Os melhores jogos de 2022

O ano está praticamente acabando, mas ainda dá tempo de recapitularmos o que de melhor (e de pior) aconteceu nos games em 2022. Para isso convidei algumas pessoas para indicarei jogos em cada uma das categorias da nossa tradicional eleição de Melhores do Ano e adianto que algumas escolhas foram um tanto surpreendentes.

Sem mais delongas, abaixo você confere a lista daqueles que aceitaram participar desta edição e na sequência vamos aos seus indicados:

➧ Melhor Jogo Indie
CarlosChristianDemartiniDoriEricGilJonatasLagunaPrandoniRonaldo
Prodeus Ando cada vez mais com shooters retrô. E um dos melhores de 2022 é Prodeus. Mais do que simplesmente imitar games como Doom e Rise of the Triad, ele consegue emular a sensação que tínhamos ao jogar aqueles games nos anos 90.

Para isso, ele usa gráficos pixelados, mas enche o visual de partículas e efeitos que simplesmente não eram possíveis na época de outrora. Isso faz com que ele pareça, ao mesmo tempo, retrô e de alta tecnologia. Retromoderno, digamos assim. E isso só pode ser feitiçaria.

Cult of the Lamb – Desde que comecei a jogar fiquei preso pela linda arte e o gameplay divertido, se inspirando em vários jogos roguelike, Cult of the Lamb me conquistou desde seu primeiro trailer.

Immortality Três filmes em um único jogo e um mistério daqueles que você pode ficar sem entender mesmo depois de terminar o game (isso, aliás, está longe de ser o fim). Mais uma pérola, talvez a maior, do grande Sam Barlow.

TunicCom uma direção artística muito bonita e uma narrativa fascinante, Tunic surgiu sem muito alarde e rapidamente caiu no gosto do público. Destaque para a maneira como ele nos solta no mundo sem dar muitas explicações, nos levando direto para uma época em que os jogos encantavam por nos fazer ter contato com o desconhecido.

Sifu Sifu é tipo um Sekiro de artes marciais, onde a habilidade dita o seu progresso dentro do jogo e que apesar de eu ser um completo descoordenado, eu me diverti bastante jogando.

Cursed to Golf contrariando os amigos que participam da lista (amei Stray, mas…), o que classifico como o melhor indie do ano é Cursed to Golf. Nunca pensei que um jogo de esporte com visão lateral, jeitão de plataforma mas que é um “roguelite” me prenderia tão intensamente com mecânica viciantes que instiga a criatividade e uso de cartas de suporte para distorcer (não quebrar) as regras deixa tudo ainda mais divertido. Sensacional!

TMNT: Shredder’s Revenge Já tive dificuldades em definir ou entender o que eram os jogos independentes. Como a maioria das pessoas, associava jogos com baixo orçamento, um visual retrô e às vezes, injustamente, de baixa qualidade aos jogos criados com esmero por produtoras não associadas às Big 3. Esse ano, já curado dessa miopia, experimentei Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder Revenge.

Graças ao XBOX Game Pass, recebi o jogo no lançamento e eu que fui uma criança dos anos 1990, que corria pra casa para ver tevê e curtia as aventuras de Leonardo, Raphael, Donatelo e Miguelângelo na programação da Vênus Prateada, tive o prazer de vivenciar um jogo equilibrado, divertido, com capacidade multiplayer, e com muitos power-ups e caminhos alternativos para descobrir.

Lançado pela DotEmu, totalmente fora do main-stream, esse jogo resgatou o menino que terminou várias e várias vezes o TMNT 4 do Super Nintendo e para mim, vence essa categoria. Quer seja utilizando os guerreiros ninjas, ou o Mestre Splinter ou na hipótese mais estranha, a Repórter April O’Neal, esse game consegue superar o simulador de gatos, apontado pelo VGA como a possível recomendação do universo indie.

Frogun A nostalgia me pegou forte aqui, foi basicamente o único indie que me lembro de ter jogado em 2022. É um jogo de plataforma simples, humilde, mas muito bonitinho, meio bobinho e que prendeu a atenção do meu filho por alguns momentos. Acabei jogando (bem) mais que ele.

Vampire Survivors Em uma indústria tão dominada por gráficos cada vez mais realistas e complexos, mecânicas arrojadas e projetos que atravessam diferentes mídias acabou sendo um revolucionário sopro de frescor algo tão simples e bem executado como Vampire Survivors. Desenvolvido praticamente todo por Luca Galante, o game ousa por ser ‘só’ um videogame: no controle de um personagem que ataca sozinho, o objetivo é enfrentar hordas de monstros cada vez mais desafiadoras. Tudo isso se combina à simplicidade de gráficos pixelados e uma jogabilidade simples e profunda, cheia de combos e poderes para desbloquear. Melhor ainda, o jogo é super barato no PC, está no Game Pass e é de graça no celular, motivos de sobra para dar uma chance.

Sifu – Sifu apresentou uma mecânica inusitada, ao mesclar a pancadaria desenfreada dos brawlers ao estilo roguelike, com habilidades diferentes conforme o protagonista envelhece, efeito disparado a cada derrota. Com uma boa ambientação, trilha sonora e gráficos, o game dos franceses da Sloclap foi um dos mais criativos de 2022.

➧ Melhor Multiplayer
CarlosChristianDemartiniDoriEricGilJonatasLagunaPrandoniRonaldo
TMNT: Shredder’s Revenge No meu ano com a PlayStation, foi revelado que, em 2022, eu joguei online por apenas uma hora. E este jogo foi justamente Shredder’s Revenge. Para ser sincero, foi o único que me deu vontade de jogar com outras pessoas.

Para multiplayer me animar, precisa ser cooperativo. E eu gosto de explorar e procurar segredos, o que não combina com jogadores saindo correndo na frente. Para mim, precisa ser beat’em up então. E Shredder’s Revenge é o mais legal de 2022 dentro do gênero.

Overwatch 2Apesar de não ser um grande fã das políticas da Blizzard, adoro Overwatch e agora sem as loot boxes e com alguns novos modos e heróis, Overwatch 2 passou a ser uma parte da minha diversão com amigos.

TMNT Shredder’s Revenge As lembranças da minha infância vieram com força nesse game, que também é uma grande homenagem. Uma grande demonstração de carinho aos clássicos jogos das Tartarugas Ninja, mas também com elementos modernos o suficiente para chamar a atenção até de quem nunca ouviu falar delas.

TMNT: Shredder’s RevengeEu sou um apaixoando por Beat ‘em ups e ter a oportunidade de encarar essa nova aventura das Tartarugas Ninja ao lado do meu filho foi uma experiência e tanto. Potno para o pessoal da Tirbute Games por ter conseguido entregar um jogo moderno, mas com a essência dos clássicos.

