pulp-fiction

Lá pela metade de 1995 eu fui até uma locadora perto de casa para ver se encontrava algum filme que pudesse me entreter por algumas horas e depois de perder alguns bons minutos fuçando as prateleiras, acabei optando por um tal de Pulp Fiction: Tempo de Violência.

Naquela época eu era um moleque que tentava descobrir do que gostava e não tinha o menor conhecimento da indústria, apenas consumindo filmes ferozmente e de maneira aleatória.  Então, não posso dizer que sabia quem era Quentin Tarantino ou do que se tratava aquela que passaria a ser considerada sua obra-prima.

Ezequiel 25:17
O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas desigualdades do egoísmo e da tirania dos homens maus. Bem-aventurado aquele que, em nome da caridade e da boa vontade, pastoreia os fracos pelo vale das trevas, pois ele é verdadeiramente o guardião do seu irmão e o descobridor das crianças perdidas. E derrubarei sobre ti, com grande vingança e furiosa raiva, aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá que o meu nome é Senhor quando eu derramar minha vingança sobre você.

Jules Winnfield
Ao colocar a fita no meu videocassete, eu não poderia imaginar que estava prestes a assistir um filme que se tornaria um dos meus favoritos, que conheceria alguns dos personagens mais memoráveis do cinema e que passaria a dar valor para bons, ou melhor, para excelentes diálogos.

Com sua trilha sonora espetacular e uma narrativa irretocável, aquele filme me deixou tão impressionado que antes de devolver o VHS eu o assisti novamente, só para ter certeza de que registraria tudo na minha memória, talvez por não saber que repetiria aquela ação mais uma centena de vezes nos anos seguintes.

Desde aquele dia me tornei fã do Tarantino, comprei o CD com a trilha sonora, quase chorei ao ver pela primeira vez na MTV o clipe de Girl, You’ll Be A Woman Soon e fui obrigado a recolher meu queixo no chão quando entrei numa lanchonete de quinta categoria e dei de cara com um enorme pôster do filme, uma prova da enorme influência cultural que aquela obra teve em muitas pessoas.

Parece que foi ontem a primeira vez que assisti o longa-metragem, mas hoje me dei conta de que embora ele tenha sido exibido no festival de Cannes em maio de 1994, foi há exatos 20 anos, no dia 14 de outubro daquele ano que a obra estreou nos cinemas norte-americanos e mesmo com duas décadas nas costas, é incrível como Jules Winnfield e Vincent Vega continuam tão atuais e como as frases de Mia Wallace e Butch ainda ressoam na minha cabeça.

Mesmo não tendo o conhecimento de cinema que eu gostaria de ter, sou muito grato por tido a oportunidade de ter assistido o Pulp Fiction e pela criação de Quentin Tarantino ter sido uma das principais responsáveis pela minha paixão pela sétima arte. Sem falar nela até ter ajudado a formar meu gosto musical, me apresentado a lendas como Dusty Springfield e Al Green.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.