É engraçado, mas mesmo sempre tendo sido um ávido leitor de revistas de games, não consigo me lembrar do anúncio do Super Mario Kart. Talvez porque na época eu não tivesse um Super Nintendo, mas o fato é que só fui me dar conta da sua existência anos depois, lá pela metade da década de 90. De qualquer forma, quando finalmente tive a oportunidade de colocar aquele cartucho no console, não tive dúvidas de que se tratava de um dos games mais divertidos que eu já havia experimentado.
Embora a maior parte do divertimento que tive com o SMK tenha sido jogando contra o computador, lembro-me de uma vez específica, em que meu primo foi dormir na minha casa e já de noite, decidimos jogar um pouco, só para passar o tempo.
Depois de algumas corridas bastante disputadas, decidimos que o melhor seria tirar os pilotos controlados pela máquina, pois assim não teríamos interferências externas, restando apenas a habilidade de cada um e conforme as provas aconteciam, com os vencedores se alternando, a rivalidade só aumentava.
Depois de várias horas, sei que a disputa adentrou a madrugada e só desistimos quando nos demos conta de que no outro dia teríamos que acordar cedo para ir para a escola e por mais que o sono tenha nos atormentado bastante, posso dizer que valeu muito a pena.
De fato, o grande mérito do Super Mario Kart era a maneira como ele oferecia uma jogabilidade fácil de ser aprendida, mas extremamente difícil de ser dominada, com seus oito personagens possuindo um bom equilíbrio entre si e as 20 pistas contando com uma séries de segredos que só descobríamos após muitas e muitas voltas.
Para falar a verdade, eu gostei muito de todos os outros capítulos que a série recebeu, mas nenhum me divertiu tanto quanto o primeiro, fosse por sua originalidade ou simplesmente por se tratar de uma época em que eu tinha mais tempos para explorar os jogos o máximo possível.
Enfim, existem poucos jogos que podem ser orgulhar de serem os criadores de gêneros e um deles é o Super Mario Kart. Depois de ter feito um gigantesco sucesso no Super Nintendo, aquele game foi amplamente copiado e na maioria das vezes, os títulos que tentaram isso foram incapazes até de se aproximar do brilhantismo do que a Nintendo criou. Por isso ele deverá ser sempre lembrado e louvado por todos nós.
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A coluna Relembrando nasceu lá no Meio Bit e a intenção com ela era falar sobre jogos antigos que eu adoro. Agora ela será publicada aqui, todas as semanas, mas a intenção é dar uma visão mais intimista sobre os games, contando situações pessoais que me fazem lembrar desses clássicos e que por vezes poderão ter a total veracidade dos relatos comprometidos pela minha memória.