Multiversus Muita gente tentou copiar a fórmula extremamente bem sucedida de Smash Bros. e fracassou, e de onde eu menos esperava que uma dessas cópias fosse dar certo ela acabou funcionando muito bem em Multiversus. O melhor tudo é que o jogo é grátis, então dá pra testar sem precisar investir uma grande soma de cara.

Call of Duty: Modern Warfare II Vergonhosamente não joguei muitos jogos multiplayer, porém me larguei e me diverti horrores com o remake de um dos melhores capítulos da franquia. E nunca pensei que diria isso, mas, gostei muito do modo terceira pessoa e várias modalidades, tentando abraçar a todos os gostos.

Mario Kart 8 Deluxe Aqui eu vou usar um pouco da conveniência ao meu favor. Meu game do ano, na categoria multiplayer, não foi lançado em 2022. Pelo contrário, sua contraparte mais antiga veio do WiiU e foi lançada ainda em maio de 2014.

Mario Kart 8 entra nessa categoria usando a premissa ou o direito herdado porque sua versão para o Switch recebeu várias atualizações em 2022. Ganhou 24 novas pistas em 2022. Por isso, foi o jogo multiplayer mais jogado aqui em casa.

Visitas de amigos, festinhas informais, ou mesmo aquele domingo chuvoso foram embalados ao som de muita briga e confusão com os pods virtuais correndo a 150cc.

As pistas novas adicionadas, apesar de não possuírem o mesmo esmero das originais, me levaram a comprar uma versão digital do jogo, apenas para poder usar no Switch Lite nos transportes públicos. Um bom hotspot com 5G na mochila e um PowerBank de respeito me permitiram jogar OnLine mesmo em grandes deslocamentos e a coroação, foi em uma viagem de trabalho que foi ornada pela equipe jogando Mario Kart durante o voo.

Não tem jeito, vou jogar a carta das pistas novas e apelar para dizer que Mario Kart 8 Deluxe foi o meu jogo multiplayer do ano de 2022.

The King of Fighters XV Confesso que sempre preferi TKoF ao Street Fighter, então era meio óbvio que iria atrás dele agora que virou multi. Sim, TKoF XV tem vários defeitos, demora pra encontrar uma boa partida online, mas gostei dele mesmo assim. Me deixa!

Fortnite Não tem jeito, para mim o Fortnite virou o ‘padrão de ouro’ na indústria em termos de multiplayer. Tudo isso sem deixar de tentar inovar e levar a mídia adiante – ainda que com eventuais problemas inerentes a grandes empresas e uma indústria multimilionária como videogames. Divertido, variado, inclusivo e envolvente, Fortnite também deu um show ao se renovar em 2022 com gráficos ainda mais bonitos e refinados e uma variedade tão absurda de colaborações e crossovers que desafia qualquer aspirante a ‘metaverso’.

Marvel Snap – Os desenvolvedores da Second Dinner mostraram, com Marvel Snap, que menos é mais. Um card game free-to-play que foge das fórmulas fáceis para monetizar, e focado no jogador mobile, centrado em partidas rápidas de no máximo 4 minutos, tornam o game incrivelmente acessível, e fácil de dominar.

➧ Melhores Gráficos
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Prodeus A-há! Resposta surpreendente, não? Sim, games como A Plague Tale: Requiem e God of War Ragnarok são lindíssimos e tecnicamente impressionantes. Mas são também comuns. Prodeus, com seus ingredientes retromodernos, foi realmente o jogo que mais me surpreendeu visualmente este ano. E tudo na gloriosa resolução de 360p! É muito P, meu camaradinha!

ScornÉ impressionante como tudo dentro de Scorn parece ser feito de restos de matéria orgânica deixando a atmosfera do jogo extremamente sombria e carnal. Apesar de mórbido é lindo e pra mim foi uma surpresa do ano.

A Plague Tale: Requiem Impressionante pela história da franquia, pela saga dos personagens, mas principalmente pelos visuais, sendo um daqueles poucos jogos que fazem você pensar que a nova geração efetivamente chegou.

Elden Ring Mesmo com algumas problemas de performance, a bleza visual do mais recente jogo da FromSoftware se destaca. Do vasto mundo aos inimigos bastante detalhados, visualmente tudo em Elden Ring me agradou.

God of War Ragnarok God of War Ragnarok entrega facilmente um dos melhores gráficos já feitos até hoje, seja em qualidade de animação, seja em definição visual.

Horizon: Forbidden West Pois é, God of War Ragnarök é lindíssimo, mas tem alguma coisa em Forbidden West que prende a minha atenção a ponto de ficar passeando pelas paisagens e vasculhar o ambiente. Visualmente acho o jogo maravilhoso.

God of War Ragnarok Já faltei o trabalho em 2010 por conta de God of War 3. Confesso, recebi o lançamento em pré-venda direto da Inglaterra em 2010, comecei o jogo por volta das 20h e só fui parar às 10h00 do dia seguinte. Nunca tinha perdido um God Of War até o 2018, que coincidiu com um ano complicado em que tinha acabado de mudar de país. Saltei a geração do Playstation 4, fui de XONE na ocasião e não me arrependo, mas faltava Bom de Guerra na minha vida. Consegui o jogo por um preço irrisório e deixei na minha estante até maio de 2022 quando finalmente comprei o Playstation 5.

Mas aí, caro leitor, tivemos uma outra oportunidade de trapacear. A SONY lançou o GoW2018 para PC em janeiro de 2022 e o Steam, me permitiu vivenciar 4 anos depois aquilo que eu estava me privando. Um jogo, parecido com a série Souls, com dificuldade crescente, um Kratos pesado e amadurecido e um game play com diversos extras que me cativaram e me fizeram lembrar porque eu gostava dos jogos de mitologia. É, foram mais de 60h de jogatina no GoW2018 para o PC e minha conta no Steam voltou a fazer sentido…

Mas o ano é 2022 e dessa vez, fui privilegiado, além da história do Atreus, recém conhecido em janeiro, 2022 tivemos God Of War Ragnarok, a conclusão da Saga Nórdica.

Senhores, ao longo de mais de 80h de jogo (até agora), continuei as aventuras de Kratos e Atreus e alguns amigos que fiz pelo caminho. Encontrei os lugares chave do primeiro jogo, enfrentei inimigos e batalhas memoráveis e fiquei vidrado a cada momento do jogo.

Os gráficos, aaaaa os gráficos, imaginem uma tevê 4K com HDR, uma máquina de trocentos teraflops de potência, uma iluminação adequada e cenários variados. Uma cidade industrial esfumaçada, uma terra desolada pelo gelo, uma região élfica etérea… bom, não há falhas no visual desse game. Um colírio para olhos cansados.

