Eu odeio jogar uma franquia fora de sua ordem cronológica, mas logo depois de comprar meu Playstation 3 e testar a demo do Resistance: Fall of Man, cheguei a conclusão de que aquele jogo não era para mim.
Talvez eu tenha pensando desta maneira por ter odiado a jogabilidade, provavelmente por estar tão costumado ao controle do Xbox 360, ou mesmo por ter achado seus gráficos muito simples, mas a verdade é que perdi completamente o interesse no jogo, até que comecei a ver alguns trailers da sua continuação, antes do seu lançamento.
Então eu joguei o Resistance 2, tendo me divertido muito com sua campanha principal e fiquei ansioso pelo terceiro capítulo, o que por sua vez me fez começar a sentir vontade de jogar o primeiro, só para conhecer o enredo na sua plenitude e no último final de semana consegui terminá-lo.
Por se tratar de um dos primeiros jogos para o console, ao colocar o disco no PS3 já o fiz com o pensamento de que talvez eu encontraria um jogo tecnicamente muito inferior ao o que temos atualmente, algo que de certa forma se confirmou.
Embora brilhe em alguns momentos, a parte visual do Resistance: Fall of Man não consegue competir com títulos como um Killzone 2 ou Uncharted 2, principalmente por causa de suas texturas, porém, ainda assim fiquei bastante impressionado com o tamanho dos cenários, com os efeitos de partículas e principalmente, a ausência de serrilhados, algo não muito comum nos jogos de Playstation 3.
A campanha também não é tão boa quanto a do segundo jogo, com o protagonista Nathan Hale funcionando como o típico “exercito de um homem só”, mas assim como na parte visual, algumas passagens são muito interessante, especialmente aquelas em que controlamos veículos dos inimigos ou estamos em um imenso campo de batalha.
Contudo, aquilo que mais me agrada na série é a sua inusitada ambientação, no colocando no meio de uma batalha contra alienígenas logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com toda a ação acontecendo em cidades reais da Terra. O interessante é que esta realidade alternativa dá liberdade aos criadores de experimentar e o que mais tirou benefício disso foram as armas, com a série tendo algumas das mais legais já vistas em um jogo de tiro em primeira pessoa.
Resistance: Fall of Man é um bom jogo, que talvez tenha servido mais para a Insomniac Games se readaptar ao gênero e fundar a base de uma ótima franquia. Mesmo tendo gostado da experiência, só o recomendaria hoje a aqueles que queiram conhecer melhor a série, mesmo porque nem os tão adorado troféus estão presentes.
Missão cumprida, agora é dar um tempinho e começar a encarar o Resistance 3, torcendo para que ele seja tão bom quanto o segundo.