Obrigado Sega! Depois de causar tantas decepções naqueles que cresceram vendo o ouriço azul correr triunfante em vários jogos do Mega Drive, eu não poderia começar uma análise sobre o Sonic Generations de outro jeito que não fosse agradecendo a desenvolvedora japonesa.

Durante muito tempo a Sega conseguiu o que parecia impossível, só lançar jogos ruins com o seu principal mascote e quando o último deles foi anunciado, até tive a sensação de que poderia sair algo bom dali, mas preferi ficar com o pé atrás. Logo surgiram boas análises sobre o Generations e a minha vontade de jogá-lo aumentou e depois de ter feito isso, posso dizer que se este não é o melhor Sonic já criado, ao menos mostrou que a empresa reencontrou o caminho certo.

Quem imaginaria que um dia veríamos essa fase com gráficos assim?

A qualidade mais evidente do jogo, é lógico, são seus gráficos. Caramba, que trabalho fantástico fizeram os responsáveis pelo game ao transpor estágios clássicos para as três dimensões. Não me refiro aqui as versões alternativas das fases, quando controlamos o Sonic em terceira pessoa, mas sim a boa e velha jogabilidade em 2D, com tudo construído com polígonos, ou como alguns gostam de chamar, o 2.5D.

Um detalhe muito interessante é que com exceção dos chefes, todas as fases podem ser jogadas no estilo tradicional, com o personagem se locomovendo da esquerda para a direita, ou num estilo mais moderno, parecido com as fases do Sonic Adventure para o Dreamcast, ou seja, a câmera ficará colocada sobre suas costas e caberá ao jogar saltar e mover-se lateralmente na “pista”.

Eu sinceramente nunca imaginei que diria isso e talvez alguns fiquem bravo comigo, mas acho que gostei mais dos estágios quando jogados em três dimensões do que da maneira tradicional. Dessa forma a sensação de velocidade é fantástica, quase transformando-o em um jogo de corrida e o design dos estágios proporciona situações muito legais, dignas de nos deixar de queixo caído e exigindo concentração total.

Sim, eu me diverti muito jogando com a câmera desta maneira

Há de se mencionar ainda a física do game, que funciona muito bem em ambos os estilos de jogabilidade, só achei um tanto desnecessárias as habilidades que podemos comprar com os pontos adquiridos ao concluirmos as fases e também não gostei muitos dos desafios liberados após completarmos as fases, já que me deixaram com a sensação de que estão ali apenas para aumentar a vida útil do jogo.

Por fim, a trilha sonora segue a qualidade da série, mesmo porque são quase todas reaproveitadas, mas até as versões remixadas dos clássicos ficaram muito legais e parabéns à Sega por não ter cometido o erro de dublar a versão antiga do personagem.

Resumindo, Sonic Generations é um jogo que consegue agradar aos fãs old school, assim como os mais novos, trazendo a jogabilidade 2D para a alta definição e entregando bons controles para a parte 3D, mas o grande mérito talvez esteja no fato de a desenvolvedora ter resgatado o brilho de um dos principais personagens da indústria.

O pessoal da Sega caprichou ou não nos cenários?

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.