Uma trilha sonora cativante, a história se conectando em cada ponto, sendo explicada por Mimir ou algum NPC do caminho tornaram os 9 Reinos fascinantes e o que me causava medo era a possibilidade de um momento aquela história ser finalizada.

Estiquei até onde pude e finalmente enfrentei os chefões e … não falo mais para não estragar a experiência dos leitores. Mas joguem, se permitam.

Gran Turismo 7 Prefiro Forza e sei que GT7 possui versão PS4, mas se posso avaliar os melhores gráficos que vi este ano foram os do Gran Turismo 7 no PS5. E é somente nesse aspecto que elogio o game.

God of War Ragnarok O estúdio Santa Monica da Sony não brinca em serviço e o mais recente God of War é prova irrefutável disso. O game expande o inovador título de 2018 em todos os aspectos, incluindo um mundo ainda maior, mais bonito, variado e detalhado. Ragnarok dá vida ao mundo da mitologia nórdica de maneira absolutamente imersiva pela riqueza de pequenos detalhes, desde texturas de roupas, armas e elementos da natureza até pela imensidão e criatividade de criaturas lendárias e cenários.

Elden Ring – O mais novo título de Hidetaka Miyazaki é mais um “exercício de tortura” que os fãs da FromSoftware tanto adoram, mas a apresentação do game impressiona, aliado à capacidade gráfica dos consoles atuais e PC. Efeitos de luz, sombra, texturas, todos estão em um nível alto, quando comparado a outros títulos de 2022.

➧ Melhor Trilha Sonora
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A Plague Tale: Requiem Tem algo muito mágico na composição de músicas incômodas. Que dão medo. Que causam desconforto. E A Plague Tale: Requiem não demorou quase nada para demonstrar sua imensa habilidade em dar medo.

Por mais interessantes que as composições de terror sejam, no entanto, o jogo também apresenta músicas lindíssimas, que permeiam os muitos momentos de leveza da história. E, para ser dramático, ou assustador, a leveza é tão importante quanto o horror. A trilha de A Plague Tale: Requiem se dá muito bem nas duas características.

Metal: HellsingerUm destaque positivo do ano pra mim foi Metal: Hellsinger, além de ter um gameplay divertido parecendo Doom mas com mecânicas de ritmo, o ponto alto fica pra excelente trilha sonora com rock e trilhas originas feitas por grandes artistas como até mesmo Serj Tankian de System of a Down.

God of War Ragnarok Ainda que os temas aqui não sejam tão marcantes quanto os do anterior, ainda estamos falando de uma obra de Bear McCreary. Nada mais a declarar.

Elden Ring Da música que toca no menu, passando pelas músicas dos cenários aos temas de batalhas incríveis, Elden Ring é um espetáculo musical maravilhoso.

Valkyrie Profile: Lenneth – vou dar uma trapaceada em nome do amor, aproveitando que o “quase-remaster” de VP: Lenneth saiu na reta final de 2022 e exaltar como a trilha sonora desse jogo é um espetáculo. A obra do músico e compositor Motoi Sakuraba ainda carrega um peso gigantesco, um montanha russa de emoções que emocionam ou te deixam acelerado na empolgação do combate. É incrível como a trilha sonora sem o jogo funciona e emociona, enquanto o jogo sem a trilha sonora já não funciona tanto.

God of War RagnarokAcho que poderia parar de escrever por aqui e já deixar o leitor com a certeza que minha variada lista vai recair em God Of War Ragnarok algumas vezes, mas aprendi com GoW 2018 que mais importante que a finalização é a jornada escolhida por todos nós. Então, vamos lá.

Crianças dormindo, esposa idem, fones de ouvido HyperX de altíssima qualidade e uma orquestra sinfônica pesada ao fundo. Cada farfalhar de uma folha, cada pisada forte na neve, cada momento solene em que algo extraordinário seria narrado, cada evento inspirado no Ragnarok me fazia crer que estava escutando a história dos games ser escrita.

Eu que venho dos primeiros games com trilha sonora, MoonPatrol, e Bobby is Going Home, com seus sons monotônicos gerados por pequenas variações quase sem sentido, ainda hoje me surpreendo com aquilo que nos diferencia das outras espécies. A capacidade de viver música.

Não há uma imagem que represente o som de maneira fidedigna, mas deixo o link para viverem o que sinto nesse momento. Se permitam ouvir, com um fone de qualidade, o foco nas diferentes vozes, o trinar do tímpano sendo esmagado com veemência, as trompas reverberando em som magistral e a imponência com a qual a trilha se apresenta.

Tudo começa com os contraltos declamando frases em uma língua ininteligível como que em um transe, uma trompa solene em uníssono se ergue ao fundo, mas não conseguimos nos desconectar das vozes, que agora são silenciadas por uma última batina do tímpano. Os baixos e barítonos se fazem ouvir e nesse momento, você sabe que o Ragnarok está chegando, com todo o pesar e gravidade que o momento permite. Um trombone anuncia aquilo que as trompas apenas indicavam… Os tenores e as sopranos se juntam ao coral, tudo é uma coisa só… As cordas friccionadas, violinos, contrabaixos e fazem a espinha gelar e agora os trompetes se unem à majestosa orquestra e não há mais dúvidas. O Ragnarok chegou, é o fim de Asgard é o fim dos Nove Reinos, e Kratos é o seu arauto.

As vozes se erguem em glória do deus da guerra, e você sabe que aquele que não poupou esforços em sua vingança no Olimpo, mais uma vez vai se sentar no trono e todos somos expectadores de todo esse momento glorioso no qual lágrimas serão arrancadas dos Asgardianos e como moradores de Midgard só nos cabe observar as folhas da Yggdrasil serem arrancadas com a obstinação de Kratos e no fim, silêncio.

Xenoblade Chronicles 3 O trabalho do Yasunori Mitsuda em XC3 me faz ter muita curiosidade sobre Sea of Stars e acho merecida a jornada musical ser contemplada como a melhor de 2022.

God of War Ragnarok Era muito difícil expandir em cima do emocionante trabalho feito por Bear McCreary no God of War de 2018, mas isso acontece em Ragnarok. Aliás, de forma tão competente e criativa que acaba soando natural. A trilha acompanha o desenrolar épico da jornada de Kratos e Atreus, apresentando novos elementos e desenvolvendo temas já conhecidos de outras jornadas.

Horizon: Forbidden West – Assim como no primeiro game, a trilha sonora de Horizon: Forbidden West é grandiosa, e invoca o tema do destino do mundo nas mãos de Aloy, e o tamanho de sua responsabilidade. Não só as músicas, mas também os efeitos sonoros, e o elenco de dublagem, faz juz e vai além do legado de Horizon: Zero Dawn.

