The Legend of Steel Empire

Crédito: Divulgação/ININ Games

O Mega Drive foi um videogame espetacular para quem gosta de Shoot ‘em ups (os famosos jogos de navinha) e entre os muitos ótimos títulos do gênero, um que chamava a atenção pelo visual e ambientação era o Steel Empire. Mais de 30 anos após o lançamento original, aquele título está de volta, de novo.

Desenvolvido por um estúdio chamado HOT・B, Steel Empire adotou o estilo Steampunk e a explicação para isso não é muito clara. Nos primeiros materiais de divulgação do jogo, foi dito que ele se passava no século XIX, numa realidade alternativa. Porém, depois a produtora falava num futuro quando os recursos se tornaram escassos e a humanidade se viu obrigada a adotar máquinas movidas a vapor.

Independentemente do motivo, muito da inspiração de Koutetsu Teikoku veio de uma animação criada pelo mestre Hayao Miyazaki, O Castelo no Céu. Em uma entrevista concedida em 2012, o game designer disse:

“A imagem que eu tinha do mundo era a de uma ciência ultrajante e sem sentido. As pessoas [no final do século XIX] não entendiam as limitações das máquinas a vapor e pensavam que as máquinas a vapor podiam fazer qualquer coisa. Elas criavam diagramas para coisas assim. Minha ideia para o Steel Empire era dar vida a esses projetos.”

No jogo, um golpe de estado acontece na maior cidade do planeta, com o ditador General Styron passando a controlar a população na base do medo. Amparado por uma enorme força militar, o déspota aproveita as máquinas movidas a vapor para se perpetuar no poder.

Enquanto isso, a Republic of Silverhead começa a desenvolver e explorar novas fontes de energia sustentáveis, como energia geotérmica, fusão a frio e átomos.  Tamanha evolução chama a atenção de Styron e para conseguir enfrentar os Motorheads, como são conhecidas as tropas do poderoso império, os Silverheads criam máquinas capazes de carregar a “Lightning Bomb”, arma muito superior a tudo o que o inimigo possui.

A bordo daquela aeronave teremos oito fases pela frente, sempre com um chefe no final e tiros, muitos tiros para todos os lados.

The Legend of Steel Empire

Crédito: Divulgação/ININ Games

Tendo alcançado um relativo sucesso quando apareceu no antigo console da Sega, em 2005 foi a vez do Game Boy Advance receber uma remasterização, mas aquele retorno do Shmup não seria o único. Nove anos depois o título reapareceria no 3DS, com outra versão chegando ao PC em 2018.

Agora, rebatizado como The Legend of Steel Empire, foi a vez dos donos de um Nintendo Switch conhecerem o jogo e foi ele que tive a oportunidade de jogar. Baseada naquela versão para computadores, nesta continuaremios com duas opções de aeronave: um avião, com menor resistência e maior velocidade, ou um zepelim, com características opostas.

Com uma mecânica simples, no jogo teremos um botão para disparar para frente, outro para trás e mais um que lançará a Lightning Bomb, que funciona como um ataque especial que acerta todos os inimigos na tela.

Crédito: Divulgação/ININ Games

Já quanto a evolução do avião/zepelim, isso acontecerá ao coletarmos determinados itens. A cada três deles o nosso veículo de combate subirá de nível e ao contrário do que acontece em boa parte dos títulos do gênero, aqui não perderemos poder ao sermos abatidos.

Por falar nisso, The Legend of Steel Empire conta com vários níveis de dificuldade e quem optar pelo mais fácil não terá muito problema para avançar pelas fases. Isso é bom, pois torna o jogo acessível para aqueles que não possuem muita familiaridade com Shoot ‘em ups.

Visualmente gostei do que vi, mas aqui cabe uma das minhas poucas críticas ao The Legend of Steel Empire. Para mim, ele seria muito mais bonito se tivesse adotado apenas a pixelart, sem os efeitos especiais de explosão que destoam do resto.

Além disso, seria muito bom se tivéssemos acesso às versões anteriores, principalmente aquela lançada para Game Boy Advance, que considero a mais bonita já feita. Ainda assim, o jogo lançado para o atual videogame da Nintendo é muito divertido e merece uma chance de todas as pessoas que gostam do gênero.

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Pai em tempo integral do pequeno Nicolas, enquanto se divide escrevendo para o Meio Bit Games e Vida de Gamer, tenta encontrar um tempinho para aproveitar algumas das suas paixões, os filmes, os quadrinhos, o futebol e os videogames. Acredita que um dia conseguirá jogar todos os games da sua coleção.