 76 não tem a alma que tinha Fallout 3, 4 e New Vegas, por exemplo. E o servidor cai o tempo inteiro.

Vampyr Um jogo de ação em mundo aberto feito pelos mestres da narrativa da DONTNOD, criadora de Life is Strange? Como não amar? A premissa era bem interessante, você é médico vampiro londrino em 1918 que deve investigar a epidemia de uma estranha doença que está matando seus amigos e suas presas. Pena que o combate é repetitivo e a história que deveria ser o ponto alto do jogo, além de um tanto incoerente é bem chata. A DONTNOD vem fazendo ajustes no jogo, talvez ainda tenha salvação, mas leva o meu prêmio de decepção do ano.

Red Dead Redemption 2É muito provável que alguém queira me xingar e até me perseguir por conta disso. Mas CALMA: Red Dead Redemption 2 ser uma decepção, para mim, não torna o jogo ruim. Pelo contrário, ele é excelente em diversos aspectos, mas eu me decepcionei ao ponto de deletar do HD do meu PS4 com apenas um mês e meio de comprado — sem nem ter utilizado o modo online, inclusive. É um game arrastado, burocrático, lento, sem metade do charme do “primeiro” e um pouco diferente do que eu estava imaginando. Não é pra mim.

Fallout 76 – A Bethesda conseguiu fazer tudo errado com Fallout 76. Uma quantidade anormal de bugs, mesmo para o padrão da empresa, um pesadelo de Relações Públicas ao fazer promessas (e vender bolsas de primeira qualidade) e não entregar, DLCs caros demais, patches gigantescos, e o pior: ele é chato, insuportável, e não consegue prender a atenção do jogador. Um fiasco como há muito não se via.

➧ Melhor Jogo de 2018

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Red Dead Redemption 2 Antes mesmo de 2018 começar eu já carregava comigo a desconfiança de que o melhor jogo do ano seria o Red Dead Redemption 2 e depois de jogá-lo, isso acabou se confirmando. Mesmo aceitando que alguns podem considerar a criação da Rockstar um tanto arrastada e que os elementos de sobrevivência trouxeram uma complexidade desnecessária à série, eu adorei todas as mudanças e admito que não sabia que eu precisava de um “simulador de faroeste”. Sem dúvida uma dos melhores jogos que já tive a oportunidade de experimentar.

Red Dead Redemption 2 Uma obra-prima dos videogames, um daqueles lançamentos que sobe o sarrafo de qualidade da indústria e, por consequência, vai estabelecer um novo patamar no nível de exigência dos gamers. Trabalho primoroso da Rockstar, em todos os aspectos, seja a história, gráficos, som e, principalmente, personagens.

Red Dead Redemption 2 O pouco que joguei desse game me impressionou demais. O mundo é rico, crível e detalhados, e cheio de personagens carismáticos com seus próprios trejeitos e histórias. Não é perfeito, mas é uma experiência e tanto e merece o prêmio.

Red Dead Redemption 2 Desde o velho Red Dead Revolver que adoro acompanhar esta franquia da Rockstar, mesmo em consoles alheios. O primeiro RDR foi um espetáculo, mas sua prequel é simplesmente magnífica.

God of WarGod of War teve a “ousadia” de se reinventar, de sair da zona de conforto de mais um jogo hack’n slash, beat ‘em up, ou como você quiser chamar, onde Kratos era apenas um brucutu espartano passando o rodo em qualquer um que se opusesse a ele. É claro que era divertido, mas ver o lado mais “humano” do deus da guerra, ao lidar com as dificuldades de ser pai, criou uma nova atmosfera para o jogo. Visualmente, GoW é lindo, ainda linear, apesar de permitir certa exploração e incorporou (de forma tímida, mas eficiente) vários elementos de RPG. Um must play!

Marvel’s Spider-Man Entre tantos jogos excelentes lançados esse ano, acho que o Spider-Man da insomniac é o que oferece o maior cuidado e talento em todos os aspectos. Em vários aspectos me lembra o primeiro Batman Arkham Asylum, por combinar uma ótima história, jogabilidade, gráficos fantásticos e uma suprema maestria em representar o personagem de forma autêntica e divertida.

Super Smash Bros. Ultimate – O nome já diz. Ultimate não tem tradução exata mas pode ser algo como “Definitivo”. É o jogo definitivo da série Smash Bros. e isso em muitos sentidos: quantidade de lutadores, quantidade de modos, personagens inéditos, multiplayer, gráficos, diversão, som, conteúdo extra (não-DLC), enfim… Me divertiu e deve continuar divertindo por um bom tempo. Vai ser difícil superar Super Smash Bros. Ultimate, ainda que eu saiba que, em um eventual próximo console da Nintendo, um novo seja lançado, e envolto de expectativas.

Red Dead Redemption 2 – É difícil classificar Red Dead Redemption 2, mesmo dentro dos parâmetros de jogos de mundo aberto da Rockstar. Sim, ele levou toda a liberdade que vimos em Grand Theft Auto V às últimas consequências, e ainda que ele possua uma narrativa bem engessada nas missões de história (vá do ponto A ao ponto B, e não saia do caminho, e etc.), o mundo do game não é apenas vasto, mas vivo, e muda conforme o tempo passa. Seus personagens são carismáticos, e Arthur Morgan é um protagonista com profundidade, que quase te convence de ser real. No conjunto da obra, RDR2 reúne as melhores características dos destaques de 2018, e seus defeitos não são suficientes para diminuir seu brilho.

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Escolhas feitas, agora deixo com vocês a possibilidade de votar nos seus favoritos, seja na enquete abaixo, seja nos comentários.

Qual foi o melhor jogo de 2018?

  • God of War (47%, 17 Votos)
  • Red Dead Redemption 2 (33%, 12 Votos)
  • Marvel’s Spider-Man (6%, 2 Votos)
  • Super Smash Bros. Ultimate (6%, 2 Votos)
  • Assassin's Creed: Odyssey (3%, 1 Votos)
  • Celeste (3%, 1 Votos)
  • Detroit: Become Human (3%, 1 Votos)
  • Monster Hunter: World (0%, 0 Votos)

Votos Totais: 36

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http://www.vidadegamer.com.br
Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.