➧ Melhor Enredo
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A Plague Tale: Requiem Assim como a música, a história de A Plague Tale Requiem consegue combinar muito bem drama e leveza. Horror e humor. E ainda faz isso levando os protagonistas através de uma aventura surpreendente.

A Plague Tale Requiem deve ter sido uma das poucas histórias que vi este ano (mesmo fora dos games), que não sabia onde ia terminar. E essa surpresa, somada à qualidade absurda de cada cena e cutscene individual, fizeram com que esta fosse a melhor experiência narrativa de 2022 para mim.

God of War RagnarokO desfecho da jornada de Kratos e Atreus não poderia ter sido melhor em uma história cheia de reviravoltas e em que figuras marcam presença.

Immortality Telling Lies fez com que eu prestasse mais atenção em Sam Barlow, Immortality me tornou fã. A viagem por clipes de filmes tão diferentes, mas que montam uma história conjunta e cheia de nuances me conquistou demais, a ponto de eu procurar pessoas no mesmo ponto que eu para conversar sobre o game. E qual não foi a surpresa ao descobrir que cada um tem uma experiência diferente e que, no final, o mistério do jogo vai muito além, apenas, do que aconteceu com Marissa Marcel.

Pentiment Pentiment não é um jogo fácil de recomendar, com seu ritmo arrastado e grande quanidade de texto podendo incomodar até os mais pacientes. Porém, aqueles que conseguirem avançar nele encontrarão um ótimo enredo, repleto de caminhos a serem seguidos e dando uma boa ideia de como era a época em que ela se passa.

Tactics Ogre Reborn Vale remake nessa categoria? Se valer, Tactics Ogre Reborn é um jogo com um dos melhores e mais densos enredos de todos os tempos, envolvendo política, traições e relações entre personagens, e que poderia facilmente virar uma dessas séries que estão sendo feitas pra competir com o sucesso de Game of Thrones.

Pentiment Não botei fé nesse jogo, até experimentar e sua narrativa me abraçar e não querer largar… digo, eu não queria largar. A atenção aos detalhes e apuração histórica deixam todas as conversas e seus rumos intrigantes. É aquele jogo que você começa pela curiosidade e quando se dá conta, se passaram algumas horas. Uau!

Horizon Forbidden West Meu Playstation 5 chegou acompanhado de Horizon Forbidden West, o que me motivou a conhecer Aloy. Olhei um pouco o que seria um aclamado e premiadíssimo jogo, e resolvi olhar para o Horizon Zero Dawn, versão do PS4 lançada em 2017, mas pelos já citados motivos, apenas residente no meu Backlog.

Sou completista, não gosto de deixar pontas soltas e uma história bem contada é capaz de me prender por dias a fio, o que me levou a algumas excelentes horas vivendo nesse coeso universo com criaturas metálicas gigantescas.

Não consigo desassociar aquela bebê, criada por um autoexilado, a quem somos apresentados, ensinamos a caçar, desvendamos os pontos fracos dos monstros metálicos daquilo que viria a seguir. Uma Aloy madura e dona de si, capaz de … Bom, é um tópico sobre enredo, convém não estragar a experiência do leitor.

God of War trouxe uma mensagem linda com um enredo coeso e fantástico sobre redenção e jornada, mas existem dois momentos em que, apesar de não desabonar seus talentos, colocam God of War Ragnarok dois décimos de um ponto percentual abaixo do Horizon Forbidden West.

Xenoblade Chronicles 3 É complicado avaliar um jogo tão longo: não sei traduzir para pessoas que preferem algo mais casual como é bom (ou não) investir mais de 100 horas de jogo. Penso que XC3 amadurece um bocado de clichês dos JRPGs e consegue ter muita ação num visual menos poluído que os antecessores. A boa dublagem me convence que os heróis são quase humanos e ajuda a ressaltar o ótimo enredo.

God of War Ragnarok Para fechar minha trilogia de prêmios para Kratos e Atreus, quero falar da trama, um conto corajoso e contundente sobre amadurecimento em muitos níveis, em muitas perspectivas diferentes. Talvez falte a Ragnarok o impacto que o game de 2018 teve, especialmente pela surpreendente reconstrução de Kratos, mas sobram competência e surpresas inesquecíveis por todo o caminho.

Horizon: Forbidden West – A trama central de Horizon: Forbidden West pode não ser original (Aloy é a única que pode salvar o mundo, de novo), mas a forma como a trama se desenvolve coloca o game da Guerrilla Games à frente dos concorrentes, com novos desafios, descobertas aterradoras, e diversas histórias e tramas paralelas, que tornam o mundo de Aloy rico e vivo.

➧ Melhor Remake/Remasterização
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Sonic Origins Sonic Origins modifica os jogos do ouriço da forma necessária para que jogá-los em 2022 seja a mesma delícia que era em 1991. Para isso, ele acrescenta mimos como suporte a widescreen, vidas infinitas e autosaves. Isso elimina quase toda a fricção que se resta ao jogar um game dos anos 90 hoje em dia, e faz com que a série finalmente atinja um potencial que nunca alcançou em tantos relançamentos anteriores.

Claro, tem o conteúdo extra. Lindos desenhos animados, a possibilidade de jogar todos os games em sequência, desafios extras. Tudo muito legal, tudo muito lindo, mas o que realmente faz diferença, no final das contas, é a eliminação da fricção tradicional dos anos 90.

The Last of Us Parte 1Mesmo sendo um jogo que já havia tido um remaster, a Naughty Dog resolveu fazer um remake de uma obra prima e acertou ao repaginar vários detalhes gráficos e técnicos, como a I.A. dos inimigos e aliados, além das opções de 4K a 30 e 60 quadros por segundo.

TMNT: The Cowabunga Collection Uma rara coletânea bem-feitinha pelas mãos da Konami, que parece estar começando a acordar para o poder de suas franquias. Todo pacote de jogos clássicos deveria ser assim.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion– Embora a estrutura de um jogo para portátil tenha sido mantida, o que poderá desagradar alguns, Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um merecidíssimo resgate de um dos melhores jogos lançados para o PSP. Esse remake demorou para sair, mas felizmente agora essa pérola está mais acessível.

The Last of Us Parte 1 Apesar de focar-se apenas nos gráficos, é inegável o carinho que a Naughty Dog colocou na recriação de The Last of Us. Colocar ele ao lado do jogo de PS3 é como colocar um Bluray ao lado de um VHS.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion Eu nem acreditei quando esse “remake/remaster” foi anunciado e, melhor ainda, recebeu um tratamento de luxo que o traz à nova geração e eleve em vários níveis todo o potencial emocionante. Aliás, se tivesse uma categoria “final para chorar largado e lavar a alma”, esse jogo estaria em primeiro lugar.

