The Last of Us Part II – Descrever o impacto que esse game
teve em mim enquanto o jogava não é algo fácil. Por várias vezes tive que encostar o controle, tomar fôlego e esperar a adrenalina baixar, mas nem a sua história pesada e os momentos de aflição foram suficientes para me impedir de querer continuar progredindo.
TLoU2 é uma obra de arte e como tal, conseguiu dividir opiniões e inflamar multidões. Pois eu estou do lado daqueles que o consideram não como um dos melhores jogos de 2020, mas de todos os tempos.
Astro’s Playroom – É curto mas delicioso. Embora por si próprio não justifique a compra do console (no meu caso foi o
Miles Morales), justifica sim a compra de ao menos mais um controle DualSense. Se o PS1 tinha o Crash ou Spyro como mascotes não-oficiais; o PS2, o Solid Snake ou o Kratos como mais memoráveis; o PS3, o Nathan Drake ou o Sackboy; o PS4, o Knack; o astro do PS5 é o pequeno Astro Bot. Sobre o jogo em si,
Astro’s Playroom é o
Nintendo Land feito da forma correta, apresentando as capacidades do novo console da Sony de forma lúdica e divertida. É um dos vários acertos da lineup do PS5. E talvez o mais desprezado, infelizmente. É uma degustação que merece fazer parte de um prato principal mais caprichado.
Animal Crossing: New Horizons – A série da Nintendo é uma que foge bastante dos padrões da indústria de jogos eletrônicos, focando em atividades triviais e relações não violentas com outros jogadores e personagens dentro do próprio game. O que parecia ser um nicho por muitos anos (mesmo com as constantes boas vendas da franquia) se revelou como exatamente o que muitas pessoas precisavam em 2020.
New Horizons chegou no primeiro semestre, bem no início do período de quarentena e distanciamento social em muitos países por conta do novo coronavirus. Passear pela praia, regar flores e encontrar com os amigos para trocar presentes virou algo mais comum e possível no
Animal Crossing do que na vida real, trazendo certo alento para muitas pessoas. Vale lembrar também:
New Horizons estava planejado para sair em 2019 e foi adiado, segundo a Nintendo, para evitar que os desenvolvedores tivessem de fazer crunch, acertando em cheio em outro tema sensível da indústria.
The Last of Us Part II – Diga o que você quiser sobre
The Last of Us Part II, reclame dos problemas de produção e crunch (e eles existem), mas é impossível negar que este não seja um jogo que provoca os sentimentos dos jogadores. Abordando temas muito pessoais, combinando gráficos e trilha sonora incríveis, e cenas de ação de tirar o fôlego,
The Last of Us Part II é um daqueles jogos que você tem sorte de jogar um em uma geração. Não tem como dar o prêmio de jogo do ano para outro.
Hades – Hades é único, incrível, inovador, bonito e divertido. Pra mim esses pontos compõem bem um “Jogo do Ano”. É de fato uma experiência que demora pra cansar e faz muito mais pela indústria de jogos do que muito game 3D realista por aí.
Persona 5 Royal – Como bom amante de JRPG, nunca pensei que gostaria tanto da versão
Royal de
Persona 5. O jogo base já era incrível, apesar de ter alguns trechos enroscados no seu desenvolvimento de trama, mas ainda assim é maravilhoso em como mecânicas, visual, estilo e desenvolvimento de personagens são algo incríveis. A versão
Royal adiciona um semestre a mais dentro da rotina de jogo, encaixando novos personagens, áreas, elementos, habilidades e desafios que, por sí só, rendem boas 20 horas de conteúdo extra que enriquecem ainda mais tudo o que foi visto. Tudo no jogo é fantástico e até considerei encaixar alguns elementos deles nas categorias anteriores da premiação deste site, mas achei mais oportuno diversificar nos demais e concentrar o amor por
Persona 5 Royal como meu melhor jogo de 2020. É um jogo que roubou meu coração.
Hades – a Supergiant Games tem um histórico de games que eu levo no meu coração e
Hades foi a melhor supresa, melhor indie, jogo com melhores gráficos, ótima trilha sonora, enredo envolvente, personagens carismáticos, enfim… leva como conjunto da obra! Então, não poderia merecer outro prêmio senão o de jogo do ano, para mim!
Streets of Rage 4 – Na contramão de todas as escolhas óbvias de 2020, quero indicar
Streets of Rage 4 como a minha escolha de melhor do ano. Preciso bater palmas para o trabalho artístico na criação de personagens, cenário e trilha sonora. Um jogo impecável, feito com muito esmero. Divertido e desafiador, sem ser impeditivo. Além de ser deveras nostálgico para quem teve um Mega Drive.
The Last of Us Part II – A segunda parte do clássico da NaughyDog é um filme interativo por excelência, mas que permite ao jogador atuar ativamente da narrativa, ao invés de mais assistir do que jogar (algo que Hideo Kojima ainda precisa aprender a dosar corretamente).
The Last of Us Part II é o jogo que apresentou a mais equilibrada combinação de gráficos, trilha sonora, narrativa, jogabilidade e originalidade, e por causa disso, merece o título de melhor jogo de 2020.
Cyberpunk 2077 – Sem dúvidas,
Cyberpunk 2077 teve um lançamento conturbado e muitos problemas nos consoles. Contudo, a experiência originalmente planejada está ali se você tiver um ótimo computador para jogar. Os parâmetros não são favoráveis, mas a realidade é que
Cyberpunk 2077 não só é um ótimo jogo, como é um
RPG extremamente imersivo, recheado de quests incríveis e um combate muito mais orientado à ação. A combinação é muito boa e, sem dúvidas, o título oferece uma experiência incrível que, para mim, supera a do já excelente
The Witcher 3.