Você já parou para pensar em como filmes, livros e games são capazes de nos tocar de formas bastante diferentes? Muitas vezes aquela obra que não agradou boa parte das pessoas consegue nos conquistar completamente e nem sempre sabemos explicar ao certo o porque disso ter acontecido.
Um exemplo que gosto de utilizar neste sentido é a franquia Resistance, que nunca se tornou um enorme sucesso, mas que acabou virando uma das minha favoritas na sétima geração e após ter terminado o terceiro capítulo, esse sentimento só se fortaleceu.
Nascida no PlayStation 3 no final de 2006, o Resistance: Fall of Man mostrava uma realidade alternativa em que logo após o término da Segunda Guerra Mundial a Terra passou a ser ameaçada por uma raça alienígena hostil e esse simples detalhe já foi o suficiente para me deixar muito interessado no jogo.
Em clara desvantagem numérica e bélica, grupos de resistência começam a se formar em todo o planeta para tentar derrotar as terríveis chimeras e durante os três jogos da série principal visitaremos diversas cidades que estão sofrendo com os ataques dos monstros.
Este foi também um aspecto da franquia que me agradou muito, pois ao invés de no colocar em cenários criados em locais fictícios, é muito legal poder combater em São Francisco, Manchester, nos pântanos da Louisiana ou em Chicago, ambientações que aumentam consideravelmente a imersão e nos dá a sensação de estarmos lutando no quintal de nossas casas.
Também me encantaram as fantásticas armas criadas pela Insomniac Games, quase uma marca registrada do estúdio e como boa parte do armamento que utilizaremos pertence aos alienígenas, podemos esperar as coisas mais malucas possíveis, como por exemplo a Auger, que nos permite enxergar os inimigos através da parede.
Some a tudo isso algumas situações memoráveis, como o confronto contra o Leviathan, o “passeio” de trem ao lado de uma manada de Widowmakers ou a devastação causada pela arma de destruição em massa utilizada na cidade de Haven e se torna mais fácil entender o porque desses jogos terem conquistado minha admiração.
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Contudo, essas qualidades não parecem ter sido o suficiente para que um grande número de pessoas se convencessem de que a série Resistance merecia uma chance e enquanto outras franquia que pouco inovaram ao longo dos anos continuaram registrando aumento nas vendas, a maioria não conheceu os ótimos jogos da Insomniac.
Para piorar ainda mais a situação, o diretor criativo do Resistance 3, Marcus Smith, disse em uma entrevista que embora o estúdio pretenda explorar várias de suas franquias, esta não é uma delas e a declaração acabou sendo confirmada posteriormente por Ted Price, CEO da desenvolvedora que chegou a dizer que eles nunca farão outro Resistance.
Resta portanto a possibilidade de que a marca acabe sendo passada para outras empresas, assim como aconteceu com os capítulos Retribution e Burning Skies, mas como eles falharam em atingir o mesmo nível que qualidade da série principal, fico com a sensação de que foi bom enquanto durou, infelizmente.