Uncharted Legacy of Thieves Collection Remaster Fiquei balançado pela Cowabunga Collection das Tartarugas Ninja. Essa, uma coleção de remakes/remasters digna de figurar na minha tão concorrida estante de jogos mídia física na qual eu ostento um orgulhoso/vergonhoso backlog (depende do ponto de vista).

Nesse ano de correr para resgatar aquilo que não joguei na geração passada, fui agraciado por uma remasterização para o PS5 da Coleção Legado dos Ladrões de Uncharted.

Kratos é digno de minha oblação, mas enquanto humano e capaz de sonhar com aventuras mais pé no chão, considero Nathan Drake como o herdeiro de Indiana Jones e depois de fugir dos spoilers, fui em busca de saber como seria o “Fim de um ladrão”.

Tive a oportunidade de dirigir por ruas estreitas, de lutar contra carros blindados, de conhecer um personagem muito importante, de combater com e contra mulheres realmente boas de briga. Reencontrei personagens do passado, amores antigos e novos e entendi o poder o Playstation 5.

Vejam bem, eu tenho um XBOX ONE X e um PC Gamer de Respeito que não me deixam na mão em nenhum momento, tenho outras máquinas de gerações passadas e alguns jogos com direções de arte que beiram à perfeição.

Mas dessa vez, preciso me render ao trabalho da Naught Dog e dizer que o Uncharted Legacy of Thieves Collection Remaster é o melhor da categoria nesse ano.

The Last of Us Parte 1 – Achei o remake totalmente desnecessário, tendo em vista que a Sony cobrou caro basicamente por um remaster do remaster. Só que depois que você encara sua sequência no PS4 (cuja engine estava bem madura), era meio complicado voltar para os gráficos do PS3 maquiados no PS4. Agora com o TLoU original refeito no PS5 (com gráficos pouco melhores que o TLoU2), fica mais cinemão de primeira, um deleite visual que nos empurra para a vindoura série na HBO.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion – Era impossível de entender como uma pérola destas tinha sido relegada ao esquecimento pela Square Enix. Felizmente, não mais. Reunion resgata Crisis Core do passado distante, lançado apenas como disco UMD para o PSP, e traz para todas as principais plataformas do momento com uma repaginada visual invejável. A jogabilidade sofre um pouco os efeitos do tempo e soa um pouco enferrujada em partes, mas tudo isso é compensado pelo belíssimo pacote visual e sonoro – que, de quebra, serve como um ‘esquenta’ de luxo para a próxima parte do remake de Final Fantasy 7, previsto para 2023.

Live a Live e Atari 50: The Anniversary Collection – Live a Live, um JRPG lançado originalmente em 1994 para o Super Famicom, já era inovador na época, ao trazer uma história que se estende por diferentes períodos, e com vários protagonistas.

O remake, que o tornou disponível fora do Japão pela 1.ª vez, permitiu a mais pessoas conhecerem uma das pérolas da Square Enix, lançada antes de Chrono Trigger, e que inspirou Octopath Traveler indiretamente.

Atari 50, por sua vez, subverteu o que se podia esperar de uma coletânea, ao reunir 100 clássicos da desenvolvedora, em suas décadas de história, e embalá-los com diversos documentários, entrevistas, materiais raros e muito mais, tornando o pack um item indispensável para quem deseja aprender mais sobre a história dos videogames.

➧ Surpresa do Ano
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Soulstice Eu me surpreendo tanto quanto você, mas o melhor game de ação de 2022 para mim não foi God of War Ragnarok, mas Soulstice. Mais surpreendente ainda é que, apesar do nome, ele não é um soulslike, mas um “Devil May Cry-Like”. Ou seja, aquele tipo de jogo de porrada eSSStiloso que existia de baciada algumas gerações atrás, mas que anda totalmente sumido.

Ao apresentar novas ideias, personagens e mecânicas diferentes, Soulstice conseguiu inclusive me agradar mais do que seu principal concorrente de 2022, Bayonetta 3. O da bruxinha também é legal, mas seus problemas técnicos e limitações do Switch, além de ser continuação de uma série, o tornaram muito menos surpreendente. E divertido.

Vampire SurvivorsSimples e divertido, Vampire survivors me surpreendeu depois que resolvi dar uma chance para ele e agora não consigo mais parar de jogar, com versões até mesmo para dispositivos móveis é um ótimo e animado passatempo.

The Quarry Um dos melhores da lista cada vez maior de títulos narrativos da Supermassive Games, com toda aquela carinha de filme B de terror associada a uma história com tantos finais e possibilidades que nem dá para contar.

Vampire SurvivorsApós ver muitas pessoas elogiando esse jogo e não conseguir entender como ele poderia ser divertido, resolvi lhe dar uma chance. Várias horas depois me peguei pensando como algo tão simples poderia ser tão viciante e hoje considero este um dos melhores jogos dos últimos tempos.

Vampire Survivors Mais um daqueles jogos que a gente não dá nada olhando uma screenshot, Vampire Survivors é certamente um dos jogos mais viciantes do ano. Mantenha-se longe dele se você não tem autocontrole.

Marvel Snap Assim, não sou muito fã de cardgames, mas depois de tanta “pressão” externa acabei experimentando e… que tipo de droga botaram nesse jogo que não te deixa parar? Eu joguei quase 10 horas seguidas no celular do meu primo, na véspera de Natal, e “quase” deu briga quando ele não emprestou o carregador. Eu tava ganhando várias e subindo de nível, montando uns deck e pensando em estratégias… pois é, fui surpreendido!

Stray Confesso não ter jogado Stray ainda, portanto, minha avaliação seria superficial e sem sentido, já que não posso dizer nada além dos trailers que vi. Para mim a surpresa é alguém ter criado um Cat Walk Simulator e isso ter ganho prêmios e barganhado uma legião de fãs. É uma surpresa, estranha, esquisita e com cheiro de whiskas sachê.

Bayonetta 3 Sou muito, muito fã da bruxa desde o primeiro game no Xbox 360 (a versão PS3 do jeito como foi lançada não deveria ter existido), então sou suspeito. Bayonetta 3 me surpreendeu por não conseguir alcançar o patamar insano do segundo game. Colocaram muito hype neste terceiro game e, surpreendentemente pouco se justificou. Bayonetta 3 é ótimo, mas realmente seria muito difícil ser mais memorável que o segundo. Traduzindo: a surpresa do ano (para o tio Laguna) foi que a PlatinumGames não conseguiu entregar o que prometeu. O rolo com a ex-dubladora lá também parece ter favorecido o marketing do game em si, sendo que ela pediu por boicote e acabou tendo o efeito contrário. Muito doido isso.

Vampire Survivors – O caça-monstros retrô surgiu do nada, sem qualquer antecipação ou expectativa, e cativou pela qualidade extrema de sua proposta de jogabilidade. Acho fascinante como a indústria de games ainda consegue ter espaço para obras mais simples e menos ambiciosas, mas ainda repletas de qualidade, e acho que Vampire Survivors sintetiza isso perfeitamente.

