Quando comprei o meu Game Cube, um dos detalhes que mais me chamou a atenção era o fato dele pertencer a uma edição especial que acompanhava o jogo Metroid Prime. Como gosto muito da versão lançada para o Super Nintendo, enxerguei ali uma ótima oportunidade de ver como a franquia havia se saído em três dimensões.
O tempo passou, acabei deixando o jogo de lado, até que na semana passada resolvi encarar o desafio e com quase 12 horas dedicadas ao game, pude constatar que todos os elogios dedicados a ele são merecidos.
Levar uma série que nasceu em duas dimensões para o 3D é uma tarefa muito complicada e isso fica evidente ao vermos muitas delas tendo fracassado na tentativa e por isso o trabalho realizado pelo pessoal do Retro Studio merece ser louvado. Além de terem dando um show na direção artística, eles conseguiram manter todos os elementos consagrados em Super Metroid e embora os controles sejam um tanto estranhos no início graças a necessidade de segurarmos o botão “R” para mirar, é difícil encontrarmos falhas no jogo.
Contudo, o que me deixou mais empolgado com o Prime foi a manutenção da sensação de grandiosidade que os Metroids sempre proporcionaram. A maneira como a aventura se desenvolve faz com que nos sintamos importantes, evoluindo e ficando mais forte a cada novo item coletado e permitindo o acesso a lugares antes inatingíveis. Também me chamou a atenção o cuidado com detalhes, como o reflexo do rosto de Samus no vidro do capacete dependendo da iluminação, algo simples, mas que não lembro de ter visto em outros FPSs e que ajuda a aumentar a imersão.
Sem dúvida um daqueles jogos que ficará na memória.