Stray – Outro estúdio francês responsável por um dos melhores jogos indie do ano, a BlueTwelve Studio entregou em Stray uma aventura que vai além do óbvio “jogo do gatinho”.

À medida que o jogador explora a cidade, ele revela mais sobre a verdade daquele mundo cyberpunk, povoado por máquinas, ameaçado por bactérias mutantes, e sem nenhum humano.

➧ Decepção do Ano
CarlosChristianDemartiniDoriEricGilJonatasLagunaPrandoniRonaldo
Scorn Scorn me chamou atenção por prometer coisas que adoro em games de terror. Atmosfera, visual detalhado, exploração. Infelizmente, embora de fato ofereça tudo isso, acaba sendo mais como navegar um museu de covers de H.R. Giger do que algo realmente novo.

Não ajuda o fato de que a jogabilidade e o level design são muito fracos, com puzzles obtusos e combate muito mal planejado. Eu joguei Scorn até o fim, carregado quase exclusivamente pelo seu visual, mas não acho que vou fazê-lo de novo algum dia.

Saints Row e Gotham KnightsPra mim ambos estão na mesma prateleira de decepção desse ano, apesar de não fazer parte do universo Arkham, Gotham Knights teria tudo para usufruir da mesma fórmula mas sem o homem morcego mas não o fez, já Saints Row tentava ser o reboot tão aguardado de uma série de sucesso mas que decepcionou com diversos bugs e um gameplay pouco parecido com seus anteriores que eram aclamados pelo público e crítica.

Need for Speed Unbound Não que eu esperasse muita coisa, mas eu definitivamente não esperava essa ruindade com uns granulados coloridos por cima.

Blade Runner: Enhanced Edition Podendo ser considerado uma das melhores adaptações do cinema para os games, Blade Runner possuía uma ótima história e gráficos que recriavam brilhantemente o unvierso mostrado no filme de Ridley Scott. Modernizar aquele Adventure parecia uma tarefa relativamente fácil, mas a Nightdive Studios conseguiu estragar a remasterização e o original ainda desapareceu das lojas. Péssimo!

Pokémon Scarlet / Pokémon Violet A Nintendo conseguiu manchar o que deveria ser o melhor Pokémon dos últimos 5 ou 6 anos com uma apresentação e performance desleixada. É uma pena, porque o jogo é divertidíssimo, mas os engasgos de performance e os gráficos feios incomodam muito.

Babylon’s Fall Foi tanto alarde e em um potencial tão grande, afinal tinha a mão da Platinum Games, que foi uma surpresa jogar e sentir que Babylon’s Fall foi equivalente a bater o dedo mindinho na quina da mesa e cair de cara no chão. Um RPG hack ‘n slash desastroso em vários aspectos.

eFootball 2023 Foi um ano de Copa do Mundo, além da performance ruim do Brasil e a vitória da Argentina, com um gosto de Escargot, o futebol me trouxe outra decepção: Pro Evolution Soccer 2023, ou melhor eFootball.

Meu finado primo Marcos, meu irmão e eu jogamos com afinco International Super Star Soccer Deluxe, e ainda tenho um caderno com as competições que organizávamos quando o jogo ainda não era capaz de fazer campeonatos para 3 pessoas. Na varanda da minha mãe, em uma tevê de 14 polegadas, passávamos tardes jogando e montando as seleções da vida.

O jogo da Konami cresceu, virou Winning Eleven, virou Pro Evolution Soccer, virou PES para os íntimos e meu irmão, até hoje, só mantém um videogame em casa porque segue as atualizações e lançamentos anuais das franquias de jogos.

Mas 2022, ano de copa, a Konami, ou aquilo que restou dela e respira por aparelhos, resolve lançar uma versão capada de seu jogo. Sem a Master League, sem campeonatos multiplayer locais ou sem sequer nenhum campeonato offline.

Bom, o jogo foi de graça, mas já apaguei para economizar espaço em disco. Nem de graça quero aquela “#$”#$

Pokémon Scarlet / Pokémon Violet O Nintendo Switch possui vários jogos em mundo aberto, bem produzidos e com ótimos gráficos. Até aí tudo bem, mas chega a vez da GameFreak brilhar e acaba por apresentar um jogo mal acabado e lotado de bugs. Poderiam ter pedido alguma ajuda de outro estúdio da Nintendo como a Monolith, mas não seguiram nem a cartilha do Shigeru Miyamoto sobre atrasar o game para um melhor polimento. Entregaram qualquer coisa e vão ajustando, achando que o fã de Pokémon vai aceitar. E a maioria aceitou, então dinheiro fácil, né?

Babylon’s Fall Difícil imaginar um hack’n slash da Platinum dando errado, ainda mais em parceria com a Square Enix, mesma dupla que nos presentou com o avassalador Nier: Automata. Mas é exatamente o que aconteceu com Babylon’s Fall. Aliás, importante dizer que o projeto sempre teve cara de tragédia anunciada: o anúncio não empolgou nada, mudanças foram feitas com base no feedback de jogadores e mesmo assim a proposta nunca virou. Com forte componente online, foi abandonado pela Square em menos de um ano.

Chocobo GP – A Square Enix não lançava um game original da série Chocobo há décadas. O título de 2019 é uma remasterização do game do Wii de 2012, que já era um remake do original Chocobo’s Mistery Dungeon de 1997, para ao PSOne, e por isso, muitos ainda se lembram de como o Chocobo Racing original era divertido. Então veio uma nova versão… e a Square fez tudo errado.

Chocobo GP não só foi vendido como um game de preço full, como implementou uma série se mecânicas dos gacha games, que fazem mais sentido em títulos F2P, inclusive para a progressão e aquisição de novos personagens. Pior, o gameplay não chegava nem perto da série Mario Kart, o que o Chocobo Racing conseguia fazer. Como consequência, o game foi detonado pela crítica E público, e vendeu muito mal.

Não surpreende, portanto, a Square Enix ter recentemente encerrado o desenvolvimento ativo de Chocobo GP, depois de tamanho fiasco.

➧ (Re)visitando o Passado
CarlosChristianDemartiniDoriEricGilJonatasLagunaPrandoniRonaldo
Star Wars: Dark Forces Este é um game que eu quero jogar de novo desde os anos 1990. Em 2022, eu adquiri um PC Gamer e, como tal, resolvi colocar minha placa de vídeo RTX para suar. Fiz uma conta na GOG, paguei quatro reais e desde então estou jogando Dark Forces.

Dark Forces é legal, e sem dúvida valeu quatro reais, mas admito que é bem inferior a outros games da época, como o próprio Doom. As fases são abertas demais, confusas demais. Além disso, quase toda fase exige voltar para o começo depois de cumprir o objetivo, o que é simplesmente muito chato.

Mas vale pela lembrança. Dark Forces foi o primeiro jogo de PC que comprei na minha vida, lá nos anos 90. E agora, em 2022, ele foi novamente o primeiro jogo de PC que compro depois de décadas jogando apenas em console. Apropriado, não? Depois dele, no entanto, é que vou realmente cansar minha placa de vídeo. Já estou de olho em Clive Barker’s Undying para isso!

TerrariaUm grande sucesso com mais de 10 anos de idade que ainda recebe atualizações novas de conteúdo, Terraria sempre tem um espaço no meu HD e de tempos em tempos acabo jogando mais uma vez.

Fortnite Eu finalmente entendi por que tanta gente é viciada nesse jogo. Para quem nunca foi adepto dos jogos multiplayer, me vejo agora esperando a volta das viagens de final de ano para continuar jogando esse com a namorada.

Divinity: Original Sin 2Sim, eu demorei demais para dar uma chance a este excelente jogo, mas quando o fiz, pude entender porque as pessoas o adoram tanto. Jogando sozinho a sensação é de estarmos participando de uma partida de RPG de mesa, com a enorme quantidade de decisões que precisamos tomar tornando a experiência simplesmente incrível.

Final Fantasy V Eu tentei jogar Final Fantasy V umas 4 ou 5 vezes no passado e o jogo nunca tinha engrenado pra mim, mas agora com um portátil de emulação com o jogo suspenso a todo momento na minha frente, eu pego ele, jogo uns 5 ou 6 minutos (ou uma hora ou duas) quando tenho tempo livre e estou adorando o game.

Battlefield 2042 Gosto da franquia, mas não deu pra curtir legal quando esse capítulo bizarro foi lançado. Joguei bastante, mas deixei para escanteio. Só depois das últimas grandes atualizações “de correção” e adição de novo cenário e mudanças drásticas no sistema de jogo é que voltei a jogar e… finalmente dá pra ver o jogo está voltando aos trilhos. Mas fica o meu protesto contra essa cultura de lançar jogo incompleto e consertar ou finalizar depois de lançado ao longo de meses. Que a EA + DICE (e nenhuma outra produtora) cometam esse crime contra seus consumidores. Mas tamos aí no Battlefield 2042 de novo. Enfim, a (minha) hipocrisia. u_u

Atari Flashback 8 Eu poderia destacar toda a biblioteca do Playstation 4 a qual finalmente tenho acesso. Uncharted 4, The Lost Of Us 2, GoW 2018, Horizon Zero Down e tantas outras pérolas que estavam além do meu alcance, mas vou fazer diferente.

No finalzinho de 2021, consegui um Atari Flashback 8, e parte do ano de 2022 foi dedicada à jogar River Raid, Pitfall, Enduro, H.E.R.O., Bob is Going Home, Sea Quest, Frostbite e quase uma centena de jogos que fizeram parte da minha infância.

Tá, eu não sou tão idoso assim. Tenho 38 anos agora, nasci em 1984, ano da melhor safra, antes disso, a coisa estava tentando ficar boa e depois, foi só ladeira à baixo… mas divago.

Fato é que em 1989, quando eu tinha 5 anos de idade, meu pai foi ao Paraguai e voltou com um Dactar Maleta 007 para mim e o meu legado começou. Foram anos a fio jogando os melhores jogos da Activision, conhecendo todos os clássicos.

Em 1997, finalmente consegui migrar para a “nova” geração, fui do Atari para o SNES, e como toda a criança nascida na Baixada Fluminense com pouca grana no bolso, tive que me desfazer do Atari para manter o videogame novo.

A nostalgia e a saudade nunca foram satisfeitas com emuladores e finalmente em 2021 pude comprar meu Atari Flashback, que me acompanha, pelo menos 1 vez por semana para um pouco de jogatina nostálgica.

Destaque para 2022, em revisitando o passado: H.E.R.O.

Rocket League Não sou fã de futebol e deve ser justamente por isso que não durmo sem jogar uma partidinha de Rocket League, nem que seja somente uma.

Chrono Cross Durante a temporada 2022 eu joguei Chrono Trigger e Chrono Cross, todos do início ao fim em lives, e foi maravilhoso reviver todas essas aventuras. Trigger está disponível em várias plataformas e é um jogo que retorno com frequência, mas Cross estava preso em amarras mais firmes e o relançamento em 2022 ajudou a tornar esse revival mais acessível. O game merecia um carinho maior no remaster, é verdade, mas ainda é uma experiência super ousada e de altíssima qualidade, que acaba sendo um pouco eclipsada pelo calibre ainda mais brilhante de Trigger. Seja como for, amei voltar ao mundo de Chrono e sigo eternamente na esperança de um novo jogo.

Overwatch 2 – Por mais que Overwatch 2 tenha sido marketeado como uma sequência, o game nada mais é do que uma versão 1.5 do original de 2016, que inclusive deixou de existir. Todas as adições (novos heróis, mudança na composição de times, novos mapas) podiam muito bem ter sido implementadas em Overwatch.

Claro que o intuito da Blizzard era mudar o modelo de negócios do game, que deixou de ser full-price e se tornou um freemium com microtransações a lá Fortine (loja e Passe de Batalha), mas as mudanças se tornaram suficientemente interessantes para me fazer voltar a jogar.

E por mais que o game ainda se pareça como um título da geração passada (o que ele de fato é), Overwatch 2 continua divertido.

➧ Melhor Jogo de 2022
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A Plague Tale: Requiem A Plague Tale Requiem é o que existe de melhor em games. Uma boa história, com músicas e interpretações excelentes. Gráficos impressionantes. Qualidade técnica e artística, o que faz com que explorar cada cenário seja um enorme prazer – mesmo que esteja cheio de ratos.

Mais importante do que isso, não é um RPG, nem mundo aberto. É uma aventura dirigida, interativa, mas basicamente igual para todo mundo. E isso permite que ela alcance alturas e emoções que a maioria dos games mais abertos simplesmente não consegue demonstrar. Tem crafting, afinal, nada é perfeito em 2022. Mas ter um jogo linear, com essa qualidade e esse orçamento, lançado em 2022, quando nem mesmo a Sony faz mais isso, foi realmente especial para mim. Espero que não seja a última vez que vejamos algo assim no mundo dos games.

melhores jogos de 2022

God of War RagnarokMesmo sendo uma continuação a quantidade de novidades implementadas no gameplay além da ótima história torna God of War Ragnarok o jogo do ano pra mim, depois que iniciei só consegui parar depois de fazer tudo que queria no game.

melhores jogos de 2022

Immortality Três filmes em um, com cenas de bastidores, ensaios e sobreposições que contam uma história intrincada e difícil de compreender. O enredo aqui não te subestima, pelo contrário, deixa muito espaço para as entrelinhas, ou não, já que você pode simplesmente não ter descoberto a verdade ainda. Uma jornada que vai te deixar pensando por muito tempo.

melhores jogos de 2022

Elden RingEu adoro a série Souls e tinha uma expectativa imensa pelo Elden Ring. Esta seria a receita perfeita para a decepção, mas novamente Hidetaka Miyazaki nos entregou uma obra de arte, um jogo que está constantemente nos surpreendendo e que, assim como o Tunic, nos leva diretamente para uma época em que a descoberta era um dos aspectos principais dos jogos. Elden Ring é videogame é sua essência, um título que deveria ser experimentado por todos.

Elden Ring Não tem como ser outro né? Elden Ring é imenso, mas extremamente recompensador e divertido. Eu aproveitei cada minuto do jogo e provavelmente afundaria mais uma centena ou duas de horas nele caso pegasse o jogo para jogá-lo novamente nesse momento. Uma jornada incrível.

Elden Ring Por mais que eu tenha tentado jogar a série Souls, aceitei que ela não clicava pra mim. Apesar da resistência, resolvi experimentar Elden Ring e… apesar da frustração inicial, que jogo gostoso, envolvente, libertador e permissivo. Apesar de jogar aos poucos (tempo tava curto), só agora no final de ano consegui pegar com firmeza e, uau, é incrível se “perder” no mundão e sempre se surpreender com novos chefes, caminhos e ser iludido achando uma passagem e descobrir que tem todo um mundo lá dentro. É sempre uma surpresa e os combates e os chefes são sensacionais, apesar de alguns se repetirem. Ainda assim, que jogo incrível!

melhores jogos de 2022

God of War Como essa categoria é cruel, existem diversas questões filosóficas para responder isso. Minha escolha vai para o jogo que mais me emocionou em 2022.

Para os que não sabem, minha mãe, cardíaca desde a tenra idade, terminou sua jornada em janeiro de 2021. Ano duro, no qual me despedi também de um primo/irmão o Marcos/Marquinho meu rival no International Super Star Soccer Deluxe e da matriarca de nossa família, minha avó de 95 anos. De fato, foi um ano de tantas despedidas que as lágrimas secaram e senti que não tinha mais como me emocionar. Me senti endurecido e sem mais capacidade de sentir.

Ainda hoje, quase 2 anos após nosso último adeus, quando me lembro do que ela representa para mim e falando de games, das vezes que jogamos Atari juntos, das longas partidas de “Gelinho” (Frostbite) ou do “Jogo do Aviãozinho” (River Raid) que ela jogava comigo enquanto meu irmão, 5 anos mais novo do que eu ainda não se tornava meu melhor amigo e rival, sinto as lágrimas virem e a voz ficar embargada. Minha mãe não era gamer, não saiu do Atari, embora, jogasse Pow e Angry Birds no seu smartphone enquanto ia ao médico tratar de sua crônica doença, mas me permitiu ser quem sou, histórias que contarei em momentos mais oportunos.

Nesse ano conheci Atreus e a Saga Nórdica do Kratos, versão de PC, portanto um jogo de 2022, se me permitirem a trapaça honesta. Fui Atreus. Não Kratos. Como Atreus, fiz uma longa jornada para me despedir de minha mãe. Conversávamos todos os dias, assuntos banais, coisas de família, papos sobre minha filha e meus sobrinhos e a distância de mais de 10 horas de voo nunca foi capaz de verdade de nos separar.

Como Atreus, do God of War 2018, conhecido esse ano, me vi um menino, de surpresa tendo de ser preparado para a mais longa jornada até então empreendida. Vários paralelos surgiram durante o jogo, e confesso, chorei. Quando Kratos golpeava aquela árvore com pesar, eu me via caminhando pelo saguão daquele aeroporto. Quando Kratos carregava aquele tronco para a pira funerária, eu me via na fila da Cruz Vermelha e na Companhia Aérea para emergencialmente fazer o PCR-RT (exame de detecção da COVID-19) e conseguir uma passagem para o Brasil no dia seguinte.

Foi um jogo muito difícil de terminar. Não pelas batalhas contra chefões, não pelos puzzles, não porque não conseguisse fazer algo enquanto jogador. Mas como Atreus, precisei evoluir e aprender a viver sem minha mãe.

Reviver aquela jornada, um ano após a partida da minha mãe, jogando um release de 2018, mas no PC em 2022, foi o que mais me emocionou em um game e me faz dizer que God of War 2018, foi o melhor jogo que joguei em 2022.

Obrigado Santa Mônica, por me fazer chorar e reviver momentos tão dolorosos de forma lúdica e enxergar em um amontoado de pixels que o destino não importa, mas sim que tudo se trata da jornada.

melhores jogos de 2022

Kirby and the Forgotten Land Kirby é muito injustiçado pela maioria dos gamers e parte dessa desconfiança se dava por insistir na jogabilidade 2D até então. Vejo o Kirby and the Forgotten Land como o Super Mario 64 foi para o Super Mario World, com gráficos tão ou mais lindos que os do Super Mario Odyssey. Dêem uma chance a este game da bolota rosa: ele é muito divertido!

melhores jogos de 2022

Elden Ring Não tem como ser diferente, Elden Ring já despontou no início do ano como o campeão a ser batido e enfrentou todos os desafiantes com muita qualidade e sem nunca deixar de lado o legado que carrega. Elden Ring coroa a década intensa de influência de Hidetaka Miyazaki sobre a indústria de games, talento já reconhecido em premiações alguns anos atrás com Sekiro e também pelos fãs fiéis de Bloodborne. Elden Ring sacramenta isso, sem qualquer espaço para dúvida – é tal qual o Messi ganhando a Copa do Mundo, consolidando sua genialidade. Elden Ring é misterioso e expansivo. Ousado sem deixar de lado a tradição.

melhores jogos de 2022

Horizon: Forbidden West – Cinco anos separam Horizon: Zero Dawn de Horizon: Forbidden West, e o tempo foi muito bem usado pela Guerrilla Games, que aprimorou tudo o que era possível para a segunda missão épica de Aloy.

Forbidden West pode não ser perfeito, incluindo aí uma série de bugs malucos no lançamento, mas foi o game que melhor mesclou a excelência em gráficos, trilha sonora, jogabilidade e narrativa, este o elemento mais importante para a franquia, e assim, o game leva o título de Melhor Jogo do Ano em 2022.

melhores jogos de 2022

Escolhas feitas, agora deixo com vocês a possibilidade de votar nos seus favoritos, seja na enquete abaixo, seja nos comentários.

Qual foi o melhor jogo de 2022?

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http://www.vidadegamer.com.br
Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.